tenho imensas! uma delas: comprar cremes para o rosto! a coisa podia ser simples, mas não, eles escrevem bué de cenas nas embalagens e eu fico toda baralhadinha.
ontem, devo ter-me portado mal, e como castigo a minha maria pediu-me para ir comprar um creme. cheguei ao colombo e fui à farmácia. imensa gente, como é habitual, e uma tola no balcão do meio. perguntei uma vez se a senha rosa não era chamada. que sim, que esperasse um bocadinho. passam não sei quantos e voltei a perguntar, e ela outra vez que sim, mas tinha de ajudar o colega do outro balcão. aí pensei: estás desvairada com fome, vai mas é embora antes que isto corra mal.
tive de ir a uma perfumaria, daquelas que tem de tudo, e acabei por comprar um que já conhecia por ser efectivamente mais fácil. nem era, provavelmente, o mais económico dentro do razoável, mas o dinheiro é para isso mesmo, e antes isso que ficar ali toda a atrofiar e viesse uma daquelas raparigas perguntar se eu queria ajuda e começasse com aquelas conversa que eu não entendo e…
ai! sou tão bronca, credo! não é por não saber – é por não tentar saber. tanto talento desaproveitado, ó deus!
entretanto, estou na caixa para pagar, e ouço uma mulher ao lado a dizer para a empregada que queria pagar umas unhas à francesa. olho de soslaio e vejo a mão dela em cima do balcão, a segurar uma nota de vinte, e com umas unhas nojentas, com o verniz todo ratado na pontas das unhas e na base, ficando só uma tira no meio da unha, de uma cor arroxeada horrorosa e… olhem, que nojo! sou bué de picuinhas com as mãos. unhas com verniz estalado e meio cá, meio lá, fazem-me lembrar umas clientes que eu tinha, quando andava com o táxi do meu pai, que para além de venderam galinhas na feira aviavam alguns cabritos, até aí nada de mal, mas e o cheiro delas?? entre o perfume rasca meio patchouly e a ausência de banho, mais sei lá que odores que lhes vinham lá dos interiores, credo!! tirando isso, eram umas queridas. adorava ir com elas à feira dos Cabaços.

eu com fome, sou do pior. acreditem!