que sentem saudades, dizem. quando termina o interregno, perguntam.
e eu aqui, mesmo ao lado. só atravessar a rua e, com sorte, encontraria o portão de emergência aberto.
e continuo a sentir-me desconfortável, penso.
[fugimos porque dói a fuga. não porque somos ingratos. cobardes, sim, para enfrentar a dor que nos impede de olhar nos olhos quem deixamos.]
foi a minha última fuga, acredito.

4 comentários
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Terça-feira, 21 Abril, 2009 às 21:39
maestrina
tão belo e tocante quanto o poema a baixo… seja o que for o que o sujeito poético (TU) queira transmitir, acho que mexe com a vida de todos nós…
anda um apontamento para a imagem, que considero de uma simplicidade e de um bom gosto avassaladores…
Terça-feira, 21 Abril, 2009 às 23:14
pp
quantas vezes damos a volta ao quarteirao para nao atravessar a rua…
essas bonecas parecem umas miudas giras 😉
Terça-feira, 21 Abril, 2009 às 23:59
maria
Tão mesmo giras «o raio» das bonecas! 🙂 ( quem fez essa obra de arte? As bonecas, não a prosa. 😀 ) aNa, 😉
Quarta-feira, 22 Abril, 2009 às 13:53
aNa
maestrina
as nossas vidas são quase todas iguais. todos rimos. alguns conseguem chorar. a única coisa que difere é a forma como lidamos com elas – as nossas vidas. 🙂
a foto… mérito de quem fez as bonecas.
pp
oh se é verdade!!! às vezes está um trânsito… 😛
são essas miúdas, sim, embora como já disse à kianda, a Maria ficou um tempo demais no forno! 😀
maria
foi uma amiga nossa. quando voltarem lá a casa, ser-vos-ão apresentadas! 😉