é uma expressão muito usada em psicoterapia. e como eu sofro dela!
detesto desfazer-me de coisas, de pessoas, de relações.
agora, com o aproximar de tomada de decisão, eu, que estava toda contente por ir ter um Smart, vejo-me aqui triste por me desfazer do meu querido Peugeot! tenho-o há 8 anos. os 8 anos de maior mudança e tumultos na minha vida, até estabilizar.
nele dei uma grande volta pela Europa. nele tomei decisões que me custaram imenso – o meu carro sempre foi o espaço de introspecção por excelência, a par da banheira.
há aqui qualquer coisa de estranho. também tive momentos muito felizes, um deles mágico, até, pela mudança que operou na minha vida. no entanto, só me lembro de momentos marcantes, mas de conotação menos feliz – tirando a viagem à Europa, claro. passam-me pela cabeça uma série de imagens menos felizes. que raio! (tenho de ir tentar perceber isto)
mas, o que se passa no meu coração, de caranguejinho típico, neste momento é uma tristeza imensa por me desfazer daquele carro. e não é o carro, objecto em si, é tudo aquilo que ele representa.
estranho. muito estranho. há muito que não me sentia assim. até já andava a pensar que não estava viva!