sete ciclos de sete anos. a minha vida até agora. e, de repente, sai de dentro de mim uma necessidade de alterar todo o meu paradigma. de abrandar o ritmo de viver. de trocar os estímulos externos por sensações mais interiores. resumidamente, dar menos para fora, conter a energia que tenho em mim dentro de mim e reflectir. juntar todas a partes do meu corpo ao longo da minha coluna. centrar-me nisso. e daí para fora. por cada segundo de satisfação que der, tenho que ter no mínimo segundo e meio de volta. doutra forma dou mais do que recebo.
deixei o futebol. inesperadamente. melhor dizendo, abruptamente. tal como quando deixei de jogar. tal como quando deixei de fumar. aquilo que parece uma acção irresponsável, tirando a parte do fumar, é tão somente o reflexo de muita meditação sobre o assunto e a coragem de assumir o que é melhor para mim, indepentemente daquilo que terceiros possam inferir. acho que tenho uma capacidade natural para fazer bem às pessoas, mas somente quando estou profundamente envolvida. quando não estou, para além de ficar insuportável, é muito mau para mim. e eu já não quero coisas más para mim. tanto quanto eu puder controlar, não será assim!