… e começo uma outra semana.
segunda-feira. é manhã e está cinzento.
é tarde e está de chuva.
enfio-me no carro sem me ligar ao mundo. penso que tem mudanças automáticas, quando na realidade tem mudanças automáticas.
braços caídos nas portas. anda um desalento no ar.
cansaço nem se sabe do quê. nem para quê –
o que é substancialmente pior.
para nada.
nada.
uma bóia que nos salve de afundar.
sinto-me a precisar de coisas que já não tenho. não sei se por desespero, se por convicção.
e de outras que ainda não tenho.
coragem. um refúgio silencioso, isolado.
sem palavras.

amanhã já será terça-feira.
para quem lá chegar, estará de chuva novamente?