será efectivamente mais apaziguador, sentir que depois da morte continua a haver caminho?
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18 comentários
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Terça-feira, 18 Março, 2008 às 13:12
tangas
apaziguador para quem vai, porque para quem fica é estupidamente doloroso. assim como ter a vida arrumada e deixar desarrumados os que cá continuam. e olhe que isto é de quem já nasceu a acreditar que sim, que não há princípio nem fim, mas um contínuo em que se passa de umas para as outras (vidas). só que é uma tristeza desgraçada ver partir os outros e saber que temos de continuar sem eles.
Terça-feira, 18 Março, 2008 às 13:54
Só Maria
sem dúvida que as coisas assim ganham mais sentido e são também mais fáceis de “gerir”, havendo essa compreensão.
acredito plenamente que é assim, um contínuo em que mudamos de “estágio” e voltamos a cada vez com o objectivo de crescer, evoluír.
a dor, os obstáculos, as contrariedades, não são castigos, são também – se soubermos olhar para elas dessa forma – oportunidades de aprendizagem e evolução
já quanto há dor causada pela “partida” de alguém… não há compreensão que valha, vai sempre doer, vamo-nos sempre sentir algo abandonados e injustiçados quando alguém nos é “retirado”. nesse sentido somos egoístas e possessivos. mas esta dor revela também como amamos aquele ser, expõe-nos… é essa também a beleza da natureza humana.
Terça-feira, 18 Março, 2008 às 14:10
Lover
esse é o sentido que melhor encontro para cá estarmos, em momentos diferentes…a dor, essa existe sempre como tão bem dizem as meninas acima…mas é muitas vezes (para mim) apaziguada pela certeza que os “nossos mortos” não morreram…só mudaram de estágio 🙂
e que será sempre assim num sentido evolutivo, tão bem explicado pela menina Só Maria! 😉
Terça-feira, 18 Março, 2008 às 15:39
anabela
«… olhe que isto é de quem já nasceu a acreditar que sim, que não há princípio nem fim, mas um contínuo em que se passa de umas para as outras (vidas). só que é uma tristeza desgraçada ver partir os outros e saber que temos de continuar sem eles.»
Penso que sim, embora o luto dependa de cada um de nós, para lá daquilo em que se acredita. Tal como a tangas acredito num contínuo, mas os meus lutos (qualquer sepração) arrastam-se no tempo e parecem não ter fim, apesar de, com a ajuda desse mesmo tempo, passarem a adquirir contornos mais suaves. Acreditando naquilo em que acredito, são muitas as vezes em que gostaria que eles fossem mais breves.
Terça-feira, 18 Março, 2008 às 15:52
lupy
para baralhar ou talvez não.
Acreditamos ou queremos acreditar porque é mais comodo porque torna menos doloroso?
acreditar na vida não deveria ser sinónimo de acreditar na morte e, nesse contexto, qual a razão para que a morte não seja isso mesmo, o fim, e seja, afinal, uma continuidade só que num outro patamar de evolução (à partida)…
Terça-feira, 18 Março, 2008 às 15:57
tangas
nunca menos doloroso, apesar de tudo
Terça-feira, 18 Março, 2008 às 16:01
lupy
nunca menos doloroso, apesar de tudo… como assim???.
acreditar que é um fim… ou na continuidade que é menos doloroso?
Terça-feira, 18 Março, 2008 às 16:48
marisa
Não sei se será apaziguador mas é capaz de ganhar mais sentido. No entanto penso que é preciso passar algum tempo (quando não é muito) para que as pessoas que cá ficam tenham essa noção do sentido “da coisa”.
Terça-feira, 18 Março, 2008 às 16:58
Só Maria
com continuidade ou sem ela, é sempre doloroso.
o ser mais ou menos doloroso, depende exclusivamente de cada um, do quanto estamos preparados e da nossa capacidade de desprendimento. não confundir no entanto, desprendimento com gostar ou amar menos quem parte.
Quarta-feira, 19 Março, 2008 às 10:32
tangas
como diz a menina só maria, é sempre doloroso, acreditando no fim ou na continuidade. porque, para mim, a questão que surge por trás desta pergunta da querida menina iaNa, é sempre a mesma: a morte, a partida, o fim, o desaparecimento é sempre extremamente doloroso e é por isso que nos preocupamos em acreditar ou não. sendo que também sinto que quem crê que é o fim está também a estabelecer uma data, uma meta para o fim do que considera as suas provações neste mundo. o “eterno descanso” é uma espécie de alívio, de repouso do guerreiro, não acha, lupy? oblívio…
Quarta-feira, 19 Março, 2008 às 16:00
lupy
o repouso do guerreiro, hummm… poético, reconfortante… Colocada a questão dessa forma até me faz sentir que mesmo esse repouso tem que ser merecido, ou seja, tenho que “guerrear” muito mais.
Fico sem saber o que escolher: se a perspectiva da continuidade – posso ir fazendo as coisas com calma porque isto há-de ter continuidade…;
tenho um tempo contado, um espaço para preencher, uma vida para combater para atingir a meta que me permita o “descanso” …
Vou ter que reflectir. Sempre em pareceu que viver com altos níveis de adrenalina era facilitador porque me mantém mais alerta, mais atenta, mais disponivel, mais preparada (não para tudo, felizmente).
Quarta-feira, 19 Março, 2008 às 16:11
aNa
lupy
eu ainda não comentei as respostas, porque não sei que dizer.
mas aquilo que me é dado conhecer, apesar de toda essa adrenalina, é que levas a vida com muita calma.
e é uma das coisas que eu mais admiro!
Quarta-feira, 19 Março, 2008 às 16:45
tangas
cada guerreiro com o seu estilo, lupy. quem disse que tinha de ser a abrir. ai, já me pôs derreada 😛
Quarta-feira, 19 Março, 2008 às 17:05
lupy
aNa
nem sei o que te dizer. Levo a vida com muita calma ou calma é o que tenho que ter para aguentar o vórtice da vida?
Ou um pouco das duas coisas… Neste caso e como sempre, tudo depende do olhar subjectivo de cada um. Para uns esta minha vida é tudo menos calma, para outros (como tu) levo uma vida calma.
Para mim a vida é um vórtice e nós, todos, estamos no centro do tornado. Acontece que para uns, “andar às voltas” faz sentido, dá gozo, tiramos partido e até conseguimos descansar. Para outros, este andar às voltas faz com que, ao final de algum tempo, sejam eles o epicentro e aí tens volta sobre volta. è muita volta. É quase volta e meia, ih, ih, ih.
Quarta-feira, 19 Março, 2008 às 17:22
aNa
lupy
deixa-me só fazer aqui uma correcção, que acho que me exprimi mal.
não sei (ou terei alguma noção, talvez) os custos disso, mas admitindo que estamos no centro do tornado, tu és das pessoas que com mais calma lidam com a coisa.
e repito, para além da admiração, é uma lição.
Quinta-feira, 20 Março, 2008 às 12:00
lupy
talvez seja o reflexo das águas calmas da minha terra com as quais me entrosei durante anos a fio, na minha adolescência. As mesmas águas onde libertei muita da força contida por vivências conturbadas. as mesmas que me ensinaram que há mais vida para além daquela que vivia. o mar onde se misturava o meu instinto predador com a brincadeira com os peixes e a incontornável beleza dos seus movimentos. a necessária calma quando, enredada em cordas, o ar a faltar, passa em rasgos a ainda pouca vida e a eterna questão/afirmação: “meu Deus vou morrer?!!”, para depois me lembrar que uma faca pode ser a salvação e por fim o ar de novo nos pulmões. as mesmas águas calmas que tantas vezes se tornavam revoltas, gigantescas, que por vezes desafiava, mas que sempre respeitava aceitando ser esse o ciclo – calma, “revolução”.
assim me parece que é a minha calma…
e que mais calmo poderá haver que o regresso às origens??? viva o Al-garbe, ih, ih, ih
que tal um gole de champanhe????
Quinta-feira, 20 Março, 2008 às 12:48
amariadaiana
oh lupy! cada vez gosto mais de ti, pronto! da próxima vez que estivermos juntas não posso esquecer-me de te dar aquele número de telefone. não podes não podes não podes desperdiçar tudo isso que tens dentro.
champanhe… talvez não. mas um pouco daquele medronho… com uma fatia daquele pudim…
Sábado, 22 Março, 2008 às 02:49
lupy
venha de lá esse número. A minha curiosidade aumenta de cada vez que falamos sobre o assunto.
quanto ao resto, medronho, pudim, tarte e lareira ao dispôr