
há qualquer coisa nesta fotografia que me agrada imenso, mas não consigo perceber bem o que é.
se é a cor que lhe dá um ar nostálgico de fim de tarde de domingo.
se são as gaivotas que planam sobre a praia, fugindo do vento do mar.
se são os dois namorados sentados no muro que divide a praia da estrada.
se é o homem que caminha com um ar indiferente a tudo isso.
se é o lixo que se acumula trazido pelo vento.
se sou eu que me processo com tudo isso junto e questiono o que poderia ter sido e não fui.
se, por fim, é o conjugar de todas essas coisas. quando vemos uma fotografia, vemos com tudo o que temos dentro e projectamos o nosso íntimo nas imagens que nos apresentam.
e quando tiramos uma fotografia? o que vai de nós para dentro dela?

8 comentários
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Sexta-feira, 11 Março, 2011 às 15:41
Rute
Cartier Bresson dizia: “fotografar é colocar na mesma linha de mira a cabeça, o olho e o coração.”
Sexta-feira, 11 Março, 2011 às 16:10
aNa
grande definição, mas nem outra coisa seria de esperar. 🙂
Sexta-feira, 11 Março, 2011 às 17:15
Rute
pudéssemos nós mirar a vida com o mesmo alinhamento ….
Sexta-feira, 11 Março, 2011 às 17:17
aNa
seria um exercício interessante, sim. eu começo a pensar e… cabeça e coração… parece-me tão difícil.
Sexta-feira, 11 Março, 2011 às 15:58
Avidni
olha que excelente questão para reflectir…
Sexta-feira, 11 Março, 2011 às 16:12
aNa
então depois partilho o resultado da tua reflexão. 🙂
Sexta-feira, 11 Março, 2011 às 22:48
tm
a tonalidade ajuda e as gaivotas compõem… o interessante é o contraste entre o afecto (casal de namorados) e a solidão (de quem passa)
(o silêncio desta dicotomia)
Whatever… está linda! 🙂
Sábado, 12 Março, 2011 às 12:43
aNa
🙂