Atentai!

eu era para ser preta. mas alguma coisa correu errado e os meus pais nasceram brancos. logo…
mas era para ser preta, sim. preta de angola. do povo, do meio dos patrícios todos.
e teria tido tanto gosto nisso.

[explicação kármica para a coisa: já fui preta noutra vida. mas devia ser daquelas parvas que queriam renegar as suas origens. assim, para cumprir o karma, voltei como branca, agora com vontade de ser preta. se não conseguir aceitar tudo isto – o que me parece não irá acontecer – ainda voltarei outra vez, para, definitivamente, aceitar o que sou. o que é uma coisa completamente desocnhecida para mim.]

ontem, inesperadamente, dei de caras na rtp2 com o documentário ‘Mae Ju’. já passava das onze e meia e eu e a Maria tínhamos acabado de comer uma sopa e a preparar-nos para arrumar as bicuatas e ir dormir. ficámos no sofá, a ver desfilar a banda – literalmente.

[às vezes tenho tantas saudades, mas tantas, tantas. fecho os olhos e se me imaginar lá, sinto-me tão bem.]