oh tanguinhas, a menina que é muito mais esclarecida que eu, e para além disso a manhã hoje não está a correr com muita clarividência (deve ser do nevoeiro que enfeita lisboa) e ainda só vamos nas dez horas (ou então será fome…), mas dizia eu, será que me consegue esclarecer a diferença entre casamento civil e contrato civil, a que se refere o sr. deputado?
e juro que não é uma pergunta retórica!

4 comentários
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Sexta-feira, 19 Setembro, 2008 às 14:13
tangas
o contrato civil de que se fala é o equivalente às uniões de facto ou de pessoas que vivem em economia comum. o contrato civil seria uma coisa assim: acordamos que estamos juntos, ou juntas, como casal.
é conversa para boi dormir, embora aqui na britânia, permita por exemplo que cidadãos não europeus ‘casados’ com europeus tenham, por exemplo, o direito de trabalhar sem um visto. resta saber a que tipo de contrato o deputado se refere…
porque o casamento, esse, que eles insistem que deve ser apenas entre pessoas de sexos diferentes, confere a capacidade de criar uma nova família: filhos comuns, adopção do nome e de crianças, etc. mexe com muita coisita.
Sexta-feira, 19 Setembro, 2008 às 14:17
aNa
tipo, se podes matar a fome com pão simples, porque raio hás-de querer uma tosta mista?!?!?!
migalhas, migalhas…
o poder é uma coisa fodida. estão todos agarraditos ao seu feudo.
obrigada pelo esclarecimento. 😉
Sexta-feira, 19 Setembro, 2008 às 14:24
tangas
a questão é que, por muitos direitos que o contrato civil inclua, não os inclui a todos, entende? e se é para ter direitos, ou se têm todos, ou continua tudo na mesma, verdade? dão-lhe um rebuçadito para se calar durante uns tempos mais.
continua a ser discriminação, pura e simples. se não a deixam a si ter os mesmos direitos que os outros, é discriminação. é contra os direitos humanos, é conta a Constituição portuguesa.
pergunto eu: o que estão lá a fazer deputados que devem trabalhar no duro para cumprir a constituição e não o fazem?
Sexta-feira, 19 Setembro, 2008 às 14:32
tangas
deixe-me dar-lhe um exemplo singelo do poder que tem um casamento:
quando casei com o pai do meu filhão, ele insistiu para que eu adoptasse o nome dele. tudo bem, porque para mim tanto fazia. ora, divorciada, não quis o nome do pikeno para nada. dois disparates seguidos, porque o meu nome, na certidão de nascimento da pikena, não mudou.
ou seja, se eu não fosse uma pessoa cheia de recursos e amigos, a miúda nunca poderia ter saído, por exemplo, do País sem a autorização do pai enquanto não fosse maior, porque o meu nome não conferia com o dos documentos dela e é preciso apresentar uma declaração assinada por um dos pais de cada vez que um menor se ausenta do território nacional…
isso entre muitas outras burocracias que mostram bem o poder (ainda muito no masculino) que o casamento cria.