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eu não sei se é por poupança de espaço, de dinheiro, se por alguma razão peregrina que os meus fracos neurónios não atingem.
falo das casas de banho de empresas ou espaços públicos, em que o espaço para a gente se aliviar é dividido por umas placas de madeira. abertas em baixo e em cima, deverão contrapor certamente que por questões de segurança, sei lá! há justificação para tudo, nos tempos que correm.
mas que é deveras constrangedor, estar numa das divisórias a tentar cumprir uma necessidade fisiológica líquida e ouvir ao lado alguém a fazer o mesmo, é! sem privacidade nenhuma. que coisa mais estúpida que inventaram!
faz algum sentido eu sair e dar de caras com a minha directora, quando antes ouvi, e ela ouviu, o barulho da nossa urina a cair na sanita?
esta merda devia ser proibida!
sábado à noite cheguei a casa por volta das dez e meia. estacionei o carro ao fundo da minha rua.
enquanto apanhava a tralha que tinha de levar, vi que um homem a fazer movimentos de pêndulo estava parado a olhar para mim.
deixei-o continuar o seu percurso, pendulando, e saí do carro. fui pelo meio da rua, enquanto ele caminhava no passeio do meu prédio.
não estava com medo, porque a criatura nem com ela podia, mas não me apetecia nada interagir com ele e muito menos que ele visse em que porta é que eu entrava. acompanhei o seu trajecto de longe e abeirei-me da entrada da rua para ver se ele tinha seguido o seu caminho.
enquanto fazia isto, vejo uma senhora dos seus setenta anos, toda fresca e airosa a subir a rua. pensei que se o tipo se metesse com ela, talvez a incomodasse e abordei-a:
– boa noite. a senhora desculpe, mas eu vou acompanhá-la até à sua porta, porque anda aqui um indivíduo alcoolizado e pode meter-se consigo.
– ai sim? mas onde é que ele está?
– foi para aqui para a sua rua. ele é capaz de já ter ido embora, mas por via das dúvidas…
– ah, muito obrigada. mas sabe onde é que ele mora?
– não. só o vi vir para aqui.
– olhe, ele é careca?
– é sim.
– ah, é porque o meu filho anda outra vez metido no álcool.
– ah… ele já não é novo.
– pois não. tem 47 anos. passa o dia metido no Chico. no Chico não, no Joaquim.
– olhe, pronto, já está à porta de sua casa, muito boa noite.
já nem ouvi a resposta da senhora. à surpresa da resposta dela, deu-me uma vontade enorme de rir.
acho que da próxima, vou atrás da pessoa mas não digo nada!

ouço o meu colega a perguntar ao telefone “mas, vocês vão mesmo ser extintos?” e fico a desejar que a pergunta fosse para mim, para poder responder “não, vamos ser exbrancos.”
oh pá, até eu já começo a ficar preocupada com o meu nível de tolice a esta hora da manhã!
ainda só são dez e quarenta, cruzes. espero que isto acalme.
o que retiro da comunicação de ontem, do PM, é que ele não é adepto da minha equipa.
com aquele apelo à manif de amanhã, à mesma hora do nosso jogo, retirou-me quaisquer dúvidas que eu pudesse ainda ter.
[achavam o quê? que eu vinha discorrer sobre a crise, de facto?]
quando já li por aí nuns blogs de magricelas o gozo e o desprezo pela atitude, digo que é preciso ter uma auto-estima do caralho para ousar fazer uma coisa destas.
neste mundo dominado pela ditadura das magras, das dietas, do standard fashion, do standard em resumo, a minha profunda admiração por esta rapariga!
depois de uma insónia bruta e de ter adormecido ao toque do despertador, houve um momento em que me encontrei em frente ao lava-louças, toda nua, e dei por mim a pensar: já tomei banho?
tinha a cabeça tão atrofiada, que voltei à casa de banho para ver se me recordava do processo. e mesmo assim a única certeza que tive foi do facto da toalha estar húmida e eu ainda ter o cabelo molhado junto ao pescoço.
será que sou sonâmbula e durante a noite (o pouco da noite que dormi) andei a fumar o resto da pedra de haxe que tenho junto à cabeceira?
tudo muito estranho…

há pouco, deitada na cama a recuperar do jet lag da viagem a Londres, e pensando onde teria posto uma coisa que me faz falta, lembrei-me que tudo corria melhor na minha vida doméstica e caseira se metesse tudo em caixas com etiquetas. talvez fosse a única forma de, para além de rever coisas que já nem me lembro que tenho, organizar tudo.
“t-shirts” – “carteiras” – “ténis” – “material fotográfico” – “revistas” – “casacos” – “equipamento de treino” e etc etc etc.
a infelicidade é uma coisa muito lixada!
(enquanto comia uma bola de berlim, sentada nos degraus da entrada de um prédio, observei um tipo completamente alcoolizado, a fazer um bailado tremendo para se manter em pé. nunca ousei enfrascar-me assim.)
só me apetece colocar aqui fotos.
– ir ao cabeleireiro cortar e pintar o cabelo.
mais logo tenho de acabar de resolver um assunto pendente da semana passada. já sem a condescendência e a bonomia anteriores.
para compor o ramalhete, e num momento de pausa para fumar um cigarro, tive de levar com um senhor adiantado na idade, a querer por força que as escadas de emergência tenham a porta a abrir das escadas para dentro dos edifícios. oh senhores…
Cancer, Tuesday, 13 September 2011
Even the most highly-principled people have to compromise at times. Usually, it does them the power of good. If we stick too rigidly to any perspective, opinion or policy, we become rigid and brittle. We lose our spontaneity, our ability to adapt and our need to recognise that we are not in control of the universe or even, indeed, sometimes, of ourselves. You are human. You are not perfect. That, in its own sweet magical way, is perfect! Today you must adapt in the face of changing circumstance. You’ll yet be glad you did.
[the day is coming. oh yeah, yes it is!]
hoje, passados não sei quantos meses, vou voltar a jogar à bola com as minhas amigas.
arrumadinha como sou, quando fui fazer o saco ontem, corri a casa toda (que é tão grande que nem vos passa pela cabeça) à procura ora das meias, ora dos calções, ora da toalha, ora do soutien. uma tristeza!
estou velha e gorda para estas coisas. um bocadinho de tino na cabeça e já me deixava disto…
… se agora, assim de repente, eu começasse a gostar de magras!
o compal de maçã.
(está uma lua magnífica, eu a olhar para ela e a pensar que não vale a pena tanta coisa que fazemos, se nos outros não tem ressonância alguma!)
ainda estou a pensar se gosto ou não dos bancos pintados na avenida da liberdade…
ao invés da criatura do post anterior, temos uma nova directora que respira classe. too skinny, mas muita classe!
há pouco passou aqui, de cabeça ligeiramente inclinada, com os cabelos a caíram sobre os ombros e a taparem a cara… pronto… o que se chama muita pinta, mesmo.
não sou uma pessoa nada difícil de convencer. de momento que os argumentos sejam consistentes e me façam sentido, aceito tudo. não discuto só por discutir, nem tenho dificuldade nenhuma em não ter razão. e tenho a humildade suficiente para a dar aos outros, quando assim é.
agora, para me convencerem não podem argumentar alhos quando estamos a discutir bugalhos. coisa que, infelizmente, muita gente utiliza quando sente que não tem razão, mas de todo quer dar o flanco – como se isso pusesse em causa alguma da sua dignidade, que tristeza!
hoje, houve alguém que pegou num sofisma e quis que eu o entendesse como um dogma.
não tenho nada contra os dogmas. acho interessantíssimos os da religião católica e aceito-os como tal. na verdade, eu não sou católica, logo não me custa nada aceitá-los. eu cá sou de aceitar. mas, infelizmente, o que me foi apresentado não tinha sequer o fascínio do divino, como por exemplo, a santíssima trindade ou a imaculada conceição de maria.
[a sede de poder… de pequeno poder é tão perigosa. para os próprios, claro, que os leva a fazer figuras das quais nunca terão insight para delas se aperceberem.]
o homem do café começa por me tratar por tu. deve ser da t-shirt cor de rosa que trago vestida, que me dá um ar jovial. depois, quando me traz o bife já emenda para o você. agora, quando lhe peço a conta e repito três vezes que não, não quero café, o tipo diz-me ‘desculpe lá, não é da minha conta mas você hoje não está bem’ e eu digo que sim e ele que não e pronto, que hei-de eu fazer neste meu bairro de Fellini? beber café quando não me apetece? vestir uma t-shirt preta? cavar umas rugas na cara?
“porque o amor é soberano e supera todo o engano, sem jamais perder o elo…”
(Tolerância – Ana Carolina)
só se formos completamente desprovidos de auto-estima!
[estou há horas espojada no sofá, dividida entre filme, dormir, ler, comer, conversar com os pais… e pintar as unhas dos pés]

[parece que estava vento…]
… seria muito interessante se fosse devida a férias.
mas, não.
e também não sei que mais diga.
deus.ma.livre!
já basta os que apanhamos à superfície…
as características pelas quais começam a gostar de nós, muitas vezes são as mesmas que levam a que não nos suportem.
o que é uma coisa extremamente frustrante…
a noite passada sonhei que estava a mexer nuns discos do Julio Iglesias. e a pensar que queria ter aquelas músicas no meu iPod. (sou muito gira. tenho iPod e não tenho computador para lá meter as músicas…)
devo ter sido inundada por uma onda de romantismo. que eu gosto, ainda por cima. consigo ser do mais cliché que possa existir!
[hoje, ao chegar à minha rua estava uma ventania desgraçada. no ar bailavam pequenas bolas de esferovite, em remoinho. quais músicas do Julio Iglesias que fugiam de mim.]
quase deitada em cima da secretária. excel aberto. corta de um lado, cola no outro. e uma vontade imensa de bater em quem deixa que esta merda chegue a este ponto, sem tomar uma posição!
estou com fome. vou comer. é melhor.
[apesar dos desabafos… estou muito bem disposta. ando muito bem disposta. tão bem disposta, que ontem passei a sessão toda com a Rute a contar-lhe histórias de quando era taxista. não foi muito produtivo, mas após um ano acho que precisava de uma coisa assim.]
a grande parte das fotografias, colocadas aqui no meu cantinho, têm todas água – ou rio, ou mar, ou chuva, ou repuxos.
… diga-me, sim?
às vezes fumar, para além de ser uma coisa estúpida, é uma coisa estúpida que não sabe nada bem.
tinha uma amiga que dizia que a primeira passa do cigarro lhe sabia a chouriço.
a mim, ultimamente, acontece-me saber-me a charro. o que não é coisa melhor. porque sabe mal e não faz o mesmo efeito.
quando dizem que gostam de andar fora da zona de conforto, é porque gostam de estar desconfortáveis, logo isso também é uma zona de conforto, não?
… do fim de semana. go west!
coisa mais ambígua…!
pareço o pessoal do campo, antigamente, quando depois das colheitas iam ao rebusco – tal a quantidade de movimentos que os bancos fazem e não enviam documentação de suporte.
da foto que está no post aí abaixo. daria um bom cabeçalho…
acabei de fazer uma coisa que andava a adiar há umas semanas – a juntar ao ser mais arrumada, se fosse também menos preguiçosa, aí sim!, seria mesmo perfeita.
[tenho uma coisa muito importante para escrever, mas não tenho tempo. não é bem que seja importante para o mundo, mas é para mim.]
será que existe mesmo alguém em San Antonio, no Texas, que lê o meu blog, ou o sitemeter endoidou, ou fui eu que bebi sangria a mais e nem me dei conta?
(estou com uma lanzeira, que valha-me nossa senhora das espreguiçadeiras!)
(…) it on the floor – é a única coisa que percebo. deve ser porque o que me apetece, mesmo, é atirar-me para o chão e bater uma grande sorna!
[estás linda, estás!]
mas estou com uma dúvida: de vez em quando há o perigo de se confundir conceitos com preconceitos, não há?
comprei cigarros no sábado de manhã e só voltei a comprar hoje.
pas mal!
não entendo porque razão as pessoas se queixam tanto e se fartam da vida que têm.
aprende-se tanto, a viver.
diz-me o meu colega da frente, a propósito da canção da JLo, On the floor:
– se calhar ela quer é uma esfregona!
(muito bem metida, esta bucha! tenho os colegas mais criativos que existem no mercado. e não, não trabalhamos numa agência de publicidade.)
que eu tenho umas coisitas para fazer.
(nada de relevante, pois claro. arrumar a casa, lavar roupa, pintar as unhas, pintar o cabelo, ir à praia se o tempo ajudar e… sabe-se lá mais o quê!)
eu poderia dizer que ainda não vi nenhum jogo do mundial de futebol feminino, porque não tenho eurosport… mas não estava a ser honesta.
[a verdade é que eu não gosto assim tanto de futebol, embora isso possa parecer inverosímil e contraditório. mas não é. eu só gosto mesmo muito quando faço parte, ou seja quando sou intérprete. gosto pouco de ser espectadora. talvez por isso é que não tenho pachorra para ver fotografias das férias dos outros, mas revejo as minhas fotos imensas vezes.]
mas hoje já é quinta-feira!!!
[faz hoje uma semana comi uma massa al pesto em Bolonha, que ainda me faz crescer água na boca!]
pintar as unhas, quando tenho tantos papéis para despachar em cima da secretária.

uma semana, um mês, um ano… uma vida.
[há alturas em que me baralho toda com o meu processo psicoterapêutico. mas pior do que isso é ter as unhas desidratadas. que aborrecimento!]
tenho que ir buscar outra foto para dar luz a isto!
[como já se reparou, isto para estes lados anda… desinspirado?]

… às vezes sinto-me aquém!
vou ali comer uma pasta e já volto!
não sei se o dever.
não sei se o lazer.
não sei se o prazer.
… vou de fim de semana!

o meu BB está desarranjado de novo (deve ser intestinos ou outra merda qualquer), mas tenho uns óculos novos!
aqui no meu bairro de Fellini, as redes móveis revelam-se muito esquivas.
tem os seus inconvenientes, claro. como por exemplo, quando em pleno inverno quero fazer uma chamada à noite, ter de ir para a varanda congelar!
mas… tem o seu guilty pleasure! vamos na rua e encontramos ao virar da esquina alguém a ter um conflito conjugal, parental, whatever, no máximo dos seus decibéis e fúria! esta semana, que ainda vai no segundo dia, já apanhei dois.
acho que vou juntá-los à minha colecção de gente que passeia cães.
[adoro o meu bairro. pena é ter a casa (ainda) tão desarrumada. mas, recordando uma coisa que escrevi há muitos anos, fora eu mais arrumada e seria perfeita!]
Balofas carnes de
balofas tetas
caem aos montões
em duas mamas pretas
chocalhos velhos a
bater na pança
e a puta dança.
Flácidas bimbas sem
expressão nem graça
restos mortais de uma
cusada escassa
a quem do cu só lhe
ficou cagança
e a puta dança.
A ver se caça com
disfarce um chato
coça na cona e vai
rompendo o fato
até que o chato
de morder se cansa
e a puta dança.
Os calos velhos com
sapatos novos
fazem-na andar como
quem pisa ovos
pisando o par de cada
vez que avança
e a puta dança.
Julga-se virgem de
compridas tranças
mas se um cabrito
de cornadas mansas
abre a carteira e
generoso acode
a PUTA FODE.
(António Botto)
primeiro dia de verão e eu com tanta roupa para lavar!
…

… do meu blackberry!
(postzinho mais fútil não poderia haver!)
discorrer com os meus colegas a performance sexual de duas figuras públicas, uma jornalista e um político. e não, não é o óbvio casal de que tantas vezes se falou. é um careca que tem o tique de abanar as pernas quando está sentado.
… o melhor que conseguimos fazer é insuficiente.
se tenho um problema de pele ou se adoro coçar-me.







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