Que a arte não se torne para ti a compensação daquilo que não soubeste ser
Que não seja transferência nem refúgio
Nem deixes que o poema te adie ou divida: mas que seja
A verdade do teu inteiro estar terrestre
Então construirás a tua casa na planície costeira
A meia distância entre montanha e mar
Construirás – como se diz – a casa térrea –
Construirás a partir do fundamento
(Sophia de Mello Breyner Andresen)

2 comentários
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Terça-feira, 28 Dezembro, 2010 às 21:16
sem-se-ver
(a prenda de natal de my ex-mate, a meu pedido, foi a recente edição da poesia completa de sophia. não resisti a contar.)
Quarta-feira, 29 Dezembro, 2010 às 10:22
aNa
bela partilha. 🙂
bom gosto o teu, mas disso já eu tinha a certeza.