joguei futebol federado durante 12 anos. daquele puramente amador, jogado nos pelados mais ranhosos que por aí havia.
era defesa e das coisa que mais gostava era de fazer carrinhos. passava o tempo com as coxas em ferida, os joelhos todos esmurrados, os cotovelos idem. também tive olhos negros, de cabeceamentos mal medidos que íam parar à cabeça da adversária. entorses era mato. apliquei mais gelo nos pés, do que todo aquele que hei-de beber nos gins tónicos que saboreio com a minha querida amiga ST. não raras vezes joguei ao domingo, com o pé completamente entrapado de ligaduras, para sustentar o entorse de quarta-feira anterior. joguei debaixo de chuva torrencial, um frio de rachar, um lamaçal nojento.
tudo isso é banal, para mim. ainda hoje, levo boladas nas pernas quando treino, que me deixam toda marcada, mas siga!
agora, esta merda desta comichãozinha e desta dor no lábio e por cima dele, foda-se, dá-me cá uma telha para a qual não tenho tolerância.
não tenho tolerância para estas dorzinhas. as depilações, as limpezas de pele, essa trampa toda à flor da pele não é para mim!
isto para dizer que estou cá com uma irritação brutal. e eu sei que a irritação, ainda irrita mais o bicharoco. mas dói-me. não consigo beber água em condições. que merda! isto não pode ser na orelha, ou quê?
tenho uma unha do pé toda estragada, também. dói-me com sapatos. acham que eu deixo de jogar à bola por causa disso? nada!