ontem fui à missa. para ser sincera, não fui à missa. fui ter com alguém que estava na missa e assisti a grande parte.
ir à missa é uma coisa em que tenho pensado muito, ultimamente. gostava muito de sentir fé. observo deslumbrada o ritual que as pessoas cumprem. sei de cor quase todas as ‘falas’. não o digo alto, por respeito e pudor, mas mentalmente vou repetindo. toca-me particularmente a altura da comunhão. adorava fazer parte daquela fila de pessoas que espera pelo Corpo de Cristo, dizer amén ao comungar, vir até ao meu lugar e ajoelhar-me em recolhimento.
tenho uma curiosidade imensa sobre o que se sente, mas daquilo que tenho falado com pessoas amigas, é tudo muito pessoal e quase intransmissível por palavras – ao contrário do que fazem crer alguns que tentam impingir a religião.
falta-me sentir poucas coisas na vida. a fé é uma delas. e acho que não a sinto, porque me defendo profundamente.

“Senhor, eu não sou digna de que entreis na minha morada, mas dizei uma palavra e serei salva”.