quando se perde o hábito de escrever, recomeçar consegue ser uma coisa bastante difícil.
sempre me apareceram as ideias nos sítios mais incomuns e inesperados – ou talvez não assim tão inesperados.
o banho sempre foi uma fonte de inspiração – banho e fonte parecem-me uma boa conjugação. talvez por ser um sítio em que estou entregue a mim e de algum recolhimento. e a água, que eu tanto amo ou não fosse caranguejo com ascendente em peixes (todo um mundo de navegação balançante que me faz perder muitas vezes), e a água… a água, pronto já me perdi.
isto tudo a propósito de ontem, enquanto caminhava à beira mar, me ter surgido uma ideia para escrever. fiz um esforço para reter o que me tinha surgido, duas ou três frases que estavam tão bem alinhadas e que seriam perfeitas para este recomeço. perderam-se… que pena ainda não terem inventado smartphones com uma função para gravar a voz – teria sido perfeito para guardar a ideia.
quem sabe, um dia…