uma noite destas sonhei com aquelas moedinhas de plástico que existem nos hipermercados para os carros das compras.
este sonho não aparece do nada. eu tenho uma moeda dessas, azul, toda gasta e estragada, que perco e recupero com a mesma facilidade, que era do carrefour. eu sei que dizer isto não abona nada em meu favor. não faço ideia há quanto tempo não existe carrefour em lisboa, mas seguramente há mais de cinco anos. e eu continuo com aquela coisa quase a desfazer-se no porta-moedas, que me envergonha de cada vez que tiro as moedas para a mão para fazer a soma que desejo, e sim eu sei que isto terá um significado qualquer mas eu na verdade caguei bem para ele. vantagens de quem tem 49 anos e ao todo cinco anos de terapia. claro que há muita gente que cagaria igualmente nisso, mas porque de facto não tem capacidade para se questionar, que isso não está ao alcance de toda a gente. e como está bom de ver, eu hoje estou no alto da minha arrogância, qual bipolar em fase maníaca.
portanto, ter a moedinha de plástico toda gasta no porta-moedas há mais de cinco anos não constitui matéria para eu me debruçar em análises psicológicas.
agora, sonhar que ao abrir o porta-moedas me aparecem uma, duas, três, oito, dez, vinte, uma chusma de moedas de plástico do carrefour, azuis e vermelhas, é que seria coisa para eu tentar analisar. depois de muito meditar cheguei à conclusão que ando em fase de negação da minha costela sportinguista. daí só ter sonhado com moedas azuis e vermelhas. sou brilhante!