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saio da copa, de café na mão, e ainda a ouvir uma conversa surreal sobre sacudir as migalhas da toalha de mesa janela abaixo, para cima da roupa da vizinha de baixo, que reclama mas sem razão nenhuma, porque as migalhas são pão e não estão sujas e, e, e,e, e, e,e, e, eeeeeeeeeeeeeeee…
e eu volto atrás, ali aquele momento em que hoje na marginal vi as gaivotas alinhadas no muro do clube naval de paço d’arcos e na praia da cruz quebrada, e penso que a vida seria bem mais simples se eu fosse uma gaivota. era manhã, o sol espreitava envergonhado e eu só teria de ficar ali alinhada com as minhas irmãs. a brisa a afagar-me as penas do pescoço e o odor da maresia a entrar-me pelos orifícios respiratórios.
de resto, nós por cá todos bem!
que não ando nada a fim de real life.
… mas não me acreditam!
chego ao trabalho, depois de ter estado dois dias ausente.
sorrio para os meus colegas, quando me perguntam se estou melhor, e digo que sim. o que me provoca um ataque de tosse cavernoso!
estive à beira de ser jogada janela fora – ainda são uns três andares, acho que não ficava muito bem tratada.
já estou como diz a minha Prima, se o que conta é o nosso interior… eu neste momento estou pelas ruas da amargura com as coisas que me saem de dentro!
que passei pelas brasas ainda agora…
enquanto procurava o código do iva de regularizações de outros bens e serviços a 20% – não acham que vos aconteceria o mesmo? lá está…!
como este mês estou um bocado curta de finanças, acho que ainda vou pegar no meu pêndulo e alugar um metro quadrado na Feira Esotérica!
(agora vou ali estudar o preço das consultas)
“o Roberto Carlos tem uma música para todas as situações da nossa vida.” (sic)
à conta disso, são duas e picos da manhã e com a respectiva banda sonora: eu esticada no sofá a lontrar, a Maria trabalha no portátil e as outras duas conversam no terraço. o que toca? emoções.
‘e o importante é que emoções eu vivi…’
[eu gosto mesmo muito das minhas amigas]
… hoje estou esgotada!
só tenho para dizer que estou toda partida. doem-me os músculos da parte superior das costas (vá-se lá saber porquê), o joelho direito, ontem levei uma tareia a jogar à bola, mas diverti-me imenso, fartei-me de correr e ainda tive arte e engenho para dar uma monumental trancada naquela que é uma das minhas melhores amigas, a que durante os últimos três meses mais próximo de mim esteve, mais me cuidou e eu… tungas! cacetada nela que já me estava a irritar tanta finta para a esquerda e para a direita e o raio que a parta! (ouviste, miúda?)
sou má! muita má!
será mesmo verdade aquela expressão “quando a esmola é demais o pobre desconfia”?
é que eu nunca fui pobre…
… deus me valha!
claro que não tenho herpes nenhum! que bronca, que eu sou!
à conta disso, ontem à noite sofri uma série de rejeições, porque ninguém me queria beijar!
(ninguém, também é exagero. mas blogger que é blogger tem de ser exagerada!)
passa-se alguma coisa com o formulário dos comentários, ou agora é moda não se colocar o link do blog?? quando se tem, claro!
… é porque é que tenho uma parte do lábio superior dormente!
You are challenged to figure out what to do today because your natural rhythm is disrupted by something that is completely out of your control. Naturally, your positive attitude can help, but you must settle for less comfort than you normally prefer. Keep in mind that whatever occurs now is a small part of the larger shift that will take months to process.
[o gajo é bom!]
… que me podem dizer, se no post anterior está inserido um vídeo do youtube?
eu ía jurar que fiz tudo certinho, mas aqui na tasca não consigo ver.
agradecida.
… o resto da banda sonora é só canções pimba de dor de corno: 24 rosas, anel de noivado, junto à lareira, oh tempo volta para trás, etc e tal caracol e couves! isto é lindo.
socoooorro!!!
[hei-de vir queimar esta puta desta lenha o inverno todo! e gins tónicos à mistura e alheiras de bragança e tudo e tudo, ouviste ó tu?]
acabo de ver na tv uma reportagem sobre o espectáculo dos U2 logo à noite em Coimbra.
há gente a abancar desde quinta-feira de manhã! eu fico fascinada com estas coisas, juro! nunca na vida houve nada que me motivasse a fazer uma coisa dessas. e, às vezes, tenho tanta pena de não sentir isso. poucas são as coisas que me arrebatam assim – aliás, pensando bem só me lembro de uma.
com 47 anos e continuo sem saber a diferença entre azedo, amargo e ácido!
uma raleira, portanto!
Be careful because you may be vulnerable today and managing your emotions can be tricky, especially with the Moon in moody Cancer. To make matters even more complicated, someone may even believe the story that they are telling you, which makes it harder for you to know if something is awry. But constant suspicion on your part could create its own problems, so just be certain and check your facts before making any long-term commitments.
[nem comento a Lua em Caranguejo temperamental. nem sei o que é isso de Caranguejo temperamental, poramordasanta! quanto ao resto, acho muito bem que as pessoas acreditem nas tretas que dizem, é sinal de coerência. já eu acreditar nelas… tem dias. mas até acredito, por princípio. daí a verdade dos outros ser a minha verdade vai uma distância. para o bem e para o mal. e não se preocupe, Rick Levine, para além de não estar nem aí para short-term commitments, quanto mais para os long-term, se há coisa que não sou, por princípio, é desconfiada. mas quando sou, saiam-me da frente, carago, que estão fodidos com a minha capacidade de análise e re-análise e desmontar tudo até ao mais pequenino parafuso! mas depois canso-me e cago nas coisas – ou nas pessoas.]
hoje foi um dia em cheio!
de quem tem um Mac!
… mas como consegui-lo, se só vejo as novelas da tvi?
eu, que até sou uma mulher da bola, gostava de acreditar que as contas se fazem no fim.
mas quando a equipa joga tão mal, não há grande esperança dessas contas nos serem favoráveis.
… o que leva as pessoas a terem cães grandes dentro de apartamentos pequenos. amor aos animais?
às vezes gostava que a minha vida fosse como uma novela da tvi – sempre verão e com a pele bronzeada.
à minha frente dois namorados discutem a ciumeira dele; à minha direita uma tipa fala com uma amiga ao telefone acerca de um tipo que é amigo, mas que no máximo poder ter um affaire com ele; atrás de mim uma rapariga desabafa com outra que não está para aturar os problemas psicológicos do namorado.
e eu juro que quero estar concentrada nos meus pensamentos. e esta gente não deixa!
não há mesa do lado esquerdo.
tenho os pensamentos em espiral.
You can see right through someone’s emotionally cool demeanor today, because you know all too well what it’s like to protect yourself by hiding behind a wall of detachment. But now the tables are turned. You feel comfortable with your vulnerability, but might not have anyone around who is sensitive enough to hear what you have to say. Therefore, it’s best if you can keep your communication focused on practical concerns and save a tender discussion for the right person on another day.
You feel comfortable with your vulnerability – não sinto nada, mas pronto!
hoje não me sinto nada em forma. que trampa!
… para hoje correr um bocadinho mais no treino do que na semana passada, em que me armei em lontra e não saí da baliza o tempo todo!
[não tem nada que ver, mas agora lembrei-me que hei-de encontrar resposta para a razão de eu achar que tenho que me dar toda por inteiro, nas coisas a que me proponho. dou tudo e depois esgoto. e talvez fosse mais sensato, dar o suficiente para que assim durasse mais. se isto me fizer sentido e eu o resolver, quem sabe não volto a fazer qualquer coisa de útil nos tempos livres.]
a fazer tempo na esplanada do café, quando ouço uma criatura feminina a atender o telefone:
– sim? no problem. no. no problem. sim. não há problema. amanhã falamos. no problem.
eu vivo num bairro com personagens dignas de Fellini! ou seja, estou mesmo bem enquadrada.
actualização: nem de propósito para confirmar esta minha ideia. saio do café onde estou e ponho-me a caminho da estação. ao passar à frente de outro café (aqui no meu bairro há muitos cafés, benzósdeus!) sai uma tipa disparada e vai vomitar ao lado de uma carrinha de caixa alta, quiçá para ficar mais resguardada. tanto pudor, senhores!
não são só os rissóis que são bons. os hamburguers também!
… disfarça muito bem!
You could be licking your wounds today, but the crucial issue is not about anything that occurs in the present moment. Your obsession with a past event can actually block the flow of feelings. Gently bring your thoughts and fantasies back to where you are now. Keep in mind that you don’t want to miss the good stuff that is right in front of you.
Gently bring your thoughts and fantasies back to where you are now, diz ele! tão fofinho…
o golo do liedson! facilitou o benfica e o levezinho é danado! será que isto vai acordar o jogo?
acho que o meu computador tem de ir fazer psicoterapia.
está com problemas com a mother… board.

… a fingir de intelectual [a ler ‘A Sombra do Vento’ de Carlos Ruiz Zafón – livro mais estranho, mas que me agarrou por completo ]
entretanto, agora estou na dúvida se hei-de ir mandar um mergulho na piscina que está ali mesmo à minha frente, de forma a sacudir as moscas que por aqui andam. e a fazer horas para ir ao electricista mostrar o alternador do jipe, que parece que se constipou!
e ainda, a tentar decidir-me pelo momento masoquista do dia – ver o jogo do Sporting mais logo!
23:49 – sem luz e a enviar fotos pelo bluetooth e a escrever posts!
as meninas que, ontem, estiveram a brincar com o meu telemóvel e alteraram o tipo de escrita para manual, agradeço que se apresentem para recolocarem as definições como elas estavam.
[e não, menina Su, não dá direito a beber outra loira]

(às vezes tenho saudades do meu cabelo curto)

… a qualidade das fotos do novo telemóvel.
(domingo à tarde)

… com os tons da minha roupa. nem sei porquê.
esta gente não tem mais que fazer?
sentada na cama a trabalhar e a ver novelas – yah, eu vejo novelas, coisa horrorosa!
ora, ora, eis-me aqui com 46 anos, às 01:27, portátil nos joelhos, copos e pratos sujos à espera de uma máquina que ainda tem louça lavada para arrumar, resquícios de espumante e bolo de chocolate e o coração ainda batendo nos afectos das amigas que cá vieram passar a meia-noite – complot organizado pela dama e, comme d’habitude, eu nem aí, que de tão distraída que sou se torna facílimo fazerem-me surpresas.
46 anos e em cada ano que passa a pele da criança a sair. só deixando a parte que é boa – a da irreverência, do mimo, da espontaneidade, de alguma inocência. mas é a mulher que cresce em mim, que se me toma conta. estranho dizer isto com esta idade, mas cada um tem o percurso que tem, e só se cresce verdadeiramente se a isso se for obrigado, não há nada que saber. e antes mais cedo, que mais tarde, disso sei eu. mas tarde é o que nunca vem, como diz a minha mãe.
tenham um bom dia, que é o que desejo para mim.
finalmente notícias. tudo a correr bem. eu é que ando tão cansada que nem consigo ligar o pc.
obrigada pelas visitas. pelos comentários. espero voltar em breve à minha actividade blogueira – tenho saudades dos tempos em que estava a trabalhar e me apetecia escrever um post e tinha liberdade para o fazer. faz-me falta esse espaço de desabafo. mas nem vale a pena lamentar, que não há remédio.
até!


coisas interessantes que se descobrem nos hospitais, em momentos de espera angustiante.
(a minha Maria deve fazer o pior pós-operatório do mundo! safada!)

pride em Queens - N.Y.C.
no sábado cumpriu-se mais um arraial lgbt. para mim, o melhor de todos. estava com algum receio do espaço, por causa do vento, mas a forma como as tendas foram dispostas criou uma espécie de barreira e esteve-se por lá muito bem. apesar de muita gente, o espaço era suficiente para se poder estar em grupo sem encontrões de quem passava. chegámos perto das 23. encontrámos amigas que nos aguardavam e montámos poiso num dos lados do bar da ILGA. foi muito divertido, especialmente porque a minha Maria levava uma peruca que comprou no Harlem, e entreteve-se a ver quantas pessoas não a reconheciam. ou, quem a reconhecendo, achava que ela tinha ido ao cabeleireiro fazer os caracóis. quando estávamos para bazar, começou a chover. a sério, a sério, apanhámos já no meio da passagem superior de peões. eu cheguei ao carro com a camisa toda molhada – como diz alguém, e bem, aproveitei para estrear uma t-shirt que a Maria me tinha oferecido. muita gira, branquinha, com um arco-íris no meio. ouvi dizer que o meu patrão é da Opus, que não a Gay, a outra mesmo, a do Dei. veremos se me acontece alguma coisa, quando a levar para o trabalho. tipo, se ele me manda colocar o cilício. na verdade, fazer mesoterapia é praticamente a mesma coisa, e agora anda para aí uma data de mulherio a fazer isso para emagrecer. eu já fiz, mas foi para curar uma tendinite num joelho. não é que agora não precisasse de emagrecer…
mas já me estou a desviar… o que eu queria mesmo era dar os parabéns à ILGA pela organização.
e dizer ao pessoal todo, com quem estive, que foi bué mesmo!
[a foto foi tirada pela maria no arraial do pride de Queens – o nosso é mais giro, pelo menos tem gente mais gira.]
coisas sobre as quais queria escrever:
– NYC + fotos
– arraial √
– torneio de futebol feminino
espero conseguir. agora… bem, agora, vou regressar ao trabalho (a minha Maria arranja-me cada coisa… bem, dá para as férias de praia.)
tenho andado um bocado afastada disto. uma série de coisas a concorrer para que o tempo e a disponibilidade escasseiem: muito trabalho, o computador a ter acessos de lentidão, preocupações quanto baste e amigas bastantes que nos levam o tempo livre. ainda não revi, sózinha, as fotos que tirei em nova iorque – o que e sintomático da coisa.
vem aí o fim de semana e já tanta coisa a acontecer: o ménage da casa, o arraial, queria ir ver um jogo de futebol, uma canseira, portanto.
estão aqui duas tipas, e não, não é no meu trabalho, é nos ‘cunhados’ em benfica, a falarem de uma colega. tecem considerações profissionais baseadas nas pessoais, enfim um show! às tantas diz uma ‘ela foi para a maternidade de camisa de cetim, para ter bebé!’.
não, havia de ir para a maternidade ter o quê? um cavalo?
[gostar, preferencialmente, de mulheres, nos tempos que correm, não é uma coisa nada fácil. e não tem nada que ver com o preconceito e dificuldades de aceitação e coisas afins! tem que ver com o mercado, que é fraquíssimo! por isso, só vos digo: se estais bem servida/os, conservai. é um luxo!]
… se passa com a minha nuca! (eu e as almofadas e o osteopata e as dores na cervical, enfim, grande salada)


(cá em casa somos muito excêntricas, mas ainda não nos deu para isto!)
comprei uma almofada anatómica. coisa mais estranha, caneco!
esta noite, a segunda com a dita cuja, andei às voltas com ela.
diz-me a Su, aqui no messenger: não valia mais andares às voltas com uma pessoa?
minha querida, espero que te estejas a referir à Maria – senão, sabes quando é que voltas a comer crepes de chocolate às quatro e meia da manhã?? never! é que ela não perdoa…
há um ano estava assim um lindo dia de sol. acordei muito cedo e bebi um bocadito de chá, com pouco açúcar. tinha passado a noite a levantar-me para ir à casa de banho. a mala já estava feita.
cheguei ao hospital às oito. antes das nove já estava no meu quarto. passado pouco tempo vieram trazer-me o vestido de gala, mais o chapéu e as meias, que apertam pra cacete!
vieram buscar-me pouco depois da nove e meia. a cirurgia era às dez e meia. fiquei numa sala, antes do bloco. um frio de cão, que me impediu de dormir profundamente, mas não o suficiente para não passar pelas brasas. e rir-me com o vizinho do lado, que voltaria a encontrar no recobro, e que não queria que lhe tirassem a aliança do dedo.
depois, foi tudo muito rápido, para mim. às dez e meia estava a ver as horas no relógio do bloco e, de repente, já só sentia um formigueiro na barriga, as pernas insensíveis, vozes ao longe e o mesmo relógio já marcava meio dia e meia. e a médica a dizer-me que tinha corrido tudo bem.
a estadia no recobro foi boa. quentinho e tal, até que me vomitei toda. é muito horrível dar-nos para fazer aquelas figuras à frente de estranhos. uma pessoa sente-se tão fragilizada.
a esta hora já deveria estar a caminho do quarto. onde me esperava a dama e umas amigas. eu sem sentir as pernas e a Grande a fazer-me massagens que me faziam uma impressão do caraças.
o pior estava para vir: a fome, meu deus! tanta fome! e eu em dieta líquida, que não conseguia reter nada no estômago, à conta do tramal!
estava um dia assim lindo, como hoje. e o meu quarto com vista para a vasco da gama. e eu sempre enjoadíssima, credo!
… ainda hei-de perder estes quilos que tenho a mais.
o problema é que eu não sou de perder coisas…
não é querela, nem discussão – é mesmo o meu cérebro e ideias para escrever no blog: zero!















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