a mudança interior é uma coisa que só está relacionada connosco e com o desconforto do nosso statu quo. é, portanto, uma coisa pessoalíssima.
querer encontrar motivações externas para a iniciar, é o mesmo que procurar legitimidade para o nosso insucesso – porque é bem verdade que, estando inspirados, arranjar desculpa para o que não conseguimos fazer é uma das maiores artes do ser humano.
para além disso, a mudança não se faz sem dor – às vezes, muita dor. portanto, quando alguém se propõem a mudar, é bom que esteja consciente da empreitada que vai iniciar. e se é isso mesmo que deseja. não é por nada em especial, mas é sempre bom evitar situações que nos provoquem frustração.

7 comentários
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Quinta-feira, 19 Março, 2009 às 21:44
Inês
🙂
Quinta-feira, 19 Março, 2009 às 23:05
Avidni
Essa é que é essa… :s
Sexta-feira, 20 Março, 2009 às 08:30
João
Nem mais. É bem verdade que a mudança dói, por vezes nem sequer estamos preparados para o que aí vem… Mas é necessário para seguir em frente!
Sexta-feira, 20 Março, 2009 às 14:24
aNa
Inês
🙂
Avidni
pois é…
João
e sabe tão melhor, depois!!!
Sábado, 21 Março, 2009 às 19:04
fabulosa
nunca tinha pensado nessa perspectiva de que mudar significa reconhecer algum tipo de insucesso… mas, tem lógica! 🙂
Quarta-feira, 25 Março, 2009 às 16:56
Cátia
A mudança é mesmo uma coisa pessoalissima e sim, está relacionada com a nossa forma de nos vermos, mas mais que isso está relacionada com a forma como (ainda) deixamos que o passado interfira no nosso presente… ou… como deixamos que as marcas dolorosas do passado, interfiram na nossa felicidade do presente.
A mudança deve (ou poderá ser) atingida através de uma consciencialização do que estamos a “ver mal”, é um libertar de sentimentos, é um poder ver com outro olhar que para além do nosso como que estivessemos a ver uma escultura e mudarmos a nossa posição, o nosso angulo de visão…
A mudança carece de esforço e (principalmente) de muita disponibilidade… disponibilidade para parar, para nos analisarmos, para irmo-nos construindo depois de nos desconstruirmos, ou desconstruirmos a forma como achamos que tudo é… Não somos donos da razãoe a forma como nos vemos, vemos os outros ou o mundo, nem sempre é a (mais) correcta… Há que ver isso, aceita-lo, e querer mudar… tudo passa pelo querer, não? Quanto à dor… Quantas vezes não tentamos fugir de nos confrontarmos? Pois é, as mudanças só existem se quisermos ver… e ver, controntar trará dor…
Estou em processo de mudança… No inicio questionava-me /questionavam-me se queria ser outra pessoa… A mudança não estará na minha forma de ser, mas na forma como me vejo, como vejo os outros e o mundo… Serei a mesma pessoa, com o mesmo (mau) feitio, com as mesmas preocupações… os gestos, as atitudes poderão ser diferentes mas não porque mudei, mudou a visão…
Escrevi isto tudo de rompante… nao sei se fará mt sentido, mas… saiu. Desculpa o tamanho do comentario.
bj
Quinta-feira, 26 Março, 2009 às 14:07
aNa
ena, Cátia, andas a estudar… 😉