parece que os testes ao hiv/sida vão passar a ser gratuitos no sns. não imagino se isso fará com que haja mais pessoas a fazê-lo. talvez.
a propósito disso, lembrei-me que quando fui à médica para me passar as análises antes da operação, lhe ter perguntado se não fazia a análise ao hiv. e ela respondeu-me que ía perguntar-me de seguida se eu dava autorização para tal, e que em caso afirmativo tinha de assinar lá um papel.
eu não fazia a mínima idéia, que as pessoas podiam recusar a análise em caso de intervenção cirúrgica. não me parece lá uma coisa muito sensata. isto até pode parecer polémico, tal a ciosidade com que as pessoas debatem o direito ao domínio privado da nossa vida. mas que diabo!? acho que faz parte de uma cidadania minimamente responsável, visto que, uns mais outros menos, beneficiamos todos do sistema nacional de saúde e pouca gente se imagina a tratar doenças graves em hospitais privados, pela questão monetária.
ora, não é uma questão de cusquice ou o raio, é uma questão de controlo da coisa. de se saber para agir. de proteger, também, os profissionais de saúde. é uma questão de saúde pública, também.
e pronto, tinha mais umas coisas para escrever, mas a minha morena cravou-me para ir fazer uma coisa à hora do almoço, e agora tenho de ir bulir.
mais logo, retomo a escrita. boa tarde, pessoal!

33 comentários
Comments feed for this article
Quinta-feira, 4 Dezembro, 2008 às 14:43
amariadaiana
e gostaste? 😉
Quinta-feira, 4 Dezembro, 2008 às 16:13
Inês
hum…mais vale dar sangue e fica-se logo a saber =P
Quinta-feira, 4 Dezembro, 2008 às 16:46
Inês
🙂
Quinta-feira, 4 Dezembro, 2008 às 17:05
cristina
engraçada a resposta da Ines. é por isso que o grupo dos dadores se tornou de maior risco. inclui cada vez mais malta que sabe que tem algumas hipoteses de ser positiva e então vai dar sangue “para saber”
Quinta-feira, 4 Dezembro, 2008 às 17:11
Gayja
Não percebo essa grande novidade do sns. Testes HIV gratuitos?
Há anos que isso existe nos CADs. São anónimos e costumam ter muita gente.
Quanto à questão das análises antes das cirurgias, levanta tantas questões… Não me vou meter por aí. 😛
*Beijinhos*
Sexta-feira, 5 Dezembro, 2008 às 00:42
Só Maria
levanta muitas questões e uma delas é a forma como a descoberta de que uma determinada pessoa é seropositiva lhe pode arruinar ainda mais a vida, para além da doença propriamente dita…
falo de seguros, ou da recusa das companhias em os aceitar, falo em complicações laborais que para muitos tem significado despedimento ou o não acesso a emprego, falo em controle de fronteiras… nos EU por exemplo não deixam entrar quem assim está diagnosticado… falo em coisinhas chatas destas, questões que não se deveriam colocar e que não deveriam sair do foro médico, mas saem, e de que maneira…
é por isso, por todas estas razões, excepto a da saúde propriamente dita, que as pessoas têm relutância em fazer a análise pois quando a fazem, assinam a autorização que também permite o acesso aos seus dados… tudo para fins estatísticos… claro! 😉
Sexta-feira, 5 Dezembro, 2008 às 00:50
tangas
falta aí a parte da história em que os testados sobre o HIV nunca souberam que o foram. e estou a lembrar-me aqui de análises feitas no ricardo jorge já em 1987, pelo menos, mais ou menos na mesma altura em que os lotes de sangue contaminado correram os hospitais e depois deram origem ao famoso processo contra leonor beleza, ministra da saúde na altura, e mais algumas figuras proeminentes. provavelmente, grande parte da população já foi testada e nem faz a mínima ideia. essa coisa do gratuito agora deve ser para “limpar a folha”, tipo democracia recém-chegada à política de saúde no segmento HIV.
e já agora, cristina, como é que o grupo de dadores se tornou de maior risco? o risco está nos comportamentos, não nos grupos. e é perfeitamente injusta e discriminatória essa sua afirmação sobre um grupo de pessoas que, afinal, tanto contribui para que alguns tratamentos sejam possíveis em portugal.
é muito giro comentar à queima-roupa, mas estamos a falar de uma das maiores infecções de que há memória e é precisamente a absoluta ignorância do que ela é, como se propaga e como se evita que cria o maior risco.
Sexta-feira, 5 Dezembro, 2008 às 13:56
aNa
Só Maria
ena! a menina só vê o aaspecto negativo da coisa! ora, portanto, não se faz o teste para que ninguém saiba, inclusive o próprio.
tangas
esclareça-me lá uma coisa, que eu perdi-me no meio da sua cruzada, como é hábito me acontecer:
– tendo a infecção contornos de epidemia, é importante fazer-se os testes, ou não?
Sexta-feira, 5 Dezembro, 2008 às 14:46
cristina
tangas
eu limito-me a dar-lhe uma informação que por acaso ja tem sido alvo de comentários muitas vezes no meio medico: ha muitas pessoas que vão dar sangue para saber se são HIV. talvez porque não tenham um medico proximo ou assistente a quem peçam com facilidade. e ali, se for positivo ninguem fica a saber nem têm ninguem chateá-los. é um facto, se quiser aceitá-lo como tal aceita, se não quiser, paciencia…. não inclui juizos de valor, quer você ache ou não. para mim é irrelevante.
cumps
beijos, Anocas
Sexta-feira, 5 Dezembro, 2008 às 14:48
cristina
aliás, é tão verdade que foi a primeira forma de rastreio que surgiu logo ao segundo comentario. expressivo, não acha?
Sexta-feira, 5 Dezembro, 2008 às 15:17
Inês
Cristina,
surgiu ao segundo comentário porque calhou ora!
e, se quer falar em grupos, o que faz o grupo de dadores são pessoas que dão frequentemente e, em princípio, não será sempre com necessidade de querer saber o resultado do teste do HIV…até porque não acredito que alguém dê sangue com o principal objectivo de saber o resultado do teste. Para além disso, discordo completamente que os dadores sejam um grupo de risco. Primeiro porque há muita informação e muitas precauções, segundo porque quem dá sabe que se não for saudável estará a dar sangue que não vai ser utilizado para ajudar ninguém…e não me parece que alguém no seu perfeito juízo tenha prazer de dar 450mL de sangue pra nada, quando podia tirar apenas um frasquinho daqueles de análises para fazer o teste ao HIV.
Enfim, com pessoas a pensar como a Cristina, não admira que não haja muita gente a querer ser dador…porque apesar de possivelmente até haver quem dê pra saber o resultado do teste de HIV, entre outros, certamente que a grande maioria o faz no verdadeiro sentido de ajudar o próximo e é uma pena que nem toda a gente veja isso.
Sexta-feira, 5 Dezembro, 2008 às 23:32
Só Maria
nada disso minha querida aNa, acho que as pessoas devem fazer o teste e há sobretudo muito a fazer na área da prevenção. o rastreio é importante para se saber com o que contamos, quer em termos individuais quer colectivos. da mesma forma que também concordo que é necessário proteger aqueles que no seu trabalho correm o risco de ser infectados, como é o caso de quem trabalha no ramo da saúde em geral. até digo mais, considero criminoso que alguém que sabe ser seropositivo não tome precauções e tenhamos por aí uma enorme fonte de contágio. exemplo disso são os inúmeros casais em que um dos membros é seropositivo mas não o admite perante o outro parceiro/a, preferindo correr o risco de o/a contagiar também, apenas porque isso implicaria admitir umas quantas coisas…
eu apenas peguei na questão do “porquê” de tanta relutância que a generalidade das pessoas têm em fazer o teste, na sequência do que li nos comentários anteriores ao meu, e porque esse outro lado existe.
hoje são cada vez mais as empresas que na admissão de pessoal, mesmo para actividades onde à partida não se vislumbra a possibilidade de contágio colocam essa questão, e não o fazem por uma questão de rastreio ou para dar primazia a quem tenha a doença. na empresa onde trabalho decidiram recentemente dar um seguro de saúde aos colaboradores, e essa questão fazia parte do formulário, sendo que quem fosse seropositivo ficaria excluído.
dito assim, pode até parecer irrelevante, mas num país onde cada vez mais se caminha para o serviço de saúde baseado em seguros individuais parece-me preocupante, tanto mais quando em contrapartida não se vislumbra uma cura para a doença, embora já existam tratamentos com a capacidade de dar qualidade de vida e sobretudo uma maior esperança de vida a quem a contrai.
😉
Sábado, 6 Dezembro, 2008 às 00:34
tangas
claro que é importante fazer testes, menina ana. mas também é importante que sejam feitos dentro dos limites razoáveis. se, por exemplo, não houve comportamentos de risco ou incidentes que tenham tornado provável uma infecção, qualquer médico de família considera irrelevante a realização do teste.
eu não estou em cruzada. sou apenas contra as frases feitas que induzem em erro. com tanta informação que há actualmente disponível sobre o HIV, é de esperar que não continuem a usar-se expressões como ‘grupos de risco’, que são conceitos ultrapassadíssimos e sem pinga de verdade. o que diz a inês sobre a doação de sangue para se saber se está infectado faz todo o sentido.
certo é também que, sendo fácil de entender que é um vírus que dá cabo do nosso sistema imunitário, o processo pelo qual se detecta através de uma análises é complexo e por isso é bom pedir uma explicação de um médico, para que se entenda melhor como se determina se alguém está ou não infectado. também é bom que seja um médico a decidir se deve ou não fazer-se o teste e quando. de outra forma estamos a desperdiçar meios que, se calhar, fazem mais falta a pessoas com muito mais probabilidades de terem sido realmente infectadas.
o HIV transmite-se por contacto directo. não é como os da gripe, que se propagam sem necessidade de contacto. por isso, para se ser infectado, é preciso ter estado em contacto com alguém já infectado, havendo troca de fluidos, como por exemplo acontece por via sexual. há outras formas de contacto, mas são acidentais. por isso se fala de comportamentos de risco e não de grupos. os hemofílicos, por exemplo, constituíram um grupo de risco ‘acidental’, enquanto não se aperfeiçoou o controlo do sangue que lhes era ministrado. mas isso não teve nada que ver com os seus comportamentos. nenhum deles descuidou consciente ou voluntariamente a sua saúde aceitando um tratamento com sangue contaminado.
Sábado, 6 Dezembro, 2008 às 03:34
Inês
=)
Sábado, 6 Dezembro, 2008 às 17:20
aNa
Só Maria
li o que escreveu e faz-me quase tudo sentido.
só continuo a não perceber a relutância, porque parece que é uma coisa que se está a fazer em benefício alheio. minha querida, ter relutância em fazer o teste é sinal de que não se tem certeza (nem imagino quantas pessoas poderão ter essa certeza, mas adiante…) no resultado, logo como adiar o saber uma coisa que tem seguramente implicações graves a curto/médio/longo prazo, para o próprio e para terceiros?
tangas
só três coisas:
– como é que alguém, que não seja celibatário, pode ter a certeza absoluta que não está infectado? usando sempre e em toda a ocasião um preservativo, será?
– tem razão quando diz que não exitem “grupos de risco”. existe, sim, um só grupo de risco. é o grupo de todos aqueles que têm comportamentos de risco. esses fazem um grupo.
– e se acha que deve ser o médico a decidir da necessidade de fazer o teste, ainda está a ser mais radical do que eu! o meu exemplo ía só no caso de assistência hospitalar.
Sábado, 6 Dezembro, 2008 às 17:23
cristina
Inês
“não acredito que alguém dê sangue com o principal objectivo de saber o resultado do teste”
pois….acredite no que quiser, mas eu que lido com doentes seropositivos digo-lhe que há sim, pessoas que vão dar sangue só para fazer os testes. e cuja primeira intenção eram os testes e não o dar sangue. e que confirmaram as suas suspeitas dessa forma. é um facto.
que quer que lhe diga mais?? é que ja não sei o que dizer…fazer um desenho??
nada disto tem a ver com aqueles que vão dar sangue exclusivamente com esse propósito, obviamente.
.
Sábado, 6 Dezembro, 2008 às 17:29
cristina
desculpa lá, aNa, mas é um bocadinho cansativo andar aqui a bater no ceguinho, porque por muito que se bata, ele não volta a ver, infelizmente.
(um gajo revela um facto e respondem-nos com histórias da carochinha…..)
Domingo, 7 Dezembro, 2008 às 01:32
tangas
certezas absolutas não são para comuns mortais, menina iaNa. para nós é mais uma de generalizações. também caio em algumas, descanse… 😉
mas há quem defenda que sim, que o uso de preservativo em todos os casos – incluindo os das mulheres que praticam sexo com outras mulheres – são a condição mais segura.
também se pode optar pela visão leiteirista da coisa, ou seja, sexo só com intuitos reprodutivos e aí, obviamente, a reprodução assistida seria ainda mais imaculada.
mas não se apoquente, que há-de chegar a altura em que venda pílulas para engravidar e pílulas para orgasmos – e aí, sim, é que vai ser um sossego de alma essa coisa da segurança, a menos que produzam muitos efeitos colaterais como o crescimento de pêlos nos dentes 😀
o grupo de que fala é grande sim. mas acho que a esses já chamam os tolos do costume…
está a falar de assistência hospitalar em que reino da dinamarca? ou estou muita desactualizada, ou a presença médica mais constante na sua vida e na outros portugueses continua a ser o médico de família. não?
Segunda-feira, 8 Dezembro, 2008 às 06:23
Lupy
Bom debate e isso é o que tem feito falta para todos estarmos mais conscientes do problema.
É verdade a questão dos dadores mas não me parece que daí venha mal ao mundo porque isso só demonstra a preocupação de alguns relativamente ao problema. A questão era que não devia ser necessário recorrer a este método para despistar um problema tanto mais que, no que a mim diz respeito, tenho dúvidas que num vírus com períodos de incubação que podem levar semanas a revelar-se, este possa ser um meio que não possa falhar. Já agora e só em jeito de curiosidade: sabem que há instituições que não aceitam sangue proveniente de pessoas que já tenham tido hepatite, ainda que seja do tipo A e tóxica (não virica) e há outras que aceitam? Ou, por exemplo, que há algumas instituições que não aceitam dádivas de sangue de trabalhadores da área da saúde? Discriminatório ou preventivo?
Já agora ninguém dá 450 ml de sangue para saber se é HIV positivo. É feita uma colheita de sangue normal, é analisado e só depois se aceita a doacção.
A questão dos seguros, é verdade mas o mesmo acontece se lá colocar que é fumador, que tem colesterol, hipertensão, etc. O mal não está na pergunta. O errado é a discriminação em função de um qualquer problema de saúde que possa determinar que em vez de se atingir os 75 anos a produzir e sem gastar o dinheiro do seguro, isso possa acontecer cedo de mais, retirando-lhes as já enormissimas margens de lucro. E este é outro problema a combater, designadamente, não permitindo a destruição do serviço nacional de saúde.
Discriminação no trabalho, é verdade e a melhor forma de o combater é informar, informar, informar (afinal aquilo que se tem feito pouco em Portugal. As campanhas são normalmente curtas, antes do verão e pouco mais…). Levou tempo mas no passado dia 23 de Novembro foi assinado um memorando no escritório nacional da OIT sobre a questão do HIV no local de trabalho, na perspectiva da defesa e salvaguarda dos trabalhadores. Pode ser pouco mas é mais um passo.
Os grupos de risco. Sim, deveriamos eliminar esta terminologia porque apesar de ser verdade – sendo que na minha opinião o maior grupo de risco são os toxicodependentes devido à partilha de seringas, mas depois como se explica os falsos moralistas da “praça” que são contra o programa de troca de seringas… e a prostituição, mas depois como se explica o não aceitarmos que aquelas pessoas deveriam ter todos os direitos que os restantes trabalhadores têm, nomeadamente, acesso à segurança social, etc, – a utilização da terminologia leva muitos a pensar que não estando enquadrados naquilo que são os “grupos de risco” então estão a “salvo” e pior leva-os a descurar as mais elementares normas de segurança Já há muito que o HIV tem vindo a aumentar entre as pessoas que não estão nesses grupos e nas faixas etárias mais altas – entre os 45 e os 65 anos. Que dizer quando o rapaz de 17 anos descobre que é HIV positivo e que a fonte de contágio foi a lamina de barbear do pai, infectado mas calado?
Se este é de facto um problema de saúde pública então está mais do que na hora de agirmos como tal. Como é que foi possivel controlar o pandemia da tuberculose, mortal, à data? Só foi possivel fazendo a profilaxia a todas as pessoas que estiveram em contacto com o doente e…resultou!
Finalmente, a questão dos gastos ou dos meios não deverá invocado para justificar o que quer que seja. Fica sempre mais barato uma simples análise ao sangue do que o tratamento. Cada infectado HIV custa ao erário público uns milhares largos de euros/ano e muito menos deixar essa decisão ao médico. O sistema é para estar centrado no cidadão e não na vontade/decisão do técnico até porque os exemplos que hoje temos sobre esta matéria deixa muito a desejar.
Parece-me que se começarmos a olhar a infecção por HIV como outra qualquer, dando-lhe algum cunho de normalidade (utilizo a expressão por economia de esforço e peço desculpa por isso), provávelmente estaremos a dar um grande passo no controlo da situação.
Um recente estudo feito na África do Sul demonstrava que se toda a população fosse rastreada conseguiriam diminuir em cerca de 95% os riscos de contágio. Esclarecedor!
Finalmente, ainda que nos estejamos a debruçar sobre a questão do HIV é importante não esquecer que a Hepatite B e C é de muito mais fácil contágio, mutilante, ameaçadora à qualidade de vida e… também não se fala.
Afinal este é sempre o caminho mais fácil ainda que menos seguro.
Segunda-feira, 8 Dezembro, 2008 às 18:18
Só Maria
ai… e a menina aNa a dar-lhe com a relutância… minha querida, a relutância de que falo só se enquadra na utilização errada que muitas vezes é dada a essa informação, gerando as situações de que falei no acesso à saúde, no trabalho, e tantas outras… não é que a pessoa não queira saber se está infectada para que possa agir em conformidade procurando tratamento se for caso disso. é que esta doença foi tão fortemente conotada com tanta coisa chamada negativa da sociedade – toxicodependência, prostituição, homossexualidade – e as pessoas continuam ainda a relacionar a doença com tantos preconceitos, tabús, etc, etc., que o peso social e porque não admitir, moral – ainda que de falsa moral se trate – se faz sentir dos dois lados, e de que maneira… uns rotulando, discriminando, privando e os outros tentando fugir a isto tudo… pelo meio fica a doença que alastra.
estava quase tentada a seguir o conselho de um médico amigo, que me disse:
– minha cara, a solução é tomar sumo de laranja!
– ora, doutor, uma coisa tão simples, como é que não divulgam logo uma coisa dessas?
– pois é, é a coisa mais simples que possa imaginar.
– então e diga-me lá, tomo o sumo antes ou depois de?
– não minha amiga, toma em vez de! 😉
no entanto, fico a pensar se demasiado sumo de laranja não acabará por me afectar o fígado! 😛
ah… e já me tinha perguntado onde andaria a menina Lupy, com um debate destes aqui!…. 😀
Segunda-feira, 8 Dezembro, 2008 às 19:12
Lupy
ando por aqui mesmo, menina Maria, a observar, ih, ih, ih
Segunda-feira, 8 Dezembro, 2008 às 19:15
aNa
tangas
o que a menina quer é conversa, mas confesso que não tenho capacidade para discutiir as coisas desta form.
eu não me fiz entender, certamente, mas também não é muito importante para o caso.
já se discutiu coisas positivas aqui, e isso é que interessa.
Lupy
obrigada pelo comentário escrito, depois de o ter tido ao vivo.
estou muito em sintonia contigo.
Só Maria
por favor, minha querida, eu acredito que consiga ver mais coisas do que só as negativas. ou será que me enganei?
Segunda-feira, 8 Dezembro, 2008 às 19:34
Só Maria
não minha querida aNa, não se enganou mesmo nada! nem imagina as variedade de coisas que eu vejo! 😉 um dia destes tem de experimentar! 😛
ah… e uma coisa importantíssima sobre a qual não lhe tenho perguntado…. como estamos de perfume? 😀
Segunda-feira, 8 Dezembro, 2008 às 20:28
aNa
Só Maria
“nem imagina as variedade de coisas que eu vejo! um dia destes tem de experimentar!” – nem pense!!! 😛
(perfume hoje, está bera – ainda de pijama 😉 )
Terça-feira, 9 Dezembro, 2008 às 00:53
tangas
irra, menina lupy… vou fazer como os brasileiros e dizer: amei a sua resposta.
está visto que tem a paciência treinada para se sentar e explicar.
ainda ontem referi o exemplo da hepatite C à menina só maria a propósito desta mesma discussão.
e, para dizer a verdade, tenho tido a infelicidade de perder mais amigos para o cancro do que para o HIV. e a felicidade de conviver há muitos anos com amigos seropositivos que conseguem manter a sua qualidade de vida e ser um exemplo para todos os que com eles privam.
e a menina iana não desande comigo, porque já sabe que por cada meia frase séria que eu digo, tenho de acrescentar umas trinta inteiras a disparatar. já a menina não se ensaia nada para pôr as questões no ar e também não se fazer rogada para dizer, a partir de determinada altura, que já não é a sua praia.
Terça-feira, 9 Dezembro, 2008 às 01:51
Inês
Lupy,
Uma dúvida, a pequena recolha que se faz antes da doação não é apenas para testar os níveis de hemoglobina?ou aquela maquinazinha onde o médico coloca a amostra também testa logo as doenças?
Terça-feira, 9 Dezembro, 2008 às 13:58
aNa
tangas
a minha praia é muito flat, como já sabe 😉
Terça-feira, 9 Dezembro, 2008 às 14:43
Lupy
Menina Tangas,
tenho alguma, dependente do tema mas como sempre a questão não se avalia só por aí. Na maior parte das vezes prende-se também com a disponibilidade para ouvir.
Felizmente também tenho amigos seropositivos que o são há muitos anos (aliás um deles pertence ao grupo dos primeiros detectados na Suiça em 1981) mas, infelizmente, a resistência de alguns não se traduziu numa mais valia para a descoberta da cura.
Inês,
a máquina não detecta as doenças. Detecta anomalias nas várias componentes do sangue que poderão dar indicações sobre problemas que possam existir. Se houver um nível muito alto de leucócitos significa que alguma coisa desencadeou esse crescimento, que o organismo está a tentar “combater” e isso terá que ser averiguado. A mesma coisa relativamente a todas as outras componentes, seja por valores altos ou baixos. O corpo humano é uma máquina perfeita que funciona em homestase. Se alguma coisa acontece que o desiquilibre, ele vai combater de forma natural e vai dando sinais e sintomas. POr vezes tem que ser ajudado.
Terça-feira, 9 Dezembro, 2008 às 15:24
tangas
e a minha é mais flat do que parece 😉
acho que devemos aproveitar e sufar por aí 😛
Terça-feira, 9 Dezembro, 2008 às 15:30
tangas
menina lupy, se está a insinuar que tem mais paciência/disponibilidade do que eu, acertou na mouche. eu sou mais de onda aqui, onda ali, tá-se bem e tal.
também não há cura para os diabetes, para a epilepsia, lupus, a cárie dentária. mas aprende-se a viver com tudo isso. o sida é apenas mais uma doença à espera de melhor solução.
Terça-feira, 9 Dezembro, 2008 às 18:00
Lupy
não querendo fazer deste espaço um responde/responde apenas dizer que não pretendi fazer qualquer insinuação. Aprendi na vida que o debate de ideias só é consequente se os intervenientes estiverem com disponibilidade para ouvir, reflectir, contrapôr e até mudar de ideia se os argumentos forem convincentes, sustentados.
Tem razão, ainda não há cura para todas essas doenças (felizmente para algumas estamos bem mais próximo), mas se à excepção da cárie dentária, todas as outras têm uma forte componente de informação genética/hereditária, não é menos verdade que o seu despiste precoce e a prevenção é a melhor forma de as evitar. Essa é uma das razões pelas quais a anamnese do doente, incluindo o dos familiares, é de crucial importância.
Por fim, na boa estamos todos, pelo menos enquanto não nos bater à porta alguma coisa que tenhamos que levar com ela até ao fim da vida!
Quarta-feira, 10 Dezembro, 2008 às 00:50
tangas
já insinuou que é melhor prevenir que remediar, o que é muito sensato.
Quinta-feira, 11 Dezembro, 2008 às 13:37
Lupy
enganou-se mais uma vez. Constatando factos, aconselho… sendo que o obejctivo é o que ali coloca.