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nesta notícia, o que interessa mesmo é isto:

C Futebol Benfica desloca-se a Valadares Gaia, num dos jogos mais interessantes da jornada
fotografar, às vezes, também!
não sei é porque razão as acham assustadoras.
a ligadura funcional, o ombro e uma t-shirt cor de rosa
das coisas que mais seca me dá fazer é a pós produção das imagens. apesar de procurar fotografar o mais correcto possível, há quase sempre pequenos ajustes que são necessários. aqui e ali consigo uma imagem que não sinto necessidade de ajustar.
quando revejo as imagens, noto que há um certo estilo de luz e cor, que pelos vistos me são característicos, e que à partida não estou a pensar neles. ou seja, de forma quase inconsciente, aquela deve ser a forma como eu vejo a luz e a cor. é estranho. ainda não me habituei muito bem. mas vou deixar andar a ver se existe alguma coerência no futuro, ou se é tão somente falta de jeito a trabalhar com o Lightroom.
completamente apaixonada por este grupo e respectivo projecto.
os meus finais de tarde e noites são passados entre duas coisas de que gosto muito: a fotografia e o dirigismo desportivo. muita gente pensa que eu adoro futebol. que respiro futebol. estão tão longe da verdade. ligo muito pouco ao jogo. embora veja quase todos os treinos da minha equipa. mas o que eu adoro, mesmo, são as pessoas. as jogadoras. os treinadores. as reacções. a interacção. o esforço. o comprometimento. a abnegação. o talento. ver tudo aquilo a girar, aqui e ali pegar numas pontas soltas e voltar a uni-las. no meio disso (e de muitas outras coisas que faço, mas que são chatas e não interessa nada enumerá-las), vou tirando umas fotografias. delas. deles. do que me rodeia, do que nos rodeia. e nem sempre sou assim tranquila e paz e amor. às vezes sou dura, chata, impopular, nem tanto com a equipa, mas com quem a quer rodear.
e neste meu regresso, com meio século de vida, tudo se apresenta de forma muito simples: não abdico da forma como penso, a não ser que me convençam muito bem de que estou a ver mal as coisas. o que é muito raro acontecer. e nem sequer é por eu ser uma iluminada. é tão somente porque reflicto imenso e tenho, de facto, um talento natural para a coisa, para além de onze anos de experiência.
não fora eu ter uma bicicleta linda de morrer e ia já comprar um shortboard.
fiquei apaixonada quando descobri que conseguia meter-me lá em cima, equilibrar-me e… andar.
do pai herdei o gosto de conduzir devagar e por caminhos secundários.
no espaço de duas semanas fui duas vezes à santa terrinha com o jipe para levar a minha bicicleta. dizem os senhores que mandam nas estradas, que o dito cujo é classe 2 e eu, em retaliação, raramente ando com ele nas estradas que começam por um A. olho por olho, que eu até sou míope!
ontem no regresso a casa, demorei quatro horas e meia a fazer duzentos e pouco quilómetros. muito devagar, algumas vezes parada para fotografar, outras mesmo a sair do carro.
há duas semanas quando fui para casa dos meus pais, só capitulei já perto de Tomar, porque estava desvairada com fome e lá entrei na A13. portanto, saí em Vila Franca para o Porto Alto e segui ribatejo acima. é assustador a quantidade de coisas que estão fechadas. e casas abandonadas. fez-me lembrar quando andei nos Estados Unidos, mas pronto, aquilo não é bem um país, é quase um continente. Portugal é demasiado pequeno para ter tanta coisa ao abandono. chega a ser deprimente.
a parte boa, para mim, de andar assim a deambular sem hora marcada, pelos caminhos de Portugal, é que me permite reflectir sobre a vida. a minha, essencialmente – gosto cada vez mais destes momentos sozinha. há tanta coisa que me vem à lembrança, quase como um desfiar da minha vida desde os doze anos, altura em que vim para Portugal e comecei a fazer estes caminhos.
[fotografia acima: spot de prostituição à beira da estrada N110, que se encontra abandonado. reflexos da crise, ou do desvio do trânsito para a A13, ali mesmo ao lado?]
comprei uma bicicleta há coisa de um mês. sou assim de resoluções imediatas. ou melhor, andava há anos a pensar que adorava voltar a ter uma bicicleta, mas encontrava sempre justificação para adiar o investimento. de repente, passou-me a ideia pela cabeça e em menos de uma semana concretizei-a.
também gostava muito de correr. mas correr implica, nesta altura da minha vida, um investimento em termos de treino que já não me apetece assumir. para conseguir correr tanto como ando de bicicleta, nunca mais era dia. portanto, ando toda contente com a minha bicicleta cor-de-rosa, parecendo uma barbie.
adoro andar à noite. já cheguei a sair de casa à meia noite para ir até carcavelos e voltar. para além do prazer das pedaladas, há todo um momento de introspecção que sabe muitíssimo bem. o que vai desfilando diante dos meus olhos interpela-me e traz-me novas sensações.
ontem saí de casa às quatro e andei até alcântara. e voltei. hoje estou um bocado moída, mas valeu a pena.
[às vezes fico confusa com esta nova forma de fazer as coisas: sozinha. por inesperada. mas sabe-me muitíssimo bem.]
amanhã faço 50 anos. costumava dizer que aos cinquenta é que eu seria uma grande mulher. não sei o quão grande serei, mas sou toda uma nova mulher. pena este espaço ter sido quase abandonado, mas tudo tem o seu preço.
Antologia de Sena da Silva, na Cordoaria Nacional
na terça-feira tivémos aula prática na exposição acima mencionada.
tínhamos como trabalho escolher primeiro duas imagens de que gostássemos e explicar a escolha. posteriormente, encontrar uma terceira imagem que de certo modo pudesse sustentar ou legitimar a escolha das precedentes, ou pelo menos de uma. num universo de duzentas imagens.
escolhi as duas primeiras, ambas a preto e branco, após algum tempo e com alguma dificuldade.
até que dei de caras com esta e num segundo decidi que era a minha preferida. explicar a escolha não foi, de facto, nada difícil. há toda uma carga afectiva que me chama. eu sou do tempo de brincar na rua. e a partir daqui se abriu o tema para o trabalho que vou ter de fazer para o curso.
uma exposição a não perder.

a melhor maneira de sabermos o quanto (não) sabemos é começar a estudar.
[João Mota da Costa, Love Room
da série Lunch Time Affair – Chapter I (ten rooms for sex), 2012
impressão digital, 100 x 120cm]
A Câmara Municipal de Lisboa e o Atelier de Lisboa convidam para a inauguração da exposição:
4 projectos #44 semanas #88 horas
Exposição Final do Curso de Projecto
Inauguração: 16 de Março, Sábado, 16h00
Exposição: 17 a 28 de Março de 2013
Visita guiada por Paulo Catrica:
Sábado, dia 23 de Março, 16h
A exposição reúne trabalhos de:
Fernando Brito, João Mota da Costa, José Chambel Cardoso, José Júpiter
Curadoria: Paulo Catrica
Local: Museu da Cidade – Pavilhão Preto, Campo Grande, 245, Lisboa
Horário: Terça a Domingo, 10h-13h e das 14h-18h
Encerra 2ª Feira
Organização: Atelier de Lisboa
Parceria: Câmara Municipal de Lisboa
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o que há a reter disto? tudo.
mas para mim, duas coisas: o Atelier de Fotografia, onde eu sou brutalmente feliz a iniciar-me no mundo da fotografia; e o meu querido prof de Lightroom, de seu nome de guerra José Júpiter.
(saudades da banda!)
[post dedicado aos meus amigos João e tm – e não digam que vão daqui!]
não sei se lá chegarei.
(em fotografia)
os exercícios práticos são fundamentais para se dominar a técnica.
obrigada por me teres dado força para não desistir. obrigada por todas as pedras que encontrei no meu caminho, nestes últimos dois anos. fizeram-me parar, obrigaram-me a reflectir e a decidir que uma parte do meu caminho teria que ser indubitavelmente trilhada sozinha. sofri como ainda não tinha sofrido e, naturalmente, não tinha crescido. reaprendi a tomar conta das minhas coisas, melhor do que antes. e, finalmente, virei-me para dentro, reclamando agora a atenção e o cuidado que sempre pus nos outros. deixei projectos que tinha e assumi outros. corri alguns riscos, mas senti que haveria de ser recompensada.
e fui. como uma legitimação da minha escolha.
e, pela primeira vez na minha vida, senti que precisava de agradecer de forma mais reverente. que deveria entregar a felicidade que estava a sentir, mais pela legitimação do que propriamente pelo significado da recompensa. e fui.
entrei, ajoelhei-me e tentei de forma arcaica comunicar. em silêncio, de cabeça baixa, olhos fechados. ao fundo ouvia-se as palavras da missa. e agradeci. como pude e consegui. e comecei a ouvir o blowing in the wind a sair do orgão. senti que tinha sido entregue a minha mensagem.

Fundação Champallimaud, ontem à noite
(mas deve ser igual todas as noites, suponho)
(e eu que não fizesse uma piadinha parva)

tenho cada vez mais gosto em falar de futebol, do que ver um jogo. talvez disso não seja alheio o facto da equipa do meu clube não estar a jogar um chavo, mas ver jogos nunca foi o meu forte.
não fora eu não perceber nada de bola e começava a ficar preocupada!
mas não sei bem o que é.
mais do que visitar Vegas, LA ou San Francisco, o que mais me agradou na viagem que fiz aos EUA, foi o facto de ter andado maioritariamente em estradas secundárias. e sempre que possível no que resta da famosa Route 66.
consegui reviver a sensação que tinha quando viajava com os meus pais em Angola, mas em muito maior.
eu adoro passear de carro, devagar, por aquelas estradas que mal têm trânsito. descobrir o interior dos países. acompanhada da minha câmara fotográfica, é do melhor!
e salto!

sob o pretexto que tinha de ir fazer os exercícios do curso de fotografia, peguei no meu Discovery e fui marginal afora. sempre a chover e eu a perceber que o que precisava de fazer, não tinha hipótese de acontecer a não ser que eu quisesse apanhar uma valente molha e estragar a máquina.
fui parar a Carcavelos, com o pretexto de comer a sandocha que tinha levado como merenda. sim, a vida está cara e eu adoro comer fora dos sítios que lhe estão destinados.
portanto, aproveitei para fazer uns ensaios com a máquina. mas o que mais me fascinou, e fascina sempre, é a quantidade de gente que anda dentro de água a fazer surf e coisas afins. toda a gente resguardada por causa da chuva e aquela malta ali na boa. fantástico.

fui ver o 007. gostei imenso. apeteceu-me particularmente ter aquela paisagem escocesa por um tempo à frente dos meus olhos.
quando vinha para casa, resolvi dar meia volta e parar na curva dos pinheiros para tirar umas fotografias. do outro lado estavam uns pescadores. fiquei com pena de já não fumar, porque achei que ficava a matar naquele setting.

mas ter um blog que faz 9 anos de actividade ininterrupta, permite-me algum desvario narcísico!
nunca imaginei que durasse tanto tempo. mas imaginava que me iria dar muito prazer.
muito obrigada a todos os que aqui passam.
e como eu costumo dizer:
isto sou toda eu, mas eu sou um bocadinho mais do que isto.
(foto tirada pela minha amiga Jo Franco, que é uma artista e peras!)
portentosa, a Catarina Wallenstein neste filme.
(*)
… e ficar ali a ver a dinâmica das ondas.
muito bom dia!
[dormi mal. não sei se foi do chá que bebi antes de me deitar. tive calor, tive frio. uma agitação, o raio da noite.]
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fotos by BlackBerry essa ganda máquina, eheheheh!
hoje, quando toda a gente enfiada nos carros suportava o trânsito para ir trabalhar, passaram estes dois ao meu lado.
e fiquei a meditar em algumas coisas que me têm assolado o espírito nas últimas horas.
gente que não sabe o caminho, mas que julga que sabe. e nem tem mal nenhum, porque há alguma irreverência própria da idade.
para mim, na vida há três coisas que são insuportáveis: a má educação, a falta de respeito e a ingratidão. e estou certa de que não quero gente dessa perto de mim.
graças à greve da CP, por causa de uma reinvindicação qualquer que eu já não entendo, porque acho mesmo que neste momento temos de pensar em reinvindicar de forma diferente, sob o risco de ficarmos numa situação insustentável, mas dizia eu que graças à greve da CP o trânsito era caótico e elnto. e a luz na marginal era fabulosa. o azul do mar lindo, lindo de morrer. e eu fiquei cheia de pena de hoje não ser daqueles dias em que trago a máquina fotográfica. e, claro, quase jurei a mim própria que amanhã acordo cedo e vou agarrar aquela luz.
andar uma vida inteira a queixarmo-nos das mesmas coisas e esperar que a solução nos bata à porta, não ousando sair da nossa zona de conforto e ir à sua procura.
questionam-me se estou chateada. eu respondo que não. tomei essa decisão no início da época. para ficar e fazer um trabalho em condições não poderia ser tão emotiva quanto já tinha sido. não posso entender aquilo como um “filho” que carrego nos braços. não é justo para mim. nem bom para elas. tenho de saber manter a serenidade, quando a tormenta aperta. é isso que é esperado.
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