obrigada por me teres dado força para não desistir. obrigada por todas as pedras que encontrei no meu caminho, nestes últimos dois anos. fizeram-me parar, obrigaram-me a reflectir e a decidir que uma parte do meu caminho teria que ser indubitavelmente trilhada sozinha. sofri como ainda não tinha sofrido e, naturalmente, não tinha crescido. reaprendi a tomar conta das minhas coisas, melhor do que antes. e, finalmente, virei-me para dentro, reclamando agora a atenção e o cuidado que sempre pus nos outros. deixei projectos que tinha e assumi outros. corri alguns riscos, mas senti que haveria de ser recompensada.
e fui. como uma legitimação da minha escolha.
e, pela primeira vez na minha vida, senti que precisava de agradecer de forma mais reverente. que deveria entregar a felicidade que estava a sentir, mais pela legitimação do que propriamente pelo significado da recompensa. e fui.
entrei, ajoelhei-me e tentei de forma arcaica comunicar. em silêncio, de cabeça baixa, olhos fechados. ao fundo ouvia-se as palavras da missa. e agradeci. como pude e consegui. e comecei a ouvir o blowing in the wind a sair do orgão. senti que tinha sido entregue a minha mensagem.
2 comentários
Comments feed for this article
Sexta-feira, 14 Dezembro, 2012 às 20:42
tm
comoveste-me, moça.
Sábado, 15 Dezembro, 2012 às 14:30
C.
Tinhamos falado de fé. É isto, portanto.
No agradecimento. No baixar a cabeça e, principalmente, de cabeça levantada, sentirmos a gratidão e – não menos importante – que a mensagem chegou.