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poucas coisas se comparam a um acordar a meio da noite, olhar-se para o lado e sentir-se de tal forma que se ama quem ali está, que só um abraço acalma esse sentir.
[obrigada, nina, pela inspiração]
… no último dia dos meus 46 anos.
seria bom, melhor, seria aconselhável que esta tarde fosse um bocadinho mais produtiva que a manhã.
Morfeu visitou-me esta noite em forma de tiramisú, que eu degustava lentamente, apreciando deliciada cada pedacinho que entrava na minha boca.
sendo que eu não gosto de tiramisú… onde é que ficamos, hem, Morfeu?
que interpretação acha o meu amigo que hei-de fazer disto, hem?
sim, porque eu sei que isto tem um sentido, escusa de estar a assobiar para o lado.
"Pode alguém ser livre
se outro alguém não é
a corda dum outro
serve-me no pé
nos dois punhos, nas mãos
no pescoço, diz-me:
Pode alguém ser quem não é?"
[Sérgio Godinho]
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.
[Luís de Camões]
muitas vezes a única coisa que nos resta é deixar acontecer.
e, depois, no fim, se for caso disso, pegamos nos cacos e tentamos fazer qualquer coisa com eles.
qualquer coisa de novo.
verdade, verdadinha, que quando se fuma muito tem-se menos prisão de ventre.
ontem fui pintar e cortar o cabelo. curiosamente, eu que detesto o tempo que gasto no cabeleireiro, soube-me muito bem tudo. principalmente a parte de lavar o cabelo, deitada numa cadeira que me fazia massagens ao longo das costas. não sei quanto tempo é que a rapariga demorou, mas aquilo pareceu-me uma eternidade. saborosa. acrescente-se que eu adoro tudo o que meta água [já não bastava ser caranguejo, ainda tenho ascendente em peixes. é dose.]
quando chegou a hora de cortar, a conservadora ideia inicial deu lugar a um pedido "quero caracóis, com uma imperial geladinha". ups, não foi assim. foi "quero caracóis e não ter que me preocupar de manhã em fazer o penteado".
quando saí de lá vinha satisfeita com o resultado. mas céptica. como é que a coisa iria correr, comigo a acordar estremunhada, atrasada, a tomar banho a correr, a morrer de calor desejando sair da casa de banho?
pois, tenho a dizer que correu muito bem. o resultado, para além de me agradar, já me valeu uns bons piropos.
[e, piropos, é uma coisa que sabe sempre bem.]
eu já tive oportunidade de disparar uma shotgun… e não disparei. [tão estúpida!]
Deutsche Mannschaft – a minha preferida.
sempre que acontece um Europeu ou um Mundial, nunca tenho uma só equipa preferida. não falo em favoritos, porque isso já há muito se percebeu que pode não dar em nada – a Grécia, em 2004, era tudo menos favorita e foi o que foi (muito à pala do idolatrado Scolari, que conseguiu um feito inigualável de perder, na mesma competição, duas vezes com a mesma equipa, cometendo os mesmos lapsos de análise do adversário).
para além da portuguesa, que está no topo, tenho várias selecções de que gosto: a França, a Itália, a Holanda, a Inglaterra, a Espanha, a Alemanha. também não desgosto da Argentina, um pouco do Brasil. e isto não acontece pelo momento de forma em que elas estão, mas sim por simpatia pessoa, seja pelos países, seja pelos equipamentos, seja por jogadores e ex-jogadores, seja pela língua, etc, etc. o que faz com que raramente fique infeliz com o vitorioso.
neste momento, aliás, desde o primeiro jogo deste Mundial, a minha preferida à vitória é a Alemanha. por todos os motivos mesquinhos que acima referi, mas principalmente porque neste momento são aquilo que melhor representa o que é jogar em equipa e não ter onze jogadores só a jogarem em conjunto. até dou por mim a ficar fascinada com o Schweinsteiger, mesmo depois do que ele ajudou a fazer ao meu pobre Sporting naqueles malfadados jogos com o Bayern.
hoje, espero conseguir ver o jogo todo – ando tão cansada, que receio adormecer mal me sente confortavelmente. tenho gosto que a Alemanha vença. mas se a Espanha estiver melhor, também ficarei contente.
e, embora a minha querida Cristina não acredite, eu não gosto assim tanto de ver futebol.
é impressionante como a qualidade "fascinante" e a característica "desassossegado" se conjugam tão bem…
no melhor pano cai a nódoa.
(o que vale é o supergel)
sou tão desastradinha, senhores!
nunca poderei permitir-me a um grande desgosto de amor, porque tenho alguma dificuldade em ingerir grandes quantidades de álcool.
e um grande desgosto de amor, sem afogar o desespero em álcool, sem o desequilíbrio que ele nos dá, sem a mistura de lágrimas, ranho e baba, não é um grande desgosto de amor, não é nada.
que ninguém se espante se tropeçar numa folha e cair.
se isso acontecer, é porque o corpo já estava em queda há muito e não nos tínhamos dado conta disso.
não era preciso ter visto os jogos da fase de grupos, para perceber que a selecção portuguesa iria cair mais cedo ou mais tarde – dependendo da equipa que encontrasse logo nos oitavos de final. azar que calhou a Espanha. antes assim, porque dessa forma acaba-se de vez com aquele jogo miserável de defender só por defender, sem esperança de que em posse de bola o ataque seja consistente.
nunca achei que tinhamos uma grande equipa. já desde o europeu de 2008 que o digo. mas era um lote de jogadores que, com um treinador de ideias esclarecidos e com alguma argúcia, poderia fazer um bocadinho mais do que fez – e este "fez" vem já da fase de apuramento.
Queiroz (ou será Queirós?) não tem carisma. ouve-se o homem a falar e nada vibra. é um enredado de frases cheias de figuras de estilo que se atrapalham e nunca se percebe exactamente onde é que começa e acaba. eu até gosto de gente que fale um bocadito mais do que o futebolês e, ao contrário de muita gente, não me chega que os jogadores saibam jogar, embora sejam uns broncos a falar. faz-me muita confusão que se trate tão mal a nossa língua. com os treinadores acontece o mesmo. acho que têm obrigação, como qualquer português, de saberem falar correctamente a língua. mas também não é preciso armar ao erudito. o que importa é que a comunicação seja clara, objectiva e entendível ao receptor. ora, ao ouvir o seleccionador nas conferências de imprensa o que se me solta é um imenso bocejo. imagino aquelas palestras para os jogos – ía dizer "de balneário", mas agora as equipas profissionais são muito finas e fazem as palestras nos auditórios. a cabeça do homem deve enredar-se em tamanhas explicações e variáveis que a dada altura já nem ele deve saber como acabar. e depois saem aquelas equipas com jogadores que ninguém entende a sua escolha e as substituições de fazer arrepiar os cabelos ao Telly Savalas!
o que se vê é um conjunto de jogadores perdido no campo, sem confiança para terem a bola no pé, encurralados naquela teia defensiva que demonstra bem o quão inseguro é o treinador. o único que se safou naquele emaranhado foi o Fábio Coentrão, porque é demasiado irreverente. e cagou, sempre que possível, naquela coisa do jogo certinho. e com isso teve tempo para defender bem e atacar sempre que o deixaram – jogos houve em que pareceu que ele era o único que queria ganhar; ou que não teria prestado nenhuma atenção à palestra, para deleite de quem viu os jogos. lamento que com o Cristiano Ronaldo não tivéssemos tido um treinador com ideias bem definidas, com tomates para fazer valer essas mesmas ideias, de forma a potenciar o talento que ele tem, com autoridade. porque um jogador como ele não pode ter liberdade para fazer o que quer – inclusive ser grosseiro e mal educado – porque não tem perfil para aguentar essa pressão fazendo o que é o correcto e, na verdade, a equipa não ganha nada com um jogador assim. porque jogadores assim, talentosos mas imaturos, precisam de uma liderança que se faça sentir. precisam de acreditar. precisam de quem assuma as responsabilidades, que para eles fiquem só as despesas do fazer acontecer. por isso é que, desde o início, achei absurda a ideia dele ser capitão de equipa. para além da ausência de perfil, esse é um fardo que, em vez de motivar, lhe carrega.
mas tudo isto, para mim, se resume a uma coisa: uma equipa depende sempre do seu treinador. um bom treinador pode fazer de uma equipa mediana, uma equipa competitiva, já um treinador mediano, regra geral dá cabo de um bom lote de jogadores. clarinho como água. a liderança é uma coisa lixada, mas é a base de tudo. e um treinador até pode ser bom tacticamente, o que não é o caso de Queiroz (ou será Queirós?), mas se não for um bom líder… mais cedo ou mais tarde, dá bode, como dizem os brasileiros!
felizmente, cada vez gosto menos de ver futebol. que alívio!
não consigo entender a discussão em torno da utilização, ou não, do Cristiano Ronaldo, no jogo de hoje contra o Brasil.
mas por alma de quem é que ele não havia de jogar? ele ou qualquer outro jogador da craveira dele.
mas aquela merda não é um espectáculo pago? não deve ser entendido no sentido de se fazer o melhor para agradar aos milhares que pagam para o ver?
humm…
há dias em que me apanho tão apaixonada…
é muito violento ir à copa buscar um café entre as nove e meia e as dez!
(quantos decibéis debitam as vuvuzelas?)
como se ainda estivesse numa viagem pelos canais, a minha cabeça anda perdida entre emoções e contradições; entre a saudade (eu que detesto este sentir) e a vontade; entre a vontade de ajudar e a incapacidade de me comprometer a sério.
Veneza foi excelente. muito calor. muita água. gelados todos os dias. Harry’s Bar. bellini. Caffè Florian. spritz. massas. pizzas. fontes para refrescar os pés em brasa. Rialto. São Marcos. Murano. Lido. centenas de pontes. pombos kamikaze. asiáticos. orquestras em São Marcos. Ponte dos Suspiros. o labirinto de ruas e canais. andar sem destino e só consultar o mapa quando não se aguenta mais dos pés. sentar nuns degraus de São Marcos e ficar a ver a vida a passar. Basílica. Palácio dos Doges. Campanile. Ponte da Academia. vaporetto. gôndolas.
quando atravessámos a Ponte da Academia reparei que estava cheia de cadeados pendurados. pelos vistos existe um costume de se escrever o nome de duas pessoas no cadeado e depois pendurá-lo lá (embora o tenha visto noutros sítios, ali era onde havia mais).
voltei, portanto. já há semana e meia. mas a cabeça anda vazia.
[falta-me a coragem de assumir que este espaço talvez já não seja o que era, para mim.]
oh my god!! há que séculos!
hoje, às quatro da manhã, imaginei que me estava a sujeitar a um dia muito difícil.
com três horas e meia de sono até que a coisa não está a correr mal.
a cabeça, coitada, está assim a modos que azamboada, não raciocina lá muito rápido, mas de resto está-se bem.
amanhã voamos para a terra onde as ruas são canais.
ainda não fiz a mala. e nem sei muito bem por onde começar, mas pronto…
ficai por cá muito bem!
típico: ouço um colega refilar com a morosidade da DGCI em lhe enviar o mail a confirmar que a sua declaração anual foi aceite, porque demoraram duas semanas a fazê-lo. fala com um ar de enfado moral, o que estiveram eles a fazer este tempo todo (!) para só agora lhe responderem?!
ele, que só faz o que lhe mandam fazer, que não tem espírito organizativo, que não tem iniciativa, que se esquece passadas 24 horas de um assunto que tratou, and so on, and so on…
farta, mas tão fartinha, destes cidadãos cheios de espírito crítico e tão pouco autocrítico!
gente de espírito miserável, que espera sempre que sejam os outros a mudar o mundo.
a cabeça pesa-me o universo. uma pressão tremenda nos ouvidos, como se voasse a acima das nuvens.
nada ao acaso, nesta vida. o corpo diz-me: pára. alivia. foge.
estou farta de pessoas. batia na minha chefe com a maior das tranquilidades. ontem alterquei-me feio com uma amiga de décadas.
toda esta intolerância tem explicação para mim: farta de cobardia e de gente que fica estagnada lá atrás e não muda.
mas elas são mesmo assim e não mudarão só porque me incomodam, isso eu sei.
sou eu que tenho de mudar. distanciar-me dos sentimentos que me provocam.
e procurar sentido nisto que sinto – o que talvez não se revela tarefa fácil.
entretanto, vou fugir. vou de férias. para longe, não muito longe, mas longe.
se, ao menos, os meus ouvidos estalassem…
feliz. feliz. feliz.
estou feliz.
sou feliz.
imensamente feliz.
faz hoje seis anos – SEIS – que encontrei a mulher mais fascinante da minha vida.
e todos os dias tenho o privilégio de constatar isso.
o ruído todo que se espalha pela internet em críticas à vinda do Papa e tudo o que lhe está associado, soa-me muito a evangelização – mas com objectivos contrários à dita.
coisa que eu acho absolutamente insuportável.
para quem critica tanto a Igreja pela intolerância, estão a comportar-se exactamente na mesma. e repetem-se, repetem-se, repetem-se, como se não tivessem vida para além dos factos.
estou cá com uma moleza, que nem sei…
procrastinar foi o pai que me ensinou.
ando aqui a pensar que gostaria de ir assistir à missa do bento xis vê i.
[como diz a minha querida Maria, aquele chão vai ficar abençoado para o Arraial Pride]
nem sei se os carcóis já são comestíveis nesta altura do ano. mas isso pouco me importa. o que é verdadeiramente importante é que vou estar com duas amigas de quem gosto muito. apesar dos apesares.
será o ócio amigo do tédio?
este silêncio tão prolongado será prenúncio de morte do blog?
recuso-me a aceitar que sim, mas alguma coisa se passa para eu ter coisas na cabeça e não as colocar online.
vai na volta já não tenho nada para dizer.
grande festarola vai haver este fim de semana aqui. e a começar já hoje!
bom fim de semana.
viva o 25 de abril.
"In New York,
Concrete jungle where dreams are made of,
There’s nothing you can’t do,
Now you’re in New York,
These streets will make you feel brand new,
The lights will inspire you,
Lets hear it for New York, New York, New York"
a conjugação de duas coisas [já ter ido a NY e ouvir esta música] potencia altamente a conjugação de outras duas [ficar toda arrepiada e desejar lá voltar rapidamente]. portanto, a vida é simples.
de tanto ruído à volta da vinda do Papa, e da tolerância de ponto, eu, que nem nutro simpatia pela religião e pela figura em questão, já me sinto solidária com a coisa.
[cada vez tenho menos simpatia por quem passa a vida à procura de coisas para dizer mal. é ruído a mais, é muito azedume e isso não faz bem a ninguém. responder da mesma forma não é, na maioria da vezes, a melhor solução.]
pedido (a quem de direito):
favor desimpedir a 2ª circular, a cril e a A5 a partir das seis horas.
[a minha Maria foi para casa doente e eu quero voar até ela.]
isso, de beber champagne por um sapato de mulher, parece-me uma coisa bastante nojenta.
isto é que é um grupo interessante:
que bem me fazem os telefonemas da Maria.
descobri agora que não sou católica, mas sou postólica [já fui mais, é verdade, mas as ideias não me surgem].
dia em cheio: dores nas costas / furo logo pela manhã / ida ao dentista / dar um beijo a amiga em perda familiar / fazer mapas do iefp / e para terminar, bem que me apetecia ver o Benfica-Sporting, mas não tenho com quem.
acho que vou jantar ao restaurante lá do prédio…
como diz a minha querida mãezinha,
coitado de quem as ouve, porque quem as diz, desabafa!
que nome se dá aquelas pessoas que,
não são apenas conhecidas, porque já partilhámos coisas que vão para além do simples conhecimento superficial, mas,
não as temos suficientemente dentro do nosso coração e da nossa vida para que possamos chamá-las de amigas?
ex-conhecidas? pré-amigas? mas nem sempre as conhecidas chegam a amigas! às vezes, não passam de… pois é esta definição que me falta para acabar o post e foi por causa dela que o comecei.
será que vamos mesmo ter boda?
ai, fico cá com uma nervoseira, que me aguento!
(agora que já disse que sim, não posso voltar atrás. e não é pela dúvida de ser isso que eu quero, claro que quero, mas só de imaginar toda a gente a olhar para mim à espera do ‘sim’, morro de vergonha!)
tão, mas tão, tão fartinha de aqui estar!
e se eu arranjasse uma tanga qualquer e me pirasse?
isso é que era de mulher precoupada com a sua sanidade mental!
a felicidade pode chegar de formas tão simples, que se estivermos distraídos nem damos por ela.
[a minha Maria acabou de me ligar a perguntar se queria ir buscá-la ao trabalho. e eu fiquei tão feliz, que nem imaginam.]
completamente rendida a Mentiras no Divã, do Yalom.
[não é suposto resistir-se em terapia, defendermo-nos. no entanto, às vezes, é tão difícil abordarem-se certos temas. iniciarem-se certas buscas. o que custa mais é o primeiro passo. a primeira palavra. isto não é um resumo do livro. são divagações minhas, mesmo.]
acho que ainda estou à procura daquela hora roubada na madrugada de domingo…
hoje temos jantar lá em casa. e vou ser eu a cozinhar (escusam de ficar horrorizados, porque eu cozinho bem). não com tanto requinte como a Maria, mas safo-me. doces é que nada. não desbundo minimamente.
portanto, vou comprar uns peitos de frango. limpo-os daquelas peles que mais parecem bocados de fita-cola, corto-os em pedaços nem grandes nem pequenos, ponho sal, jindungo vindo directamente de Benguela e rego-os muito generosamente com limão. ali ficam até serem fritos em azeite e alho . acompanha com esparguete fresco cozido. e, se fizerem muita questão, um pouco de salada.
o mais difícil disto tudo, será eu conseguir preencher o meu estomago suficientemente, de forma a não matar ninguém quando for às compras daqui a pouco. é um perigo, eu no supermercado com fome!
[se não nos encontrarmos antes, bom fim de semana!]
de rastos! a desejar que o smart, para além de mudanças automáticas, tivesse volante automático, também.
[só me apetece correr esta gente toda ao pontapé]
recordar a passagem do ano, a banda, a família, tudo!
"a kassumuna quis me morder, mas eu não deixei"
há fases tramadas na vida de uma pessoa. fases em que não nos sentimos bem, em que nos falta a alegria para encetar novos rumos, em que o corpo nos mostra umas formas que não pedimos. nada disto é original. muita gente já passou por isso, muito mais gente irá passar. mas nem essa idéia torna menos pesada a sensação que se tem, quando se atravessa esses momentos. e há um tempo para eles serem vividos, de forma doentia é certo, mas temos de levar com eles até sentirmos que a pena que temos de nós próprios é ridícula. mas, depois, há que ter um bocadinho de bom senso e perceber que o desconforto que se sente tem de terminar. e procurar ajuda. é uma questão de inteligência, procurar ajuda externa para o que não conseguimos resolver sózinhos.
eu tenho o maior respeito pelo sofrimento de terceiros – sejam eles próximos, conhecidos ou distantes. e também tenho respeito pelo meu. sempre que estive em sofrimento, físico ou psicológico, procurei ajuda. já fiz terapia, já fui operada.
não consigo, por isso, ter muita paciência para quem está no buraco, tem neurónios suficientes para perceber o que se passa e qual a saída para isso, e continua a gostar de ali andar a chafurdar. por muito que goste de alguém, não consigo ter condescendência com isso.
pensarão que só quero ao meu lado quem esteja de bem com a vida? e pensarão correctamente. dúvidas, angústias, tristezas, todos nós temos e sentimos. e a única forma de elas serem minimamente suportáveis, para o próprio e para terceiros, é encararem-se de forma construtiva. é, portanto, a única forma que eu tenho de as suportar em mim e nos outros.
se com isto, puser em causa o que as pessoas pensam sobre a minha amizade… temos pena!
por acaso, até dispensava bem aquele ar agressivo que as mulheres gostam de exibir ao volante dos seus carros. é que serem tão estúpidas, como alguns homens com volante na mão, não as dignifica nada.
o pastel de nata, que me soube maravilhosamente, acabou de dar um solavanco no estômago, perante a visão do líder da juve leo.
já não se pode lanchar em paz!
se eu soubesse como (não me ensinem, porque de qualquer forma sou demasiado preguiçosa para o fazer), criava um grupo no facebook com o título "eu sou uma mulher com curvas e contracurvas".
farta de modelos escanzelados!
falar com gente inteligente e de cabeça esclarecida faz toda a diferença. a coisa até pode não correr bem à primeira, mas certamente que após um período de reflexão, nós chegaremos lá. ao que interessa de facto e não ao acessório, ao ruído, ao entulho.
sim, muitas vezes não evoluímos, porque em vez de vermos a estrada à nossa frente, distraímo-nos com o lixo que está na berma.
[sabes, minha querida, não interessa nada de que lado está a razão. o que interessa, de facto, é a capacidade que nós temos de nos entendermos ao mesmo nível – isso faz toda a diferença.]
foi bonita a festa pá! (dentro do estádio, claro, que cá fora nem há qualificação para o que se passou. eu sei bem o que lhes fazia e nem quero nem ouvir falar de direitos humanos e essas tretas todas. enfiava-os a todos numa ilha, de onde não pudessem sair e que se espatifassem todos uns aos outros.)
o sporting jogou razoavelmente bem. e, apesar dos erros defensivos, criou situações de finalização que justificariam a vitória, se a pontaria tivesse sido melhor.
caneira e polga, yah meus, obrigada por tudo, mas está na hora de se dedicarem a qualquer outra coisa, ’tá?
vukcevic bem que pode ir para a ilha com os hooligans. ou para outro sítio qualquer. cá, é que por favoooor, não!!
liedson fantástico, como sempre. saleiro muito muito interessante. e o pedro mendes é daqueles jogadores que não se vêem, mas que tornam a vida tão mais fácil para todos os outros.
resumindo, foi agradável de se ver. o que, pensando num passado recente do sporting, é muitíssimo bom!
nada de novo no papel, a não ser que hoje vou ver o meu sporting!
espero ter um noite feliz. assim como a desejo ao pessoal do benfas.
a quantidade de coisas que esta gente debita sobre televisão (desporto, séries, filmes, informação), imagino que chegados a casa não devem fazer mais nada senão observar a dita cuja!
já para não falar dos jogos da PS e quejandos.
onde arranjarão eles tanto tempo livre, é o que me intriga.
tenho a secretária com tantos papéis, que não sei para onde me virar!
é um bocado assustador quando, alguém com quem não partilhamos a nossa vida de uma forma muito íntima, se lembra de pormenores que não têm importância nenhuma e que a nós nos escapam. e fazem questão, de forma tão solícita quanto invasiva, de nos lembrarem deles quando em conversa dizemos qualquer coisa do género "não sei se foi quinta ou sexta" e eles confirmam logo "foi quinta!", abanando o rabo de contentes.
get a life, ok?
precisava de ganhar coragem para voltar a fazer terapia. como o que me incomoda, não me incomoda profundamente, vou adiando o regresso. vou adiando o confronto com aquilo que tenho mais profundo e com quem tenho desde sempre: inevitavelmente, os pais. os pais, aqueles que nos vão colando coisas que depois temos imensa dificuldade em descolar. em deitar fora. ou simplesmente aceitar.
martini de aperitivo, vinho tinto ao jantar e licor beirão ao café… não são amiguinhos do meu estômago.
isso e eu andar numa agitação social… faz favor!
e não se faz nada aos pais das criancinhas que praticam o bullying??
execciva
há pouco vi esta palavra num comentário, daqueles de grunhos que acham que podem comentar tudo, o que os outros escrevem, de qualquer forma, porque a liberdade é para isso mesmo. acham eles.
com os meus olhos completamente deformados pelo trabalho, comecei a tentar dar sentido à coisa. por partes:
ex – exemplo
ec – encontro de contas
civa – com iva
nada disto fazia sentido dentro do contexto, que me excuso a reproduzir porque era completamente desprovido de nexo.
mas, afinal, o que o senhor queria dizer com esta invenção da linguagem escrita, quiçá embalado com o acordo ortográfico (já devem ter reparado que não uso, porque não imagino o que alterou, nem quero saber!) era tão somente "excessiva".
somos diametralmente opostos, embora de gerações coincidentes – separam-nos dois anos, coisa que neste idade não tem relevância nenhuma. tem coisas que às vezes só me apetece bater-lhe. mas é muitíssimo divertido, com um humor extremamente inteligente e com uma capacidade de improviso que nos dispõe bem.
é de família bem, do tempo em que bem rimava com educação.
dá beijinho ao irmão, quando se cumprimentam.
e chora.
está aqui ao lado, de olhos vidrados de lágrimas, porque o pai foi internado de urgência e não está nada bem.
eu… nem lhe digo nada. quando se está assim, o que queremos é que nem digam nada, senão a malta desfaz-se em pranto. fiz-lhe uma festinha no cabelo, mas a minha vontade é de abraçá-lo e dar-lhe colo.
e estou aqui toda amarfanhada. invariavelmente, nestes casos, projecto-me. não há como. e penso, penso, penso. fantasio aquilo que é ridículo fantasiar, porque não há forma de saber se viverei esses momentos. e fantasiar a tristeza é, para além de mórbido, um exercício muito doloroso.
a doença. o sofrimento. a perda. a ausência. a morte. coisas tramadas.
e nem adianta pensar em fazer terapia, novamente, para me preparar para tudo isto, ou só uma parte, porque estou farta de ouvir dizer que, por muito que se esteja à espera, nunca se está suficientemente preparada.
ando um pouco (um muito, mas não quero admiti-lo) cansada do template deste blog. isto é uma coisa irónica, porque eu raramente vejo o meu blog. no serviço não consigo aceder aos blogs, em casa os computadores estão avariados (estou a pôr-me a jeito para levar uma boca da minha Maria), e o google reader é uma ferramenta muito fixe.
mas, sinto saudades de ver os blogs com a sua cara. acho, poderei estar enganada, mas o que se escolhe para dar cara ao nosso blog, diz algo de nós.
e eu estou farta do visual do meu. só que o wordpress é um bocadinho quadrado e não deixa fazer alterações em pequenos pormenores da estrutura do template. ou, se deixa, é uma coisa complicada e eu não quero mesmo nada com coisas complicadas. vai daí, que resolvi fazer uma pequena inovação para ver se me desperta o sentido da escrita.
preciso de voltar a ter um espaço onde despejo aquelas coisas pequenas (às vezes, não tão pequenas quanto isso), porque estou a começar a ter muita merda dentro da minha cabeça. e merda, como vós todos sabeis, é para alojar nos intestinos. e, de preferência, despejar todos os dias.
[eu aqui a escrever isto e a minha directora ali a arrumar umas coisas, que nem sei bem o que são porque tenho dois armários de metro e meio de altura à minha frente, parece que está em casa a fazer a lida doméstica.]
há músicas que se tornam verdadeiros hits comerciais, algumas vezes a ponto de já não se suportar mais uma audição, mas que nos transportam para momentos da nossa vida que nem sempre são os mais felizes. acabado de ouvir: Feel do Robbie Williams.
a minha sorte é que nunca tive uma relação muito simpática com a bebida – gosto de beber quase tudo, mas raramente exagero, porque fico mal disposta e eu detesto ficar mal disposta. porque se nos déssemos bem, teria sido o alcóol e não o cigarro o elemento de transgressão.
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