poucas coisas me dão mais prazer do que o conforto dos afectos. dias quentes passados nos braços de amigos. o amor que anda no ar, e não falo só do amor romântico – falo daquele que é solto em gargalhadas cúmplices de amigas, em brindes que se repetem, em cabeças desprendidas num ombro que nos acolhe, em abraços de saudação e despedida, na certeza da repetição destes momentos logo que alguém o sugira.
este fim de semana que passou foi de uma harmonia que guardarei dentro de mim por muito tempo. que me fará voltar a relações que se arrefeceram, porque tenho de saber resgatar quem me foge.
porque aquela gente também é a minha família. só não partilhamos o sangue, mas temo-nos há tanto tempo, que não podemos perdermo-nos – sob pena de deixarmos para trás uma parte nossa.
[sinto-me crescer a cada ano que passa. sou muito melhor hoje e não quero que isso aconteça sem ser partilhado – não teria, de todo, valor significativo, se ficasse só dentro de mim.]

9 comentários
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Quarta-feira, 11 Março, 2009 às 14:33
pedro
Ouvi as gargalhadas aqui. Eu já me perdi de pessoas pelo caminho e outras que fui arrefecendo. E não queria, não queria, porque gargalhar é muito bom. E partilhar também 🙂
Quarta-feira, 11 Março, 2009 às 14:37
aNa
querido, como és, certamente encontrarás o caminho de as trazer de volta! 🙂
Quarta-feira, 11 Março, 2009 às 14:55
pedro
Pois, eu não sei é se elas são queridas (mas que se sente a falta… sente!)
Quarta-feira, 11 Março, 2009 às 17:37
pp
olha, acalmei-me (isto depois das gargalhadas que ja’ me acompanhavam desde o outro lado da rua).
Quarta-feira, 11 Março, 2009 às 22:16
aNa
pedro
tens de descobrir… 😉
pp
tu és aquela parte da família que está longe 😉
Quarta-feira, 11 Março, 2009 às 23:20
nina
já foi tudo por mail. bem, tudo tudo não. Que fica sempre alguma coisa por dizer 😉 a família de sangue não se escolhe. O que é uma pena. (pelo menos dizem- eu acho que a escolhemos, mas nem sempre corre bem essa escolha)
Quinta-feira, 12 Março, 2009 às 10:54
kianda
Eu por acaso, felizmente, as que não tenho são porque estão longe, ou eu é que tou longe…sim, eu é que tou longe. Mas vou conseguindo mantê-las, aliás só podia mesmo porque elas são o meu equilíbrio. E esses meus amigos e amigas fazem parte da minha familía. Tenho pais postiços, avós, primos, sobrinhos … epá … família grande.
Adorei este post. Beijú aNa.
Quinta-feira, 12 Março, 2009 às 14:41
Lupy
obrigada Ana por esta tua partilha porque ainda que sendo tua, ainda assim, permite manter o meu coração tão cheio e tão quente que inevitávelmente vai derrentendo couraças, soltando amarras e até as lágrimas que se possam soltar têm o sabor que podem ser partilhadas. Têm o sabor do muito carinho que só os muito amigos podem, desta forma, partilhar. E a vida assim é tão mais bonita!…
Sexta-feira, 13 Março, 2009 às 19:23
aNa
nina
bom, bom, é termos a possibilidade de acrescentar família à família.
e isso, só depende de nós! 🙂
kianda
obrigada, querida.
Lupy
é bonita, é bonita e é bonita! 🙂