com a troca das sessões com a Rute, de segunda para a quarta, voltei à sala onde fiz terapia há sete anos.
foi uma sensação muito engraçada. voltar ao sítio onde me estreei verdinha de todo.
no outro dia perguntaram-me se a terapia não era um vício. respondi de imediato que não. não preciso de pensar muito sobre o assunto. nem considero, sequer, que seja uma muleta. é assim uma espécie de curso. fiz o nível básico da primeira vez. e agora estou num nível superior – em tudo, nomeadamente na dor que provoca o estudo tão profundo.
mas, depois disto, sei que estarei muito bem. e aquilo que terceiros possam pensar, sobre o facto, é-me absolutamente irrelevante.
[já tive muita gente a referir-se à terapia, à minha inclusive, com algum desdém e superioridade, tipo eu não acredito nada nessas merdas e sou suficientemente capaz e dotada para resolver as minhas questões. por acaso, só mesmo por acaso, certamente, eu nunca dei os trambolhões que já vi essa gente dar, mas pronto, o acaso faz parte da vida, sei lá!]