não sei muito de artes marciais, embora seja fascinada por elas. mas sei que um dos princípios, daí eles conseguirem fazer algumas coisas que parecem impossíveis, é aproveitar a energia que o adversário dispõe no ataque, em proveito próprio.
isto vem a propósito de uma conversa no sábado, com uma amiga distante que raramente vejo, e da forma como ela geriu um ataque de que cobardemente foi sujeita. tipo um outcoming feito à má fila por alguém que lhe era muito querido.
e, ao invés de a ver sofrida e amargurada e sedenta de vingança, encontrei alguém magoado, sim, mas a retirar o que de bom tinha acontecido da situação. o que isso, apesar da mágoa, tinha permitido. e a seguir em frente.
esta é uma coisa que muitas vezes lemos e ouvimos relatar, mas que é sempre uma experiência mais agradável de ouvir, de viva voz, por alguém que sabemos que existe. e mais, que sentimos que tudo o que nos diz é verdadeiro. que não há ponta de ressabiamento, de coisa mal resolvida.
e eu fiquei tão feliz por ela. por ter ousado reparar a sua vida, ter assumido uma verdadeira mudança, certamente com muita angústia, mas com nada de amargura. e pessoas que conseguem fazer isso, dessa forma, certamente são merecedoras da minha admiração.
por não perderem tempo a chorar o que já aconteceu, a culpar tudo e todos, antes a pegar o touro pelos cornos e fazer da sua vida o que realmente sente que deve ser feito!
e não, não é fácil. mas quem disse que a vida é fácil? não é fácil, mas merece ser vivida por nós da melhor forma possível!

7 comentários
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Terça-feira, 28 Abril, 2009 às 15:17
mar e sol
Vim sem esforço e…o balanço foi deveras positivo!…Uma tarde super agradável em excelente companhia 😉
Beijos aos molhes para as duas.
(o bolo ficou lindo!…)
Terça-feira, 28 Abril, 2009 às 18:03
Pedro
Penso ser essa a atitude mais correcta perante as cacetadas da vida . Afinal ficar a chorar não adianta de nada. Há que aproveitar isso e os ombros amigos 🙂
Terça-feira, 28 Abril, 2009 às 19:14
Lorenzo Monsanto
Não é fácil, porque o orgulho “desmonta” tudo, especialmente a nós próprios. Mas a vida nunca se esquece de nós, e de certeza que um dia saberemos recolher sobre outras formas, o que nos foi “roubado” por outras. Lidar com o “mau”, é uma arte que se vai trabalhando. No fundo, a caminhada nunca está completa, e saber tirar o “bom” que dele advém, é um passo que precisamos de dar, para bem não só de quem nos rodeia…Só nos centrando, é que estamos realmente aptos a partilhar o que de melhor temos….Mas isto sou só eu…aqui…num pensamento velocidade-luz que decidi escrever…
Terça-feira, 28 Abril, 2009 às 21:08
AlmaAzul
Isto são muitas verdades juntas! 😉
Terça-feira, 28 Abril, 2009 às 23:35
K
O luiji ki luezuka lupixile. (provérbio Umbundo)
Se o rio estiver cheio, deixe-o passar.
O ensinamento é:
Se alguém estiver furioso deixe-o descarregar toda a sua fúria e aborde-o depois para chamá-lo à razão. Se assim não for não haverá entendimento.
Ou ainda, se se deparar com um conflito deixe primeiro amainar os ânimos. Não seja apressado.
Quarta-feira, 29 Abril, 2009 às 01:03
kianda
e nada como um provébio umbundo 🙂
Quarta-feira, 29 Abril, 2009 às 20:27
aNa
mar e sol
🙂
Pedro
como dizem os brasileiros, levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima! 😉
Lorenzo
o orgulho só é bom se nos fizer caminhar. senão, é bobagem (hoje estou com os brasileiros, caramba! 😉 )
AlmaAzul
é para matar a cabeça, mesmo! 😀
K
isso, ou então, relevar. há alturas em que é o mais sensato. 😉
mas obrigada pela partilha.
kianda
pois… dizes tu que percebes… 😛
e a banda? tudo cool?