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… marijuana.
[já fui bem feliz ao som do Manu Chao]
Diam’s DJ
o ano de 2003 foi o ano em que eu fiz 40 anos. e foi o ano em que conheci esta música, numa espectacular viagem pela europa, de carro.
agora me lembro, que também foi o ano em que regressei a angola, passados 28 anos.
e a cereja no topo do bolo… criei o meu blog.
caraças, isto é que é associar ideias!
* ou eu e a minha Sónia a deambularmos quando o sistema está em baixo.
Homem fofoqueiro – Rei Hélder
“nunca te vi-lhe com uma dama, dizes sempre que ela está na tuga”
[por mais que chova, por mais que faça sol, por muito que esperneiem, por muito que não entendam, por muito tudo e tudo e tudo… eu sou da banda, sim, e o que eu quero é voltar aí!]
The path is clear
Though no eyes can see
The course laid down long before.
[lembrar: ouvir de olhos fechados para o prazer ser mais intenso.]
se virem alguém desvairado a vaguear, provavelmente serei eu. fugi!
(chris rea – it’s all gone)
isto está lindo. começo por colocar iutubes. a seguir virão os poemazinhos lamechas. e imagens de animaizinhos fofinhos, tão queridos que eles são. e de seguida dêem-me um tiro na cabeça, se eu por acaso me esquecer de o fazer!
ai, estou tão malinho… dói-me a cabeça, o corpo, só me apetece dormir.
Existirmos: a que será que se destina?
Pois quando tu me deste a rosa pequenina
Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina
Do menino infeliz não se nos ilumina
Tampouco turva-se a lágrima nordestina
Apenas a matéria vida era tão fina
E éramos olharmo-nos intacta retina
A cajuína cristalina em Teresina
(Caetano Veloso)
do you want to know a secret – the beatles
[Jovem Su, por onde andas tu, minha menina, que te sinto a falta?]
(la madrague – brigitte bardot)
a banda sonora que me acompanhou na marginal.
linda e a deixar-me uma sensação de leveza, que é tudo o que eu preciso.
de levitar. de voar.
(o vídeo foi-se…)
zouk la se cel médicament nou ni – Kassav
de resto, nós por cá todos bem!
Ismael Lo – Tajabone
do filme Tudo sobre a minha mãe
há tanto tempo que não ouvia isto. nem sei se algum dia ouvi, que não fosse a ver o filme.
não sei bem dizer a razão, mas esta é uma música que mexe comigo. e disso só me dei conta ontem quando, inesperadamente, a ouvi em cd.
não faço ideia do que diz o cavalheiro e, na verdade, nem estou muito preocupada.
mas acho-a misteriosa, inquietante, mas de uma inquietação tranquila, se é que isso pode existir.
e que dá um prazer imenso.
esta versão é muita boa!
your own personal Jesus.
[you’re my own personal God]
que nada me apetece, nem sei o que fazer da vida, caraças!
ontem deixei as luzes acesas do jipe durante três horas, enquanto tinha uma conversa muito agradável com alguém de quem gosto imenso.
não sei se foi da ciumite do bom tempo passado, se quê, mas a bateria não gostou muito da brincadeira e resolveu fazer greve. alternativa: telefonar para assistência em viagem, que não, não preciso do carro rebocado, só preciso que venham cá com uns cabos para ligar à bateria para pôr o carro a trabalhar. então a senhora mantenha-se perto do carro da viatura que eu vou já telefonar para a empresa de reboques. entre 30 a 45 minutos eles estarão aí. pois, desde o telefonema até eu estar já a fazer pisca para sair do estacionamento, passaram 20 minutos. 20! espectáculo! e ainda por cima o rapaz era todo simpático, bem disposto, e ainda disse que tinha tido muito prazer em me conhecer. claro, ele deve dizer isso a toda a gente, mas uma gaja quando anda com a moral em baixo, tudo lhe cai bem!
hoje não liguei nenhuma ao despertador e acordei às 9,45! meu deus! estava mesmo toda podre.
estão a ver aqueles vestidos de alças, que em vez de decote redondo, o têm rectangular? pois…gosto bué!
não se deve escolher, para banda sonora de um desgosto amoroso, qualquer coisa que esteja na moda ou que seja um êxito intemporal. assim evita-se a recordação triste em momentos que mais tarde serão de tranquilidade.
por mim, escolheria ‘Selling England by the pound’ dos Genesis, de 1973.
há fases em que levamos vida de garimpeiros. peneiramos de sol a sol à espera que nos apareça a pepita dourada. e pode muito bem acontecer que um dia ela passe no meio do cascalho todo e nem lhe demos a atenção devida.
um espumante com morangos e pêssego – à falta de logística para fazer uma sangria de espumante em condições. eu estou tapada com a colcha da cama. sinto um frio desgraçado. a conversa está com um nível de underground.
um frio de rachar em San Francisco! ontem quando chegámos já tínhamos percebido que a temperatura aqui ía baixar, mas não era preciso exagerar.
ontem passeei pela zona da Marina, atravessei a Golden Gate, comi alarvemente na zona de Fisherman’s Wharf e para desmoer a coisa fomos a pé até ao hotel. isto é muito giro mas não é para andar a pé! quando as ruas se lembram de subir, sobem mesmo! mas mesmo mesmo!
hoje andei pela Union Square, a zona de lojas da baixa. depois, um pulo ao Castro. almocei no Harvey’s. fiquei a abarrotar outra vez. o que equivaleu a andar imenso a pé! estou podre.
a nossa ponte sobre o Tejo é mais bonita que a Golden Gate!
here i am!
a aproveitar o sol nas escadas que é onde o wireless funciona melhor.
tenho a certeza de que quando regressar ao trabalho não acordo com esta ligeireza às oito da manhã!
daqui a pouco parto para San Francisco. com vontade de levar some flowers in my hair.
quanto ao crescimento, devo informar-vos que já tenho quase um metro e oitenta. a coisa boa de se visitar este país, é que uma pessoa se sente sempre elegante. é quase tudo gordo, feio e mal vestido. ainda não vi uma mulher que me fizesse olhar duas vezes, que tristeza! bem… ontem vi uma lifeguard dentro de uma brutal pick-up que… ainda não disse, mas desde Las Vegas até LA consegui andar uns bons km na Route 66!
saindo de LA em direcção a norte, junto a San Luis Obispo, em Morro Bay, encontra-se a estrada nº 1, que vai passar em Carmel Valley e em Carmel-by-the-sea.
Morro Bay é uma vila piscatória, muito bonita, com uma baía e um promontório à frente que faz de separação com o Oceano. esse promontório é chamado de Morro.
a vila tem imensa vida selvagem. na baía nadam alegremente lontras, leões marinhos. há imensas gaivotas que ficam junto a nós sem fugirem. pelicanos que não se aproximam assim tanto. e nas rochas dos pontões há bué esquilos. fica-se um bocado parada e eles começam a sair das rochas. um festival de bicharada, portanto.
começando a subir, numa zona da qual não me recordo o nome agora, mas pouco mais à frente, há uma praia que tem uma enorme comunidade de leões marinhos. entre abril e agosto, salvo erro, ocorre a época da mudança de pele. então, era vê-los esparramados na praia a apanharem sol e a atirarem com a areia ou algas para cima do corpo, por causa do calor. alguns já tinham mudado a pele e eram completamente claros, parecendo albinos. estive a meia dúzia de metros deles a tirar fotos. e ver um animal daqueles, um macho que pesa em média 2.500 kgs, a sair da água para se estender na praia é lindo. fica-se cansada só de fazer força mental para ajudar.
a estrada nº 1 que vai até San Francisco, para onde irei amanhã e até ao meu regresso que vai ser mais cedo do que inicialmente previsto, é feita maioritariamente junto ao mar. com paisagens deslumbrantes, porque mar do lado esquerdo e olha-se para a direita e há montanhas muito perto.
para terminar, até para mim que vim de áfrica e estou familiarizada com grandes dimensões… esqueçam lá isso. isto é brutal!
(entretanto, nesta semana que já passou, cresci e consolidei mais coisas que em muito anos da minha vida! e não, não tem que ver com o país. é o sofrimento que nos dá uma estaleca fdp! aprende-se a relativizar tudo, que maravilha! )
não é trocadilho. estou mesmo em Santa Cruz da Califórnia. mais calor, novamente, mas a água é fria! boa para arrefecer a pinha, que tem trabalhado muito nos últimos dias.
continuo a acordar cedíssimo. tenho menos 8 horas que em PT e em tão poucos dias isso não se esbate.
Las Vegas já passou. temperaturas de 40 graus só podem mesmo ser combatidas com casinos, porta sim porta não, para entrarmos e refrescarmo-nos. e beber qualquer coisa fresca on the house. ontem estive no Grand Canion West. arrebatador! fomos ao final do dia e quando partimos era altura de o sol se pôr do lado oposto, transformando aquilo tudo numa mescla de vermelhos, laranjas e castanhos lindissima.
tenho um bilhete em forma de pulseira que diz: Grand Canion Skywalk i did it! para quem tinha medo de atravessar as passadeiras de vidro do Colombo… digamos que foi… um encontro face to face com aquela que vive em mim e precisa de crescer. fiz o percurso umas dez vezes, sentei-me, deitei-me de barriga para baixo a olhar para o fundo. se de repente fiz aquilo com uma perna às costas? não! a todo o momento sentia as pernas a vacilar. mas acho que o crescimento é assim: não deixamos de viver as coisas só porque as tememos! eu avisei: aos 50 vou estar em ponto de rebuçado.
… já fui ao Grande Canion West.
saudades de casa.
(chamem-me nomes se quiserem, mas a verdade é que cada um sabe de si)
calor do caracas!
estou toda podre.
e com fome.
começam dentro de pouco as 24 horas mais longas da minha vida.
irei fazer pela primeira vez uma série de coisas: viajar sozinha de avião, fazer férias com amigas a milhares de km de casa e visitar sítios que só conheço de imagem.
este dia poderá vir a ser muito importante para mim, porque não terei muito por onde fugir dos pensamentos. servirá para fazer balanços? quem sabe!?
ficai por cá muitíssimo bem. eu vou para lá tentar o mesmo. manias… 🙂
esta coisa de se ter muito mundo nem sempre é uma coisa boa.
muitas vezes damos mais importância ao entendimento do facto, do que propriamente ao efeito que ele tem em nós.
os anos passam e a minha capacidade de me pôr a jeito não diminui nem um bocadinho!
… e eu a ficar cada vez mais angustiada.
agoniada.
sei lá…
… é que olho para o lado e consolo a vista!
(ficar com vontade de se fazer coisas, de se dizer coisas, para além de não ser muito saudável, fisica e psicologicamente falando, é uma bela maneira de nunca se descobrir a dimensão do nosso erro. não acrescenta nada de positivo para fora, nem de fora, e só se aumenta a nossa angústia. é ser julgador em causa própria e no pior sentido do termo. é acrescentar dor, ao nosso sentir, que é estéril. é ficar de braços cruzados cheios de culpa, que é uma belíssima maneira de termos aquela dose de self pity que sabe tão bem. ninguém nos entende, embora nada tenhamos feito para descobrir a veracidade dessa nossa convicção. enfim, uma boa forma de não seguirmos em frente!)
o que fazer quando a vida nos traz, de repente, coisas das quais não estávamos à espera?
[prefiro dizer traz do que tira, porque para além de ser uma perspectiva mais construtiva, dando-nos assim um sopro de alento, é muito mais realista. tudo o que nos acontece é algo que nos é dado, não retirado. a dor que isso possa causar faz com que muitas vezes pensemos em perdas, 'quem quer falar de ganhos quando o coração estremece de tristeza e desalento?', mas a verdade é que são acréscimos.]
quando nos vira o sentido para outro lado que não aquele em que caminhávamos e estávamos seguras de que era por aí que estava correcto?
quando nos obriga a repensar o dia a dia, as rotinas, os caminhos, as decisões?
bem… não há assim muito por onde escolher. é seguir o caminho novo que nos aparece. aceitar e entregarmo-nos a ele.
na bagagem levamos a dor, o desalento, as marcas das olheiras, o ranho misturado com lágrimas, o hálito a tabaco fumado sofregamente, tudo o que faz parte desse estado e que temos direito a sentir, ainda que possam dizer que tudo vai passar e correr bem. há um tempo para berrarmos de choro, para nos sentirmos uma porcaria e mais, para não querermos que ninguém nos diga que tudo vai passar. esse tempo não é medido pelo calendário. dura o tempo que durar, que não há receitas para o luto.
mas, ainda que com toda essa bagagem que nos pesa horrores, é importante que sigamos o caminho. as costas podem estar, aqui e ali, um pouco vergadas, mas a cabeça tem de estar sempre no alto. para ver bem longe, distinguir objectivos, olhar no espelho e admirar.
sim, admirar.
admirarmo-nos.
é quase uma verdade de La Palisse, mas é mesmo a única verdade que temos: nós somos, com certeza, a única pessoa que sabemos que estará connosco até ao fim da vida.
por isso, quem não se admira profundamente, é favor de ir trabalhar isso.
porque, doutra forma, não anda cá a fazer nada.
e agora vou ali comprar umas coisinhas que me faltam para a minha viagem.
de sonho, para muitos.
[não era o que eu queria, mas é o que a vida me deu: um sobressalto fodido e uma viagem de sonho. poderei queixar-me? não.]
quando ouço as pessoas armarem-se em superiores dizendo arrogantemente ‘eu cá não tenho facebook, nem blogs nem nada dessa treta’ só me apetece vomitar-lhes em cima!
depois, poupo o vómito e returco com maior arrogância que tenho os dois e gosto muito!
i close my eyes, oh God i think i’m falling…
… será uma sorte!
P 17-08 08,10 LIS
C 17-08 11,40 CDG
P 17-08 13,40 CDG
C 17-08 15,20 BOS
P 17-08 18,00 BOS
C 17-08 20,33 DEN
P 17-08 21,28 DEN
C 17-08 22,25 LAS
sinto-me tão cansada… mas tão cansada…
quando vejo em blogs, ou até mesmo no facebook, citações de textos muito elaborados acerca da natureza humana, das relações, dos sentimentos, fico sempre a pensar se as pessoas citam porque lhes faz sentido e operacionalizam, ou se só pensam que aquilo deve ser o que os outros lhes devem retribuir, achando que consigo está sempre tudo bem.
fico sempre na dúvida… é que depois as pessoas começam a divagar com as suas próprias palavras e a coisa não joga.
… de que, ao contrário do que sempre pensei, aos 50 é que eu estarei uma grande mulher!
os vícios são a nossa muleta nos tempos de embaraço emocional.
imaginem o mar, num dia com ondas.
estão a ver lá longe, onde as primeiras fazem a sua rebentação, que nem chega a fazer-se notar na berma da praia? lá bem longe?
pois… é ainda para além disso que temos de nos fixar em momentos de crise interior. porque é lá que vai aparecer o barco seguro.
não devemos associar as nossas dores às dores dos outros. e pensar que elas serão tratadas todas da mesma forma – com o mesmo sentir e a mesma reacção.
isso poupar-nos-á algumas desilusões e zangas. é que a capacidade de ultrapassar, e até perdoar, é uma coisa própria de cada indivíduo. não tem regras, medidas ou quaisquer outras convenções – só sentimento.
sempre que me faz sentido, gosto de corresponder às expectativas. e isso nem sempre é uma coisa boa.
porque encerra uma exigência de tal modo elevada, que não me liberta para as dores necessárias. [só as necessárias, que eu não sou masoquista!]
detesto gente que faz barulho a fumar, a beber café, a beber água pela garrafa… todos os requisitos que os (e as) meus colegas de trabalho têm!
detesto que me toquem quando estou de braços ao léu!
foda-se!
para me darem meia dúzia de papéis, têm de encostar os braços nojentos nos meus?
que cagalhão!
é costume dizer-se que quem está de fora vê sempre melhor. isso até pode ser verdade, mas depende muito da capacidade de análise de quem está de fora.
e eu tenho a felicidade de conhecer meia dúzia (sim, meia dúzia é um luxo, acreditem!) de pessoas, que estão de fora, e têm essa capacidade de ver melhor. e analisam bem. e estão correctas.
é mesmo muito bom ter gente assim na nossa vida. que nos fazem o contraponto. que nos convidam à reflexão e à crítica. e que, independentemente da nossa decisão, não nos julgam.
pois… é sexta-feira, está calor, daqui a uma semana viajo para os Estados Unidos e a minha colega do lado está, novamente, com um decote que… que!
as pessoas têm liberdade para fazerem tudo o que desejam, inclusive a de assumir as consequências dos seus actos.
pinta-se as unhas dos pés de Barcelona Red da Channel e pronto!
Chorei
Não procurei esconder
Todos viram, fingiram
Pena de mim não precisava
Ali onde eu chorei
Qualquer um chorava
Dar a volta por cima que eu dei
Quero ver quem dava
Um homem de moral
Não fica no chão
Nem quer que mulher
Lhe venha dar a mão
Reconhece a queda
E não desanima
Levanta, sacode a poeira
E dá a volta por cima
[Volta por cima – Jorge Aragão]
não me importava nada que a Margarida Marinho me arranhasse as costas com unhas de gel… mas, pronto!
hoje tentaram convencer-me que é bom ser arranhada (a intensidade acho que depende dos gostos) nas costas com unhas de gel… fonte fidedigna assegurou-me da veracidade da coisa.
[morrer estúpida é uma coisa muito triste]
uns passam com verde. outros com vermelho. uns devagar. outros apressados.
eu, que não sei bem em que lado me situe em relação à fé divina, dou por mim muitas vezes a pensar naquela expressão "quando Deus fecha uma porta, abre sempre uma janela".
isto querendo dizer que, mesmo nas alturas mais críticas, devemos ter sempre um olhar periférico para o que vai acontecendo à nossa volta, em vez de fixarmos só o que nos angustia.
e este meio do ano de 2010, que tantas coisas novas me tem trazido, trouxe-me também alguém com quem consigo manter sintonia nestes infindáveis dias de trabalho.
muito boas, mesmo, estas coisas que nos acontecem.
[sou uma mulher feliz – ainda que pontualmente bastante triste.]
tinha um passarinho que lhe pediu para voar.
abriu a porta e saiu.
a dúvida: será que o passarinho voou?
a minha colega do lado tem um decote que deve deixar os meus colegas de cabeça à banda.
pronto, a mim também!
mal a lua despontou no céu, ainda era de dia, mergulhou nas águas que brilhavam ao fundo da falésia. um mergulho quase perfeito, em apneia prolongada até sentir o peito a doer. soltou o ar pelas narinas, borbulhando lentamente, ao mesmo tempo que deixava o corpo ficar morto e vir à superfície.
acordou na planície, ao som de um rottweiler que se atirava agressivamente ao pescoço de um lobo. ou seria um leão?
como uma cadela sarnenta, arrastou-se contra as paredes, esfregou-se no chão à procura de sangrar a crosta que lhe tapava as feridas. dizem que só depois de fazer sangue a pele ferida regenera completamente. depois ficou ali a lamber as feridas, uma por uma, enquanto lá no alto a lua fazia sua aparição com a luz mais esplendorosa de sempre.
Busque Amor novas artes, novo engenho
para matar-me, e novas esquivanças;
que não pode tirar-me as esperanças,
que mal me tirará o que não tenho.
Olhai de que esperanças me mantenho
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes, nem mudanças,
andando em bravo mar, perdido o lenho.
Mas, conquanto não pode haver desgosto
onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal que mata e não se vê.
Que dias há que na alma me tem posto
um não sei quê, que nasce não sei onde,
vem não sei como e dói não sei porquê.
Luis de Camões
que demoram imenso tempo a passar.
… que este dia vai ser muito longo!
pode dever-se ao facto de nem todos os dias se fazer 47 anos.
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