cheguei no inverno. vestida de azul escuro.
saí no verão. vestida de branco – branco de paz e harmonia. era o que procurava. encontro e harmonia comigo.
as estações e a cor da roupa são coincidências – se é que as há no nosso inconsciente.
um pouco mais de cem horas a falar. assim dito, talvez pareça pouco. nem chega a cinco dias… mas o tempo em terapia revela-se muito relativo. vale o que vale. depende de nós.
e essa foi (e é) a parte mais interessante da coisa: fazermos um trabalho para nós, que só depende de nós. exclusivamente. é fantástico.
da rute, guardo a lembrança de uma companheira de jornada. que sabe tanto de mim e eu quase nada, dela. é muito provável que não nos voltemos a ver. ou não. mas fica a certeza que ela será uma pessoa inesquecível na minha vida.
ontem, pela primeira vez e ao despedir-me, dei-lhe dois beijos. eu que sou tão afectuosa, com ela nunca consegui ter essa aproximação – apesar do tanto que lhe desvendei de mim. há coisas intrigantes.
só me faltou dizer-lhe, à boa moda dos meus patrícios,

fui, yah?