há anos que a polícia não me mandava parar. no regresso a casa, das férias, perto do cercal mandaram-me parar.
o agente pediu-me os meus documentos e os da viatura. ele observou-os cuidadosamente, levantou os olhos dos papéis, olhou-me [deve ter sido nos  olhos, mas eu mulher recatada como sou não retribuí] e perguntou: o carro é do seu marido…? e eu muito secamente: não, é do meu pai!

mas já no início das férias tinha tido um encontro imediato, desta feita com um jovem agente da gnr todo cioso do seu papel e coiso e tal. um acidente, trânsito a ser desviado por outra faixa, o agente a discutir com um carro mais à frente, a faixa desimpedida e nós à seca!
faço pisca e começo a andar e a Maria “oh não, mas qual é a necessidade…” e já  não consegue terminar a frase porque vem de lá o agente todo esbaforido a gritar comigo:
“minha senhora, quando um agente de autoridade diz que é para parar você pára!”
a mim, só me saiu esta resposta imediata:
“você, não, a senhora!”