há quem goste de aparecer na glória. não vai lá fazer nada, a não ser alimentar-se egoistamente de um prazer para o qual não contribuiu minimamente. mas é frequente vê-los aparecer, dar palmadinhas nas costas, distribuir sorrisos, oferecer intimidades – haverá coisa mais íntima do que participar em grupo o prazer da conquista?
depois há os outros. aqueles que tendo a sua relação conciliada, se oferecem para partilhar as feridas, para participar das feridas. não por masoquismo, mas por convicção de que as feridas partilhadas saram mais depressa. 

[estou prestes a reviver um amor antigo. a voltar a um sítio onde fui feliz. e diz-se que não se deve voltar a um sítio onde já se foi feliz. deve. se já tivermos conciliado o que vivemos, se já formos outras, se olharmos para ele com os olhos de hoje e não os de ontem. não é fácil. para mim tiveram de passar seis anos. although… butterflies are in my belly.]