Lisboa, Sete Rios. hoje às 14:19

caminho pela rua e procuro embrenhar-me no colectivo.
[ainda que quisesse, seria eu capaz de despir esta pele seca e voltar a ser um pouco mais humana? com todos os riscos que isso implicaria…]
eu queria, queria sair pela rua e sorrir pelas luzes que alumiam este natal falso. olhar para elas e ver a luz da redenção. já poucas coisas me espantam, me maravilham, me estarrecem. vivo cada vez mais num mundo subterrâneo de imagens escuras e sentimentos contidos.
[o meu desejo para este Natal? conseguir deitar a cabeça no colo da mãe e chorar.]
já não há natal.