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com uma constipação desgraçada desde terça-feira, abrigo-me em casa dos pais e não faço outra coisa que não seja dormir, comer, ver televisão, ler, e vira o disco e toca o mesmo.
com muito tempo entre mãos, como costuma dizer a minha mãe, naturalmente que os pensamentos cavalgam em animais selvagens e indomáveis.
constato que esta é uma quadra muito propícia a equívocos. deixamo-nos amaciar e acreditamos. acreditamos em felicidades reeditadas, em amores renovados, em entendimentos milagrosos. e ficamos felizes. não sei por quanto tempo. mas há aquele momento de felicidade, de brilho no olhar, como se de crianças nos tratássemos, a receber o presente mais desejado.
eu por aqui vou ficando até ao final de semana. a afugentar a constipação. já não sou grande crente no pai natal. mas acredito que o meu tempo estará algures aí à frente, no futuro. até lá, vou soltando uns espirros, esfregando os pés que fiquem frios e acorro a limpar o pingo que se solta célere do nariz.

… é que não há vez nenhuma que eu o releia que não aprenda qualquer coisa sobre mim.

passado o nervosismo inicial do curso, e a angústia que ainda anda aqui entre o peito e a barriga, que ligação mais estranha, há pouco tive aqui um pensamento clarividente. aquilo vai ser tão somente eu a fazer uma coisa de que gosto muito, ajudada por alguém que sabe muito daquilo que eu gosto. muito. ah! e sobre algo de que gosto muito, também.
portanto, é só amor! para quê tanta cena?

© Anabela Mendes

do pai herdei o gosto de conduzir devagar e por caminhos secundários.
no espaço de duas semanas fui duas vezes à santa terrinha com o jipe para levar a minha bicicleta. dizem os senhores que mandam nas estradas, que o dito cujo é classe 2 e eu, em retaliação, raramente ando com ele nas estradas que começam por um A. olho por olho, que eu até sou míope!
ontem no regresso a casa, demorei quatro horas e meia a fazer duzentos e pouco quilómetros. muito devagar, algumas vezes parada para fotografar, outras mesmo a sair do carro.
há duas semanas quando fui para casa dos meus pais, só capitulei já perto de Tomar, porque estava desvairada com fome e lá entrei na A13. portanto, saí em Vila Franca para o Porto Alto e segui ribatejo acima. é assustador a quantidade de coisas que estão fechadas. e casas abandonadas. fez-me lembrar quando andei nos Estados Unidos, mas pronto, aquilo não é bem um país, é quase um continente. Portugal é demasiado pequeno para ter tanta coisa ao abandono. chega a ser deprimente.
a parte boa, para mim, de andar assim a deambular sem hora marcada, pelos caminhos de Portugal, é que me permite reflectir sobre a vida. a minha, essencialmente – gosto cada vez mais destes momentos sozinha. há tanta coisa que me vem à lembrança, quase como um desfiar da minha vida desde os doze anos, altura em que vim para Portugal e comecei a fazer estes caminhos.

[fotografia acima: spot de prostituição à beira da estrada N110, que se encontra abandonado. reflexos da crise, ou do desvio do trânsito para a A13, ali mesmo ao lado?]

saudades
de ter o corpo deitado ao sol, sentir-me aquecer, de um braço fora da janela do carro ao final do dia

[durante muitos anos, a maior parte da minha vida, senti e acreditei que conseguiria voltar a fazer e a sentir as mesmas coisas outra vez. em melhor. agora sinto que já não é assim. que cada dia que passa me traz novidades que nem sempre peço. e que muitas vezes não vêm sequer com o quente do verão. do conforto. do aconchego. gostaria de ser mais acomodada – não é muito bom, mas também não é muito mau. assim, não sendo, não é muito mau, mas o muito bom parece-me ter ficado lá atrás à beira de uma arriba cor de trigo, num final de tarde de céu avermelhado.]

sou uma mulher simples, de desejos simples. para além de saúde para mim e para os meus pais, só desejo continuar a ter trabalho remunerado.
o resto eu resolvo, não te preocupes.

_MG_5827

sou o mais possível a favor dos presentes em segunda mão. nem tem sequer que ver com a crise, sempre fui assim. para mim, desde que me dêem uma coisa de que eu gosto, não me faz espécie alguma que ela já tenha sido utilizada por outra pessoa. é novidade na minha mão e é esse o conceito que eu tenho de presente. acho um disparate haver coisas que estão em bom estado, que quem as possui não as utiliza e não liga nenhuma e as tem paradas sem serventia (e olhem que eu sou de guardar até a porcaria do papel amachucado que inadvertidamente enfiei dentro da mala em vez de ser no caixote do lixo). e ao contrário daquilo que, dizem, é apanágio dos filhos únicos, eu gosto muito de partilhar.
isto tudo para dizer que me ofereceram um presente em segunda mão, que eu gostei muito: uns patins em linha. praticamente novos. que deslizam bué da bem, porque eu já andei neles. e eu fiquei tão contente como se eles estivessem a sair novinhos em folha da caixa.

podia muito bem ter sido feito ao som de “Dark Side of The Moon”, o caminho ao longo da marginal, mas não – foi outra coisa qualquer.
há qualquer coisa de fascinante no amanhecer com nevoeiro. por detrás dos silos da Trafaria,o sol tentava romper através das nuvens. do leito do rio, levantava-se, indolente, o nevoeiro que tinha contido a maresia durante a noite – suponho que seja para isso que serve o nevoeiro sobre a água salgada. para mim bastava que lá estivesse, mas dizem que todas as coisas têm o seu propósito. no limite, interpelarem-nos. e, digo-vos, já não é coisa assim tão pouca.

[gosto daquela sensação de sentir o óleo quente a tocar-me a pele e logo de seguida as mãos da Madalena percorrerem-me as costas, do fundo até ao pescoço. começar a manhã com uma massagem de uma hora e um quarto é f.a.b.u.l.o.s.o.]

tenho a perfeita noção de que, se o caminho que percorremos nos levar a tempos de menor liberdade individual e colectiva, terei que pagar por algumas das coisas que penso e digo.
algumas já as pago, agora. felizmente, acordo todos os dias com imensa vontade de me olhar ao espelho. e não tenho a mínima vontade de ser heroína (os heróis vêm para casa com os pés para a frente), mas também não engulo tudo o que me impingem.

ontem passei por um carro funerário em plena cril. ao longe só me apercebi que deveria ser um cortejo fúnebre, porque levava à frente um carro com os quatro piscas ligados e a marcha não era muito acelerada. nas duas faixas à esquerda, eu incluída, passavam outros carros em maior velocidade, provavelmente nem se dando conta pelo que passavam.
num instante recuei trinta e tal anos e fui parar à terrinha. e ao tempo em que os funerais se faziam na carreta. era assim que se chamava o transporte dos caixões. e os acompanhantes seguiam todos a pé, desde a casa onde a pessoa tinha morrido até ao cemitério, em cortejo. às vezes atravessava-se a vila toda naquele passo. 
e porque é que me lembrei disto? porque não raramente e dependendo do movimento que tinha a povoação, atrás do cortejo fúnebre seguiam uma fila imensa de carros. uns que iam a acompanhar o morto, mas muitos que andavam tão somente na sua vidinha. mas havia aquela regra implícita que não era de bom tom ultrapassar um cortejo fúnebre. ninguém o fazia. respeitava-se o momento, a dor, a homenagem, e toda a pressa que se pudesse ter, era relegada para o lado. acho que era um coisa muito bonita de se fazer. e acredito que era um bom momento de reflexão, forçado é facto, mas ainda assim talvez tenha sido aproveitado para se pensar que de nada valia andar em corridas desenfreadas, porque aquele seria o destino de todos nós.
claro que falo de outros tempos. não tão distantes quanto isso, mas os últimos vinte anos vieram dar uma nova medida ao tempo. como se ele, embora tendo a mesma escala, passe de facto de forma mais rápida. e estamos todos tão ciosos das nossas liberdades e dos nossos direitos, que chegaria a parecer ridículo travar-se o passo por causa da dor que ainda para mais é alheia.
eu, de todos os modos, ainda não consigo meter-me no meio de um cortejo fúnebre. já apanhei vários na segunda circular e, ou ultrapasso todos os carros, ou então aguento-me atrás deles.


andar uma vida inteira a queixarmo-nos das mesmas coisas e esperar que a solução nos bata à porta, não ousando sair da nossa zona de conforto e ir à sua procura.

e os ténis giros até que não são maus para caminhar.

uma hora a caminhar no paredão.
e no final, vinte minutos deitada no muro da praia a ouvir música e ver as estrelas.

no tempo certo, talvez eu abra os braços
talvez tu apareças
talvez o sorriso faça de cumprimento
o abraço o retorno

no tempo certo, talvez já não te lembres
talvez eu já tenha esquecido
talvez a gargalhada nos contagie
novamente

até lá, já não sei onde começou
porque acabou
sei das saudades
que sinto
do tempo em que éramos como família.

… como um carro que acabou de sair da oficina para alinhar a direcção.

[a foto não tem nada que ver, mas é um bocado como a minha vida. nem tudo o que parece é. a única coisa que parece e é, é a minha terapeuta: querida, querida, querida, como só ela!]

de todas as vezes que nos pomos a jeito para que nos tratem mal, deveríamos, para além da dor psicológica, sentir também uma dor física, aguda, persistente, que só parasse quando da boca nos saísse um BASTA bem forte e alto!

mas mesmo sem dor física, de facto para mim BASTA!
fartinha de ser para os outros, aquilo que nem eles próprios são para eles si!

 
 

parabéns por teres chegado ao dia de hoje.
a minha maior admiração por isso.

daqui: Mahoney Joe

tanto para dizer sobre a sua ausência. ou da dificuldade em o praticar.

aqueles em que eu, de auriculares postos, faço piscinas à volta do campo recolhendo bolas que vão ficando espalhadas, enquanto a minha equipa treina.
muito, muito bom.

a coisa mais certa que temos, é a mais difícil de lidar.

farta desta dor que mais parece uma faca a espetar-se no trapézio e eu completamente sem rede, vou logo às sete e meia à fisioterapeuta.

hoje tive a visita inesperada dos meus pais. à conta de uma amiga que morreu, lá vieram eles por aí abaixo. depois da terapia, passei pelos pasteis de Belém, comprei seis e fui ter com eles a casa. soube-me bem esta semi-surpresa. estou com imensas coisas a fervilhar na cabeça e um motivo para desfocar é sempre bem vindo!
depois de saber onde fica a igreja do Feijó lá fomos nós. beijinhos e abraços à família e sentámo-nos a fazer um bocadinho de sala. e qual o assunto da nossa conversa? o que queremos que nos seja feito quando chegar a nossa vez. nada melhor do que falar destas coisas numa altura em que estamos descontraídos e com algum humor. eu quero ser cremada. a minha mãe também, mas ainda está na dúvida se não quer que seja no cemitério do Alto de São João (nem sei se isso será possível). o meu pai, parecendo o mais conservador, é arrojado: quer ser enterrado, mas não quer pedra mármore, pois diz que não quer nada que lhe pese em cima do peito! e teve que me chamar à atenção, porque eu já estava a rir às gargalhadas.
estou mesmo satisfeita por este assunto ter ficado definido.

liderar nem é uma coisa assim tão difícil de se fazer.
basta ser-se coerente e verdadeira. com isso vem a confiança. a partir daí, é só gerir.

“desperdicei” dois verões a crescer. o próximo não me escapa!

Talk about your life
Mike Oldfield (vocals Maggie Reilley)

 

Walking Out In The Street Light, Midnight.
Whisper Wind, Catch Me In The Headlight.
Talk About Your Life, I’d Like To Know.
It’s Not Easy Going Where No-One Goes,
And No-One Knows.

Chorus
Do We Have To Be So Distant?
How Can You Be So Unreal?
What’s The Reason For Hiding, And
How Does Crying Make You Feel?

I Can See You’re Talking To Me In Riddles.
Do What You Like, You Go Where The Wind Blows.
Talk About Your Life, I’d Like To Know.
It’s Not Easy Going Where No-One Goes,
And No-One Knows.

Chorus
Do We Have To Be So Distant?
How Can You Be So Unreal?
What’s The Reason For Hiding, And
How Does Crying Make You Feel?

I Reach For Certain Disguise That You’re Leaving,
And I Can Tell By The Mist In Your Eyes That You’re Dreaming.
Dreaming.

Do We Have To Be So Distant?
How Can You Be So Unreal?

In The Clouds, Running And Chasing Shadows.
In The Crowd, Frozen In The Window.
Talk About Your Life, I’d Like To Know.
It’s Not Easy Going Where No-One Goes,
And No-One Knows.

Chorus
Do We Have To Be So Distant?
How Can You Be So Unreal?
What’s The Reason For Hiding, And
How Does Crying Make You Feel?

acabado de ler no FB de uma amiga, e sem conhecer a origem, mas que está brutal, está!

“relacionamento não é aquela coisa colorida, onde tudo se encaixa perfeitamente. o nome disso é Lego.”

aqui a rever um episódio do L Word. cheguei à conclusão de que a incapacidade para assumir variados papéis longe de ser coerência é mas é uma grande incompetência. o que é uma tristeza!

[já não me lembrava que a Helena Peabody era… enfim, uma manipuladora perversamente bonita!]

todos nós temos jeito para qualquer coisa. uns para escrever, outros para fotografar, outros para mecânica, outros para línguas, outros para política, outros para dançar, outros para encantar, outros para ensinar, etc, etc.
nenhum de nós é completamente falho de interesse. se temos vontade de agradar, provavelmente o mais sensato será agarrarmo-nos ao que é nosso e aperfeiçoá-lo. procurar uma matriz e copiá-la é, para além de ridículo, inútil.
é o mesmo que usar um baton chanel e ter os dentes todos estragados. ou vestir um fato italiano com sapatos da seaside.
ser-se genuíno é simples, barato e tem uma coisa que vale de muito: é fiável.

[às vezes dão-me mais importância, do que aquela que eu tenho na realidade. eu não tenho importância nenhuma, excepto para as pessoas que gostam de mim. e essas não são impressionáveis.  por isso, esquecei-vos de mim. e procurai ser felizes. é a única coisa que desejo a toda a gente: que sejam todos muito felizes. o trânsito seria muito mais tranquilo, tenho a certeza!]

Às casas, às nossas lavras
às praias, aos nossos campos
havemos de voltar.

Às nossas terras
vermelhas do café
brancas de algodão
verdes dos milharais
havemos de voltar.

Às nossas minas de diamantes
ouro, cobre, de petróleo
havemos de voltar.

Aos nossos rios, nossos lagos
às montanhas, às florestas
havemos de voltar.

À frescura da mulemba
às nossas tradições
aos ritmos e às fogueiras
havemos de voltar.

À marimba e ao quissange
ao nosso carnaval
havemos de voltar.

À bela pátria angolana
nossa terra, nossa mãe
havemos de voltar.

Havemos de voltar
À Angola libertada
Angola independente.

(poema de Agostinho Neto)

muitos parabéns, Quica.
que tenhas o dia o mais feliz que puderes.
que a lembrança das acácias floridas seja o presente mais simbólico que te posso oferecer.

gosto tanto!

(Cristo Rei em Miranda do Corvo)

[

 

]

numa caixa de silêncio

ontem passei o dia fechada em casa a dar uma volta a… esta merda toda, basicamente!
não ouseis cair na tentação de lamentar a minha sorte – fui sair à noite e cheguei a casa às sete e tal da manhã!
há pouco encontrei umas cassetes de audio. K7!?!? e tocam. selecção de zouk de ’93, música africana que dancei há bué, Paulo Flores de ’90, discoteca ETC em Coimbra… eu não tenho uma casa, tenho um museu!

[há alturas em que não sei como me suporto! e o saneamento que esta casa está a levar faz-me irreconhecível… ups! a K7 deixou de tocar! querem ver que se enrolou e aquela cena toda que acontecia de fita presa nos carretos e oh nããooo!]

acho que, afinal, ainda vai ser antes dos 50 que eu serei uma grande mulher!

[uma tristeza dizer isto aos 47, mas cada um faz o que consegue! e eu, bem, eu como tinha caracóis fui-me distraindo…]

gostava tanto de ser daquele tipo de pessoas que toma decisões para a sua vida e se mantém firme a elas.
tipo, deixar de fumar.
era uma boa.
eu que nunca tive uma voz bonita, agora tenho-a horrível.

há qualquer coisa nesta fotografia que me agrada imenso, mas não consigo perceber bem o que é.
se é a cor que lhe dá um ar nostálgico de fim de tarde de domingo.
se são as gaivotas que planam sobre a praia, fugindo do vento do mar.
se são os dois namorados sentados no muro que divide a praia da estrada.
se é o homem que caminha com um ar indiferente a tudo isso.
se é o lixo que se acumula trazido pelo vento.
se sou eu que me processo com tudo isso junto e questiono o que poderia ter sido e não fui.
se, por fim, é o conjugar de todas essas coisas. quando vemos uma fotografia, vemos com tudo o que temos dentro e projectamos o nosso íntimo nas imagens que nos apresentam.
e quando tiramos uma fotografia? o que vai de nós para dentro dela?

o céu. na despedida deste ano, tudo de bom para quem aqui passou. e muito obrigada pela partilha. temos à porta um ano inteiro para estrear. vamos aproveitá-lo muito bem.

certamente, não nos perdemos, minhas amigas. o ano não não justifica ausências, comportamentos. entendamos tudo isto como um pacote de aprendizagem. estamos, algumas de nós, em desencontro. há fases da vida em que nos aproximamos mais, que todos os nossos interesses e desejos se sintonizam. outras, em que temos necessidade de fugirmos cada uma para seu lado. uma necessidade que nem sempre é consciente, assumida. mas que é real. e não tem mal nenhum. haveremos de nos reencontrar lá mais à frente, estou certa disso. não nos perdemos. só não estamos sintonizadas. tudo o que vivemos até agora já não será repetido nos mesmos sítios, com o mesmo sentimento. foi como se tivéssemos perdido a inocência dessa partilha específica. mas teremos direito a outra. eu sei que é difícil aceitar as perdas, a mudança. se sei! mas também sei da minha responsabilidade nisso. e, por isso, por aceitar a minha responsabilidade, sinto que este é um momento de turbulência para as nossas relações, mas que é uma turbulência interior. que em nada vai interferir com o que viveremos no futuro. isto porque acredito que o caminho individual de crescimento, que necessitamos de viver em separado hoje, não vai arrastar na sua conclusão nenhum ressentimento. não é nada dirigido. às vezes parece, mas não é, acreditem. somos nós a viver a mudança da idade. a questionarmos o que fizémos. a chorar perdas. a lamentar não termos feito mais coisas. mas não é dirigido. é individual. é interior. e, quando passar, vai voltar a ser bom. com mais cabelos brancos, mais rugas, mais rabugice, talvez, mas acredito convictamente que saberemos lá chegar e reencontrarmo-nos. e reconhecermo-nos.

[post muito dedicado, mas no fundo para toda a gente que, aqui e ali, vive desencontros.]

pela cor das árvores do Campo Grande!

finalmente hoje vou cortar o cabelo! e pintar.
(se a minha amiga que me põe as mãos no cabelo me dissesse que me ficava bem um corte daqueles curtinho… era já! quer dizer, mais logo.)

em preparação psicológica para uma deslocação a Tondela amanhã.

… que só devemos dar, quando o que damos é o melhor para nós.
doutra forma, só damos porcaria.

[curiosamente, a história repete-se na minha vida. só que, passados 14 anos, eu sou tão outra pessoa. tão mais pessoa. e ser-se mais pessoa é uma coisa muito boa.]

não sei porque vindes aqui diariamente, há dias em que isto até a mim custa a fazer sentido, mas sinto-me profundamente agradecida.

mas o sofrimento não me retira assertividade na análise.
portanto, é sempre aconselhável não se meterem comigo, quando eu não estou na minha melhor forma.

… não sei quem será!

no carro atrás do meu está uma mulher a secar o cabelo (liso, pelos ombros, risco ao meio, castanho muito escuro – fiquei com vontade de lhe mexer) com a ventilação do carro! e nem imaginam a potência daquilo!

[maravilhoso sol, no início de mais uma semana nova na minha vida]

os vibradores à prova de água não são muito amigos do ambiente… a não ser que se utilizem em banhos de imersão, jacuzzis e afins. com água a correr não me parece uma coisa muito ecológica.

enfim… bom domingo!

[inveja, é o que é!]

ao contrário do que possa parecer, estou muitíssimo bem disposta!
cheia de sono e tal, mas vale a pena. o jantar foi muito divertido. o antes do jantar também. o depois do jantar idem.
e, apesar do frio que está aqui na tasca, posso dizer que é uma manhã perfeita!

[momentos perfeitos são todos aqueles em que, independentemente do que esteja a fazer e o sítio onde me encontre, me sinta em harmonia e conciliação comigo e com o que quero para a vida.]

este blog não seria o mesmo sem as pessoas que o visitam e o comentam.
e, para grande alegria minha, volta e meia não pensam que me conhecem, mas acarinham-me como tal. e isso é muito bom!

… é quase meia-noite e eu num laboratório do IGC. espectáculo!

e a arrumar as bicuatas da viagem. e não só…

de uma noite bem passada na companhia de duas miúdas muito giras e bem dispostas a beber uns copos e a abanar os ombros no Salto Alto!

entre a chegada de um roupeiro (nem digo as medidas que é escandaloso) para a morena, almoço de aniversário da chata, jantar com família da banda, ida ao s. jorge e trocar a roupa de inverno pela de verão… chiça!
vida difícil… ahahahah!

(sou tão feliz, caneco!)

Movimento Pela Igualdade – a favor do casamento civil das pessoas do mesmo sexo.

quero lá estar!
no S. Jorge, domingo às 16h.
mas virei falar disto mais logo, que agora não tenho tempo.

gostava de viver em Lisboa, nesta altura do ano.

a honestidade deve ser a qualidade que eu mais aprecio!

 

e calha que eu sou uma mulher bué feliz, caneco!

… mais gosto dele: Miguel Vale de Almeida! (pela serenidade, sim, principalmente pela serenidade e pela humanidade. grande Homem!)

e acho extremamente hipócrita, a postura dos que estão contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, ao argumentarem sistematicamente com os apectos jurídicos da coisa. porque é que não têm coragem de dizer: olhem, nós não queremos que vocês tenham os mesmos direitos que nós? ponto. era muito mais verdadeiro.
ainda para mais, arranjam cada figura… na tvi24 está uma senhora, que se chama Sofia Galvão, que começou por dizer que estava ali em nome pessoal, mas passa a vida a começar as frases por ‘nós’. bem, sempre pode ser plural majestático, é verdade. e ela lá deve achar-se assim, que foi para ali carregada de toda a bugiganga que tinha em casa para pôr ao pescoço, nos braços e nos dedos! (aqui já sou eu com o mau feitio…)

de vez em quando dá-lhes para se esquecerem – as pessoas.
para se esquecerem que, na sua vida, mais de 90% das coisas que lhes acontecem são da sua responsabilidade.
e, depois, ainda dizem que a gente não entende. ah, pois não! não entende, nem quer entender, livra!!!
(já me bastam as minhas coisas…)

correio

meiavolta(at)gmail(dot)com

fotografias

todas as fotografias aqui reproduzidas são da autoria de ©Anabela Brito Mendes, excepto se forem identificadas.

acordo ortográfico

não sei como se faz e nem quero saber!

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