hoje, ao ouvir o júlio machado vaz dizer que os pais não devem querer ser os melhores amigos dos filhos [e bem], lembrei-me daquelas mulheres que dizem que as namoradas são as suas melhores amigas. coisa mais deserotizada, credo!
a minha maria não é, nem nunca será, pelo menos enquanto mantivermos este tipo de relação, a minha melhor amiga. a mulher que amo, que beijo com paixão, com quem faço amor, não pode depois incluir-se na categoria de melhor amiga.
[se alguém preenche, erradamente, esses dois requisitos, é porque a rede de relações da outra pessoa é muito, muito pobre, senão quase inexistente.]
é verdade que existe, entre nós, uma boa dose de amizade. no sentido em que nos envolvemos com a vida e os problemas uma da outra, que trocamos ideias quando necessitamos de resolver coisas pessoais.
mas daí a sermos as melhores amigas, uma da outra, credo! até me falta o ar só de pensar nisso! coisa tão redundante. seria quase como viver num casulo. como é que se fala mal da nossa namorada, à nossa melhor amiga, quando ambas são uma e a mesma pessoa? 
para além disso, eu não sou nada pessoa de ter uma melhor amiga! acho isso extremamente redutor. eu tenho várias melhores amigas – cada uma mais a jeito, conforme da situação que se trate!
é a globalização!