caminhei duro para te encontrar.
no reflexo que deixaste na água,
saberei eu se foi na água, se no meu olhar, se no meu sangue?
vi histórias de zen cantar.
espreguicei-me à beira do lago, esfreguei meus pés cansados nas pedras da borda de água.
respiro fundo. e inspiro ainda mais. sei que terei de fazer um caminho em apneia, mergulhando nas águas que estão à minha frente.
[mãe, terá sido muito difícil a minha expulsão?]
já só sonho com cabelos esvoaçantes, banhos quentes e massagens eróticas. um dia, dizes-me. sim, um dia, que não muito longe, vou estar no meu castelo a dormir e acordar junto à água.
(faltará muito tempo para o meu aniversário?)
preciso de uma máscara de lama, que me limpe o passado e retire este cansaço que trago no olhar.
…
estico o braço e toco-te. meu castelo de zen cantar.
2 comentários
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Quinta-feira, 12 Julho, 2012 às 15:32
JB
Texto ou contexto? Poesia ou prosa? Sonho ou realidade? Fez- me recordar um amor que tive, proibido pelas regras da humanidade! excelente momento de reflexão, parabens!
Quinta-feira, 12 Julho, 2012 às 16:11
aNa
no contexto da prosa realizo que por vezes o amor encerra alguma desumanidade.
obrigada.