assumir a mudança é aceitar passar por todas as etapas que me aparecem. é aceitar a experiência de viver novos padrões, nomeadamente aqueles que colidem de frente com os que tinha confortavelmente instalados.
é viver tudo isso, procurando não rejeitar sem apreender tudo o que puder. é sentir-me profundamente assustada às vezes, é questionar-me permanentemente do sentido que me faz este caminho, é estar no skywalk do grand canyon.
é sentir uma estranha atracção por aquilo que a olho nu me parece um abismo, mas ao mesmo tempo ter uma confiança profunda no que sinto e me faz avançar.
* de uma velhinha canção dos Black Sabbath (que um dia uma ex-namorada me deu a ouvir, depois de eu me ter portado muitíssimo mal)

6 comentários
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Sexta-feira, 21 Janeiro, 2011 às 13:37
sem-se-ver
mas por que queres mudar? por que as pessoas tanto querem mudar? não entendo. nao gostam do que têm, do que são? confundem ser e monotonia? querem-se mudar à força toda porquê?
há coisas que me escapam, em particular quando as mudanças só servem para o próprio se angustiar e sofrer. se a mudança é necessária executa-se e ponto final. agora, não façam da mudança uma bandeira e um estilo de vida!
deixa-te ser como és, pá. que canseira é às vezes ler-te, querida.
beijo, comme d’habitude. (esta saiu-me mesmo bem)
Sexta-feira, 21 Janeiro, 2011 às 14:24
aNa
(o que eu gosto dos teus comentários!!)
bem, isto podia ir directamente para um post, mas fica aqui.
eu não faço a mínima ideia porque razão é que os outros querem mudar. e, na verdade, não estou muito interessada em saber, que já tenho coisas que me cheguem na minha vida. portanto, só posso falar por mim. e o que te digo é que a necessidade de mudança acontece quando dentro de mim encontro coisas que me angustiam e com as quais não quero continuar a viver. é a angústia e o sofrimento que criam a necessidade. não o inverso. depois, quando se está em processo de mudança, é natural que haja desconforto, receio, porque o quebrar do statu quo mexe connosco.
mas isto só vale para quem sente necessidade de mudança, querida. para quem está bem e confortável consigo e com a sua vida, nada disto faz o mínimo sentido. e ainda bem!
e, porque razão te incomoda que as pessoas façam da mudança uma bandeira e um estilo de vida, hem? ora, conta lá…
“deixa-te ser como és, pá. que canseira é às vezes ler-te, querida.”
ahahahah! adorei esta! já sabes que vais ter me aturar assim… não me parece que isso seja, de facto, impeditivo de o fazeres. 😉
e, sim, saiu-te mesmo bem o ‘comme d’habitue’! eu até adoro francês. 🙂
beijo.
Sexta-feira, 21 Janeiro, 2011 às 20:23
sem-se-ver
«e, porque razão te incomoda que as pessoas façam da mudança uma bandeira e um estilo de vida, hem? ora, conta lá…»
porque sou VIRGINIANA e por mais que inventem novos planetas zodiacais VIRGINIANA SEREI ATÉ AO FIM!
;- )
beijo
Domingo, 23 Janeiro, 2011 às 02:22
aNa
um dia hás-de explicar-me isso melhor… ou então, as virginianas não gostam que os outros gostem da mudança, é? 😉
Domingo, 23 Janeiro, 2011 às 02:29
sem-se-ver
as virginianas odeiam mudanças, ponto. é simples. :- ) o mundo seria tão mais pacífico e previsivel sem elas. um descanso. ;- )
Domingo, 23 Janeiro, 2011 às 02:31
aNa
ahahah! pois claro! isso faz-me lembrar aquela coisa que as pessoas têm a mania de dizer que os animais são melhores que muitas pessoas!
e tudo previsível tem alguma piada? 😉 (just kidding!)