ontem fui ao lançamento do livro da Mónica Marques
gosto de lhe ler o blog. gosto daquela loucura colorida que ela põe online. tenho, admito, algum fascínio por gente que foge do limite da chamada normalidade. principalmente, de ler o que essa gente escreve. da maioria dos que leio, nem os conheço, nem quero conhecer. são mundos que não se cruzam – o virtual e o real. aliás, são muito poucas as pessoas que se revelam, pessoalmente, tão fascinantes como o são na escrita. o que se percebe. é a coisa de projectarmos na escrita muito daquilo que gostaríamos de ser e que, por motivos que só a cada um dizem respeito, não conseguimos operacionalizar.
e claro que a juntar a isso, estava o facto de eu a achar muito gira. coisa que confirmei ao vivo e a cores. um sorriso aberto, franco, a mostrar uns dentes completamente isentos de aparelhos dentários, o que é uma benção nos tempos que correm. e ao mesmo com um não sei quê de envergonhado. e, a par disso, muito informal e descontraída, muito simples e acessível. foi um bom momento de final de tarde.
a cereja no topo do bolo está na t-shirt que ela usava. preta a condizer com as calças, com letras amarelas a condizer com os ténis e com a inscrição “i love my wife”. completamente provocador. e eu adoro gente provocadora. mas cada vez há menos gente que o saiba fazer com pinta. coisa que a Mónica fez com nota máxima.
fiquei depois a pensar numa alternativa à inscrição da t-shirt: “i would love my wife – if i had one”.