gostava de escrever sobre um sonho que tive há dias.
hoje entrei numa rotunda e tinha um acidente à minha frente. nada que me impedisse de prosseguir e ver as árvores do jardim do campo grande todas despidas de folhas.
e aqueles galhos despidos trouxeram-me à lembrança um campo cheio de folhas castanhas, caídas de plátanos que eu não vislumbrei, tantas folhas que faziam uma cama de altura ainda considerável. eu passava de carro e fiquei deslumbrada com a quantidade de folhas num sítio que me parecia familiar. e de como ainda não tinha reparado que aquilo ali estava. se calhar não estava. teriam caído todas de um dia para o outro? um dilúvio de folhas secas castanhas caídas num campo aberto sem plátanos.
gostaria de escrever sobre um sonho que tive há dias.
mas, para além de só me lembrar do campo coberto de folhas castanhas, caídas de plátanos que eu não vislumbrei, não tenho bem a certeza de que tenha sido um sonho, uma alucinação momentânea ou a pura da realidade.