ontem, em determinada altura da sessão, dizia-me a Rute:
“aNa, eu não julgo. este espaço aqui é seu, pode dizer o que quiser, pode dizer palavrões, pode zangar-se comigo, pode sair a meio da sessão e bater com a porta, que eu estarei cá na mesma na próxima sessão. pode fazer tudo, só não me pode bater.”
claro que por breves momentos eu ainda tive os lampejos de defesa, que tanto me caracterizavam, e veio-me à ideia dizer-lhe qualquer coisa maliciosa, mas não disse.
não disse, porque na verdade não tenho quaisquer pensamentos maliciosos com ela, mas também porque já não tive necessidade de fugir. e, como se sabe, o humor é uma das defesas mais eficazes.
mas ainda me deu vontade de sorrir quando o pensei. se me lembrar na próxima sessão conto-lhe.
é fantástica a relação que começo a ter com ela. mas o mais fantástico é que a disponibilidade dela está somente relacionada com a minha entrega. e isso deixa-me um sabor muito bom na boca. (na boca, estão a ver. é mentira, deixa-me um aconchego muito grande no peito, porque sinto trabalho feito. é fodida esta merda, eu não disse?)

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