
nos meus tempos da escola primária (1969/73), para além de servir para a professora escrever as coisas que tínhamos de copiar, ou exercícios que iamos resolver, a serventia mais absurda do velho quadro de giz era ter apontados os nomes de quem se portava mal, quando a professora se ausentava da sala. havia o velho hábito chibo de deixar um dos alunos a tomar conta dos outros, e a apontar o nome dos restantes. para se ter o nome no quadro bastava olhar para o lado. à frente do nome umas cruzes, tantas quantas as que fossemos apanhados em infracção. cada cruz traduzia-se numa reguada. eu, que nunca apanhei por ter más qualificações, era invariavelmente a primeira nestas circuntâncias da chibice.
ainda assim, guardo as melhores recordações daquele tempo. fui profundamente feliz. profundamente, mesmo!
7 comentários
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Segunda-feira, 10 Dezembro, 2012 às 17:09
Dedi
Eu era a chiba. Sabes? O nó em gota de água? Era a melhor forma de me assegurar que o meu nome não seria escrito no quadro…
(Bonita a fotografia. Bonitas as memórias)
Terça-feira, 11 Dezembro, 2012 às 00:34
aNa
malandra! 🙂
Terça-feira, 11 Dezembro, 2012 às 09:43
maria
Eu, infelizmente não tenho boas recordações desse tempo de escola! (primária claro), já no secundário sim, aí a coisa foi diferente. muito melhor 😉
Terça-feira, 11 Dezembro, 2012 às 15:25
jmphotoblogs
na minha escola o aumentativo da desordem era mais eloquente do que as cruzes. funcionava assim:
quem desatinava, tinha o nome no quadro.
os reincidentes no desatino, ganhavam um “p” à frente do nome (de “pior”)
os contumazes, ganhavam um “z” à frente do “p” (de “piorzinho”)
os casos perdidos, ganhavam comboios de “zzzzzzzz” até ao fim do quadro.
já não me lembro quem apagava o quadro 🙂
Terça-feira, 11 Dezembro, 2012 às 15:34
aNa
e o João, quantos “z” tinha? 😉
Terça-feira, 11 Dezembro, 2012 às 15:41
jmphotoblogs
tipo enxame de abelhas …
Terça-feira, 11 Dezembro, 2012 às 15:43
aNa
ahahahahah! como eu calculava! 🙂