estou cheia de sono e ainda meia a dormir.

(lamento, que a maioria das pessoas que pertence a associações de defesa de direitos, tenha toda um discurso muito redondo, a bater sempre nas mesmas teclas e não consiga sair dessa pele e tornar-se, nem que seja por momentos, leve e solta!)

foi giro e divertido, porque eu não levo estas coisas muito a sério. valem para uma conversa descontraída. pena foi que o tema inicialmente proposto, a partir de determinada altura tenha sido esquecido. mas, lá está, convidam gente que só sabe falar de estatísticas e aquela merda descamba para uma coisa sem interesse nenhum.
eu só lá fui para responder porque é que gostava de futebol. e para saber porque é que as mulheres gostam de futebol. quando é que foi o primeiro jogo feminino, quando é que houve a primeira árbitra, quando é que…, quando é que…, quando é que… são coisas que não me interessam minimamente! aliás, caguei! já lá vai tempo em que absorvia essa informação inútil. agora, estou noutra!
aliás, acho graça a esta coisa das associações dos direitos. de repente, acham que representam toda a gente. e falam para nós, neste caso pobres mulheres, que ainda não vimos que isto é tudo muito desigual (só porque não temos o mesmo discurso agressivo, amargo e ressabiado) com um altivez de iluminadas, como se nos estivessem a prestar um grande serviço!
quero lá saber dessa merda, pá! eu lá pedi para ser representada?!?! e defendida? e por gente assim… deusmalivre!

mas deixou-me aqui umas dúvidas interessantes: – não tenho a certeza se as mulheres têm a mesma apetência (gosto, prazer, necessidade) para a prática de desporto de competição, do que os homens; – não sei se haveria tantos homens a fazer futebol de competição, se não usufruíssem de uma contrapartida financeira (e não me refiro a jogadores de top); – tenho sérias dúvidas, muito sérias, mesmo, e contrariando a maioria das opiniões dos presentes, que uma das causas para o pouco desenvolvimento do futebol feminino seja a pouca divulgação pela parte dos orgãos de comunicação social; – não tenho a certeza de que, em portugal, todas as pessoas que vão aos estádios e vêem na televisão jogos de futebol, o façam pelo gosto pela modalidade, ou se será mais pela paixão que têm em relação ao clube, o chamado “vestir a camisola” (selecção nacional, incluída);

interessante foi saber que o futebol é a modalidade com mais jogadoras inscritas, seguida da ginástica. e que as praticantes do futebol são em número superior a todas as outras modalidade colectivas juntas. ou seja, haverá de facto alguma propensão para, nas mulheres que gostam de praticar desporto, o futebol ser dominante? ou será um acaso de investimento (ainda que precário) no futebol e desinvestimento no andebol, volei, basquete, etc?

resumindo e baralhando: ainda mais interessante do que o parágrafo anterior, que era somente eu a divagar, é o facto de que, nem após estas conversas e raciocínios, eu sinta saudades de ser jogadora federada ou nem dirigente. assim é que é lindo! missão cumprida, vira-se a página e vamos à nossa vida, que há um mundo inteiro lá fora à nossa espera!

e ainda para mais com este calorzinho…