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pormenor do teu pijama, aqui ao meu lado

hoje é o dia do teu aniversário e eu venho numa corrida a esta minha (nossa) casa deixar-te os parabéns.

desejo-te, meu amor, minha mulher, tudo de tão bom quanto se possa desejar. e que em todas as tuas decisões haja sempre o peso da liberdade feliz. do compromisso leve. num caminho partilhado comigo, com os nossos, com os outros, os conhecidos, os anónimos, toda a gente que sempre cabe na nossa vida e a enriquece.
amo-te como jamais.
(há onze anos estávamos quase a conhecer-nos)

não é de merecimento. nem sequer, como também já pensei, de investimento.
é de quem o agarra e não perde o discernimento perante o infortúnio. ou seja, de quem pega nas sobras do primeiro prato e faz um petisco que se saboreia num belo serão. sob a luz quente de velas que derretem para o chão, copos preenchidos com bebidas a gosto e amigos que souberam esperar.
e é meu, porque o mereço!

ontem já ía no final da marginal, passava das onze e meia da noite, tinha estado uma noite horrível que me sitiou dentro de um gabinete sem hipótese de ir espreitar o treino, e ouço o meu telemóvel dar sinal de mensagem.
“beijinho Ana”, somente.
tínhamos acabado de estar juntas. em poucos minutos actualizámos o que se vai passando connosco, sem tempo para mais. mas tinha-me sabido bem aquele bocadinho de partilha. e depois aquela mensagem fez-me sentir que, para mim, o melhor do mundo é ter pessoas na nossa vida.

sabes que, conhecendo-nos nós há tanto tempo, este é o primeiro aniversário em que te dou dois beijos de parabéns e um abraço ao vivo e a cores?
simbolicamente, teria de ser este.
minha querida, estás de facto de parabéns por tudo o que faz de ti essa mulher fantástica, que assume a dor do crescimento qual crisálida a querer transformar-se em borboleta. não imagino que haja quem abdique de testemunhar isso. eu teria uma falha imensa se não pudesse ter esse privilégio. e farei sempre tudo para o acompanhar de perto. pelo que representas para mim, pelo amor que te tenho.
(acabaste de dar um pontapé num gin tónico e andas armada em sopeira a limpar o chão – tanto glamour no teu aniversário!)

sabes o que mais me agrada, depois deste verão que se fez tão quente para ambas?
é voltar a ouvir as tuas gargalhadas, sempre que falamos ao telefone. é voltar a ser brindada com o teu sentido de humor.
por mim, naturalmente de uma forma egoísta porque me sabe muito bem, mas também por ti.
porque voltaste saudavelmente ao teu caminho.
e eu e tu temos um caminho em comum. que nem a minha frontalidade irritante e a tua elaboração desmedida das coisas conseguem estragar.
temos a tolerância máxima que se desenha nos grandes afectos. daqueles que um dia, sem nos apercebermos bem como e de onde surgiram, nos brotam do coração e fazem-nos surpreendidas. e maravilhadas.
gosto do cuidado que me tens. eu, que não sei muito bem o que posso dar, dou-me. é a minha maneira de te retribuir.
gosto tanto de ti. obrigada por tudo o que me dás.
deo gratias.

Os amigos amei
despido de ternura
fatigada;
uns iam, outros vinham,
a nenhum perguntava
porque partia,
porque ficava;
era pouco o que tinha,
pouco o que dava,
mas também só queria
partilhar
a sede de alegria –
por mais amarga.

Eugénio de Andrade, in “Coração do dia”

para ti. pelo maravilhoso partilhar de um serão, que foi uma autêntica viagem.

(…) De todas as maneiras, se puder escolher, escolho que me aceites para ficar, escolho aceitar-te e ter-te perto, tão perto como agora… (…)
Cartas para Cláudia, Jorge Bucay

angústia para o lado, sigo o caminho que me leva a ti. não é tão acelerado como desejaria, mas não é inconsequente, nem precipitado.
não quero casas construídas em cima de terrenos instáveis. e é assim que está o meu. treme por todo o lado, mal as vagas sejam mais agitadas.
não tenho dúvidas na minha capacidade de resolver o que me apoquenta. e o que me apoquenta não és tu. é todo um mundo novo que se me abriu. que se me abre. que transforma esta mulher, que aqui está, numa diferente da que era. eu estou a gostar dela. 
e, como tu sabes, como sempre me ensinaste, gostar de nós é fundamental.
entretanto, quero que essa mão me pegue sempre. me leve. me sossegue. me excite. me ame. pedirei muito?

quanto maior for a minha liberdade interior, maior é a probabilidade de me apaixonar.

é o reflexo da luz de uma estrada larga, a perder de vista, rodeada de uma paisagem alentejana colorida com o amarelo seco do verão.

as sereias revisitando as raizes

quando se estabelece uma relação de compromisso conjugal séria (sim, apesar de todos os católicos do mundo e quejandos, essa é a relação que eu tenho com a Maria), há um pacote de coisas que levamos para dentro desse compromisso: nós próprios e todos aqueles que fazem parte do nosso universo afectivo, e concretizando, porque é isso que me interessa agora, a família – a nossa e a da outra parte.
já aqui disse, várias vezes, que eu fiquei a ganhar por uma abada, como se diz na bola. a minha família mais próxima é substancialmente menor que a da Maria. só em sobrinhos é uma fartura, eu que até sou filha única!
acho que uma das fases mais difíceis de uma relação de compromisso é adaptarmo-nos a todas estas pessoas, que não faziam parte da nossa vida até então, e que muitas vezes nem sequer nos tinham passado pela cabeça fazer: em número e em personalidade. entra-se, portanto, num mundo novo.
confesso que não me foi fácil. era muita gente, alguma à distância de milhares de quilómetros, cujas visitas se faziam uma, no máximo duas vezes por ano. não é fácil criarmos afinidade, empatia, com pessoas que vemos tão poucas vezes. porque entram em jogo as personalidades de cada um e, é sabido, que isso não é ligeiro de se abordar. de se contornar.
grosso modo, para mim, demorou à volta de três anos a conseguir. houve uma pessoa com quem tive uma empatia imediata, daquelas que não se explicam racionalmente, que foi com a minha cunhada. do mais pacífico possível, descontraído e bastante divertido. com o cunhado foi uma questão, mesmo, de tempo. seremos, quiçá, muito parecidos, talvez mesmo na timidez que nos faz ser, aqui e ali, algo arrogantes para disfarçarmos essa fraqueza. mas tudo ultrapassável e ultrapassado, assim haja vontade. a vontade, a nossa principalmente, mas a dos outros também, faz milagres, acreditem. o querer é uma arma poderosa.
houve outro elemento difícil: uma sobrinha. das primeiras vezes que nos encontrámos, corpos perfeitamente estranhos. e, claro, primeiras vezes, podem querer dizer dois anos.
mas, de uma coisa sempre estive confiante. a de que era uma questão de tempo. que o desafio que tinha aceite, ao iniciar a minha relação com a Maria, era grandioso, também por toda a gente que iria entrar na minha vida, mas que era O desafio da minha vida, porque era aquele mesmo que me permitiria ser incomensuravelmente feliz. como sou.
o voltar de página, com a sobrinha, sucedeu com uma estadia prolongada dela em nossa casa, aquando da sua gravidez. tomámos conta dela, não que ela não fosse capaz, mas porque a queríamos mimar. porque ela trazia na barriga mais um elemento da família, que iria prolongar este laço, mas muito porque ela merece, ela é uma das nossas. e os nosso devem ser protegidos.
a partir daí, a nossa relação evoluiu num crescendo de empatia e afinidade. adoro quando ela vem cá e fazemos aqueles lanches ajantarados, em que discutimos coisas sérias, mas também nos divertimos imenso com as histórias da banda! em que o puto, já com dois anos e meio, nos encanta com o seu poderosíssimo charme, e a avó dela nos desarma com a sua simplicidade de mulher do povo, sem rodeios, frontal e destemida e muito, muito genuína. de uma genuinidade que dificilmente se encontra em gente da nossa geração.

enfim, tudo isto porque a sobrinha esteve a desencaminhar a morena, para irmos passar o fim do ano à banda.
nós? ficámos de cabeça à banda, claro, a fazer contas aos dias de férias, etc e tal!
sou tão feliz, caramba!


ou
sessão de pedicure no reino – dos algarves
ou
a Maria e as profissões alternativas
ou
o vinho branco do almoço bateu forte!

t-shirt e boné da maria carolina. o poeta dizia que o melhor do mundo são as crianças. não serão o melhor, mas são do melhor, sim!

coisas interessantes que se descobrem nos hospitais, em momentos de espera angustiante.
(a minha Maria deve fazer o pior pós-operatório do mundo! safada!)

alívio. parte um.
(segunda, dia 6, lá vamos nós para o hotel das descobertas.)
uma aventura esta nossa vida. aventura romântica, claro, que não há soro, pontos, bisturis e outros que tais, que nos abalem!

tão fartinha, mas tão fartinha de hospitais…

[sabes que estarei sempre ao teu lado. com a mesma boa disposição e a mesma disponibilidade. que os hospitais não me incomodam mesmo nada, o que me custa é saber-te em sofrimento. se ao menos pudéssemos dividir as dores…]

ontem diversas pessoas me perguntaram como íamos comemorar o quinto aniversário. eu disse que já tinhamos ido, ao visitar o sítio onde nos encontrámos a primeira vez. e sim, foi logo na primeira vez que nos vimos que iniciámos este romance – há dias felizes! uma delas respondeu-me ‘oh prima, nem um bocadinho de cliché?’. não querida, disse eu, cliché vai ser se um dia nos pudermos casar e vires a morena no esplendor do cliché e da pirosice digna das noivas!
pois, o cliché foi eu ir jogar à bola com as minhas amigas (credo, ando a jogar tão mal que até dói – ontem, acho que não fiz um passe certo) e a morena foi ao ikea ver um armário. depois, quando cheguei a casa ela fez-me uma massagem no pescoço.
portanto, sou romântica, sim, não duvidem disso, mas tenho pouco jeito para encenar coisas. acho que fui pouco educada a coisas arranjadas previamente. e, felizmente, consigo demonstrar o quanto gosto da Maria doutras formas, e ela não se sente menos querida e cuidada.
resumindo, tenho a mulher ideal para mim. já viram a sorte?

aqui começou uma história de amor. daquelas que só pensei serem possíveis em livro, ou no cinema. logo que me cruzei com o seu olhar, mal senti o seu abraço, percebi que aquilo era um acontecimento. não uma circunstância. gosto de aqui voltar, todos os anos. temo-lo conseguido, ainda que à custa de chegarmos atrasadas ao trabalho. tudo vale. esta história de amor vai ser sempre escrita por lembranças, pequenas delicadezas, sorrisos cúmplices, beijos furtivos. tive um encontro e não quero perder a oportunidade de o viver, tantos anos quantos me sejam permitidos. não o descuro um dia que seja. sou uma mulher extremamente feliz e partilho essa felicidade com todos os que quiserem fazer parte desta história – sejam a família, os amigos mais próximos, os desconhecidos que por aqui passam. todos fazem parte dela, aliás, porque fazem parte da minha vida – ainda que não o queiram.

hoje, como há 5 anos, o teu sorriso encanta-me.

[hoje é o aniversário da dama que me encanta.]

olaré, se é!

não é fácil. mas, mais cedo ou mais tarde, acabamos por encontrar alguém, por quem nos encantamos todos os dias.

são 23:54 e a minha Maria anda a fazer passagem de modelos… e eu espectadora exclusiva.

… um dos meses que eu mais gosto: Maio – mês de Maria!

o meu pai é maravilhoso!

[pena que não tenha deixado de me ver, ainda, como a sua criança. lamentavelmente, ou não, eu ainda não consegui trabalhar o suficiente para lhe mostrar outra coisa – e quererei? eis a grande questão! (que não me tira o sono, mas agita-me, confesso!) ]

poucas coisas me dão mais prazer do que o conforto dos afectos. dias quentes passados nos braços de amigos. o amor que anda no ar, e não falo só do amor romântico – falo daquele que é solto em gargalhadas cúmplices de amigas, em brindes que se repetem, em cabeças desprendidas num ombro que nos acolhe, em abraços de saudação e despedida, na certeza da repetição destes momentos logo que alguém o sugira.
este fim de semana que passou foi de uma harmonia que guardarei dentro de mim por muito tempo. que me fará voltar a relações que se arrefeceram, porque tenho de saber resgatar quem me foge.
porque aquela gente também é a minha família. só não partilhamos o sangue, mas temo-nos há tanto tempo, que não podemos perdermo-nos – sob pena de deixarmos para trás uma parte nossa.
[sinto-me crescer a cada ano que passa. sou muito melhor hoje e não quero que isso aconteça sem ser partilhado – não teria, de todo, valor significativo, se ficasse só dentro de mim.]

crianças

(esta, então, presta-se mesmo para a coisa)

a minha Maria começa a vislumbrar melhoras e já só com estas amarras ela fica sossegada!
que coisa!

a quantidade de diferenças, que existem entre mim e a Maria, não é comensurável. tirando a reciprocidade dos sentimentos, o respeito mútuo e tolerância à diversidade, valores morais, o gosto por viajar e mais umas coisitas, basicamente, somos diferentes em quase tudo o que respeita aos aspectos práticos da vida.
(começando pela simples coisinha de que umas compras que demoram 10′ a fazer, para ela menos de 30 não é tempo!)
ela sabe sempre o que quer comprar, a marca, o modelo, o tamanho mais uma catrefa de especificidades que a mim me transcendem.
e, então, vira-se e diz-me: amor, se fores ao supermercado compra um (…), que diz (…), a embalagem é da cor (…), mas não compres o (…), porque (…), e está no corredor dos (…), do lado esquerdo de quem está virado para as caixas.  
e eu respondo: ainda temos cá em casa?
e se ela responde ‘sim’, pego no telemóvel, vou à procura do (…) e tiro-lhe uma pelingrafia e fico descansada da vida.

(lembrei-me disto, porque estava a ver as fotos do meu telemóvel e encontrei lá uma de um chocolate que é excelente!)

Maria in da house!

(e eu baita happy!)

[miúda, tenho tantas saudades de ti, aqui. tantas! diz-me, que faço eu aqui sózinha. que voltas hei-de dar, nesta casa que é enorme sem ti?]

uuuuuuuuuuuuuuuuufaaaaaaaaaaaaaaa!

estou estoirada! mas (um pouco) tranquila! aliviada só amanhã. ou melhor, mais logo!

[já morro de saudades tuas. esta casa não tem piada sem ti. esta cama é enorme. faz-me falta o teu cheiro. o teu ombro para adormecer.  o teu sorriso.]

a minha mãe é uma querida. quando sabe que eu estou assim a modos que mais preocupada ou quê, passa a vida a telefonar-me a saber se estou bem, se já cheguei a casa, etc, etc.
não é que nos outros dias não o faça. mas a forma como o faz, é colinho, mesmo!
(vá lá, hoje não me caiu no prato! é que ela tem uma pontaria tão grande, que me telfona sempre quando eu estou a comer.)

um dos melhores presentes de natal foi reccebido no dia 27. um presente vivo, em carne e osso, na figura da minha amiga mais antiga.
há anos que não nos víamos. e foi, como é com aqueles a quem podemos chamar mesmo de amigos, como se tivesse sido no dia anterior a última vez que tinhamos estado juntas.
com muito chá e scones à mistura, uma conversa viva com recordações antigas, dos tempos em que partilhámos a carteira da escola no 7º, 8º e 9º, daquela lousã fria e já tão distante no tempo. com trocas do presente, um presente tão diferente para ambas, mas o afecto e a cumplicidade a serem exactamente iguais.
e o melhor disto tudo, ser partilhado com a maria.

margareth menezes – foto by Lupy

ou seja, de ser recebida por mail!
[saravá, minha amigas. um universo de afectos para as duas, que gosto tanto de vocês! e o aconchego do nosso lar, já vos sente a falta!]

a dama, que faz a fineza de partilhar o apartamento e a vida comigo, está cada dia mais bonita!
(ainda que se diga que a sorte procura-se e tal e coiso, pois, pois, tudo muito certo e concordo em absoluto, mas)
eu sou uma mulher com muita sorte!!!

nunca imaginei que poderia divertir-me tanto num hospital.
a Maria foi fazer uma endoscopia (com sedação) e eu fui acompanhá-la. depois de algum tempo à espera (deu para iniciar a instalação do messenger no portátil, jogar umas cartas, despejar metade de um iogurte líquido para cima das calças e para o chão), lá chamaram a minha cachopa.
quando voltou, vinha linda. com uma moca tal, que parecia que tinha estado a fumar uma. dizia as mesmas coisas bué de vezes, esquecia-se logo a seguir. olhem, foi um tratado! eu ri-me taanto naquela sala de espera, que toda a gente devia pensar que eu é que tinha fumado uma!
tudo à conta de um metaqualquercoisa! Grande, ajuda-me aí!

(ah, e o pessoal do serviço gastro do hospital dos capuchos é todo bem simpático e competente! se precisais, ide lá!)

 

anda depressa para casa que morro de saudades tuas!!
que coisa! achas que são horas para se andar na rua? com este frio?

miúda, quando vamos à banda outra vez??

a minha maria ao telefone com o mano:

– blá, blá, blá, mas quais complicações, ainda?

é lindo!

o pai

a mãe

a filha

… ainda a vejo no estádio a gritar impropérios ao árbitro, de copo de imperial na mão!

toca o telefone e era a maria. a minha maria. aquela que me encanta todos os dias. que me compra ampolas de ginseng horrorosas e tal, mas que acredito que seja para me fazer bem e não para me envenenar lentamente. ainda não tinha acabado de dizer estou, já do outro lado ouvia “olé, olé, porto, olé”. mau! armei-me da minha melhor boa vontade, apelei ao meu mais imenso amor e disse-lhe “olha que curioso, acabei de saber que o calhou o porto ao sporting na taça de portugal”. e ela, com uma riso enorme de satisfação responde “e porque é que achas que eu te estou a ligar cantando isto?”
esta mulher não pára de me surpreender. pronto, nem sempre pelos motivos melhores e mais nobres. mas será por isso certamente, por não parar de me surpreender, que eu passados quatro anos e tal estou cada vez mais apaixonada. ou isso ou masoquismo puro, sei lá!

refrescante

miúda, ainda falta muito para as seis??
morro de saudades tuas!

quem tem, quem tem
amor a seu jeito
colha a rosa branca
ponha a rosa ao peito
(rosa branca – mariza)

quando aumentei o volume do rádio do carro, apanhei esta música (aos poucos perco o preconceito em relação à mariza). e cantei o refrão em voz alta, a plenos pulmões, tão plenos quanto se consegue logo de manhã, claro!
porque eu tenho um amor a meu jeito, a meu jeito mesmo! tenho na maria a mais perfeita interlocutora do meu afecto. e quanto mais conheço e mais vejo, maior segurança sinto na relação que temos. [há coisas pelas quais já passei, que nem em sonhos, eu voltaria a viver. quando fiz 40 anos decidi que a minha vida tinha de me fazer sentido. que já chegava de viver à experiência e à procura nos outros aquilo que tinha de sair de mim. crescer dói. dói bastante. mas é tão mais compensador depois.]

quem tem, quem tem
amor a seu jeito
colha a rosa branca
ponha a rosa ao peito

.
lá em casa no máximo de dois em dias temos este número.
[e a inveja que sinto por não ter umas unhas envernizáveis!!!]
ah… na foto está só uma pequena amostra…

a minha querida Maria faz 40 anos!!
muitos parabéns!
(para comemorar, “levei-a” ao centro de saúde para renovar a minha baixa)

eu estou em convalescença, debilitadinha e tal, ‘tadinha de mim, e a mulher que eu adoro acorda logo de manhã, com a hooligan que há em si a cantar e a dar aos pés: olé, olé olé porto olé!

(fui triplamete enganada! primeiro não gostava de futebol. descansei. não gosta de futebol, não tem clube. um pouco mais tarde, que não, não gostava de futebol nem percebia nada, mas era do benfica. três anos e tal depois, não gosta de futebol, não percebe nada, continua a ser um bocadinho do benfica, mas do que ela é mesmo é do porto!! é dose, só vos digo!)

acabei de ouvir isto* na rádio, e fiquei a morrer de saudades tuas. ainda falta muito?

(* aqui era suposto estar o link para a música dos ramones, mas aqui o wordpressinho está com manias)

não sei se é por magia, se por encantamento, será certamente por encanto. encontro-me rodeada de uma atmosfera fresca e florida. em vez de apreensões sinto leveza. entram-me casa adentro, todos os dias, sentimentos fortes e positivos. só fica comigo o suficiente para ser feliz – o restante, distribuo-o pelo ar e pelos meus.
caramba, sou tão feliz!!!

os amigos amei
despido de ternura
fatigada;
uns íam, outros vinham,
a nenhum perguntava
porque partia,
porque ficava;
era pouco o que tinha,
pouco o que dava,
mas também só queria
partilhar
a sede de alegria –
por mais amarga.

eugénio de andrade in coração do dia

tenho umas amigas excelentes, é o que é! 
que me estragam com mimos e a quem procuro restribuir de igual modo.

no bairro só falam dela
na esquina só falam dela
no beco só falam dela
e eu só vivo por ela!
*

* letra de uma kizombada valente!
é kuia, mesmo!

morena, ainda falta muito?

enquanto alguns rezam “avé maria cheia de graça”, eu rezo “avé maria cheia de charme”.

se eu não tivesse a mania de complicar, bastar-me-ía acordar todos os dias contigo, para saber que deus existe.

mal me lembrei, peguei logo no telefone e liguei-te (ao invés de tempos mais conturbados em que remoía o pensamento até agir). é tão bom sentir-te tu de novo. gosto daquela fracção de segundos em que não respondes, para depois dizeres “como é que está a menina?”. imagino-te feliz, no meio do estaleiro [ao fundo ouvia-se o barulho de ferramentas a trabalharem], a contar o que tinhas almoçado.
é bom este apaziguamento, que pensei não voltar a sentir – sou tão complicadinha, que nem tu imaginas!

noutro dia, em conversa com uma amiga [daquelas que nos são trazidas directamente para o coração, embrulhadas em seda muito fina e brilhante] falava-lhe do gosto que tenho em abraçar as pessoas.
e, nessa conversa, apercebi-me que ultimamente (sendo que isto tem a validade temporal que tem, pois não consigo precisar quanta), quando encontro as minhas amigas não consigo só cumprimentá-las com beijos. dou-lhes beijos e um abraço. quando chego e quando parto.
acho que é uma forma de as acolher. de as trazer para mim, como uma comunhão.
e de lhes dizer que é ali, no meu peito, que elas estão guardadas.

[foi assim que cumprimentei a maria pela primeira vez – com um beijo e um abraço de reconhecimento]

e dar-te um abraço prolongado, em que nele inclua:
– os primeiros tempos em que te massacrei a cabeça, incluindo o dia em que depois de teres batido com o carro da tua mãe, ainda levaste uma rabecada minha (era a fome, minha querida, era a fome!)
– aqueles em que, por vingança só pode, tu me chateaste com exigências (eras tão chatinha, meu deus!)
– as discussões imensas sobre futebol, fé, terapia e coisas que tais
– o colo que recebi naquela fase marada da minha vida (lembras-te daquele dia em que me levaste a casa e me deste uma coisa para acalmar?)
– todas as zangas que já provoquei em ti, fruto da minha estúpida frontalidade
– e especialmente todo o respeito e amor que te tenho, e que é fruto de todas as múltiplas vivências que partilhámos.

parabéns, filha Piteca!

ontem recebi um telefonema a dizerem-me “olha, acabei de ouvir o teu nome na televisão, num jogo que está a dar na rtp2”.
a minha mãe, que só conhece um botão para os canais (para desespero do meu pai), passou por lá também, e telefonou-me logo de seguida.
ao final da tarde, fui beber café (mentira, eu bebi uma meia de leite e um pão com manteiga) com alguém de quem gosto muito. perto.

e fica-me um formigueiro no peito, aqui algures perto coração…

é a primeira vez que estou contigo neste dia do ano.
[há quatro ainda nem sonhava conhecer-te, embora andasse a preparar-me sem ter sequer consciência.]
pela primeira vez, vi-te despenteada e de pijama no dia 29 de fevereiro. ver-te despenteada e de pijama é coisa que não está ao alcance de muita gente. ainda de pijama, vá lá, agora despenteada? com ramela nos olhos? agora junta isso ao dia 29 de fevereiro! é fantástico, não é? olha a sorte com que sou bafejada!

por aqui, vai ser um festarol completo. festa de aniversário da prima amanhã, festa da cunhada no domingo.
eu, que tenho uma família que se conta com os dedos das duas mãos, pouco mais, vá lá, fui casar com uma mulher que tem uma família enoooooooorme!
para aperitivo, hoje vamos com as amigas jantar a setúbal! ah pois é!

ficai bem!

– passou na sic, ontem e na segunda, um trabalho sobre os bastidores dos jogos do euro 2004. muito engraçado, porque mostrou aquilo que habitualmente está vedado ao espectador – o balneário e as palestras. e realmente, a grande diferença entre o profissional e o amador está na qualidade de condições que uns têm e outros não. na hora da verdade, é tudo igual. os nervos, os risos, as bocas, as palestras. e a grande ansiedade com que se percorre aqueles milhares de quilómetros, que separam o balneário do terreno de jogo. até consigo sentir, mesmo agora, um formigueiro na barriga.

faz hoje um ano, tive dos dias mais angustiantes da minha vida. se calhar, o mais angustiante mesmo. envelheci horrores toda a tarde, para rejuvenescer o dobro, quando finalmente te revi ao finzinho da noite.

miúda, voltas a pregar-me um susto daqueles e apanhas uma palmada!

passou um carro por mim na A5, cuja condutora me mandou beijos.
e eu continuei a viagem com um sorriso parvo pregado na cara, daqueles que não se desfazem – lá lá lá!
(logo à noite, como resposta – sim, que eu não sou de me ficar! – prego-lhe um grande beijo em plena auto-estrada!)

há pouco, em conversa com a maria, tive uma tirada assim a modos que coiso… e, logo de seguida disse “eh pá, eu acho que com a idade estou a ficar bué de preconceituosa!”.
resposta imediata “tu queres é arranjar desculpa para ires fazer terapia…”.
ai, se fosse aqui, era já a seguir! só de me imaginar naquelas almofadas… era um festival de bater sornas! se com a rute, naquele sofá manhoso, às vezes já era um castigo… imagino ali!

[oh, que saudades de falar da minha rute! será que ela está boazinha?]

porque hoje vai haver muita alegria, para os lados do oxalá!

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todas as fotografias aqui reproduzidas são da autoria de ©Anabela Brito Mendes, excepto se forem identificadas.

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não sei como se faz e nem quero saber!

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