quando escrevi sobre ela, uns posts abaixo, estava a recordar-me de uma conversa tida há dias com uma amiga – sobre a incapacidade da sua companheira em aceitar o seu deslize.
e o quanto lhe referi, que bem certo é o ditado [como são quase todos] que quem anda à chuva, molha-se. portanto, é primordial que se pense muito bem no que se vai fazer, porque as consequências poderão ser desastrosas – mesmo que, para quem trai, a situação não passe de um mero deslize. sem importância. à partida pensa-se “sem consequências”.
só que numa relação, que no mínimo terá de implicar duas pessoas, não se pode ter somente em conta aquilo que sentimos. e ainda que pensemos conhecer muito bem quem nos acompanha, há situações que não são, de todo, do nosso controle.
e a confiança que pode precisar de muito tempo para ser conquistada, num minuto cai por terra. e quem é traído não consegue evitar que isso lhe aconteça – a perda de confiança. no outro, e em si. e uma relação sem confiança não presta para nada. é um caco, não nos iludamos.
tive imensos deslizes, ó se tive! na verdade, sinto que andei a treinar vinte anos, para encontrar a relação perfeita. e de todas as vezes que os cometi, estava consciente dos riscos que corria. e, principalmente, sabia os motivos que me levavam a fazê-lo. ao fim de tanto tempo, resolvi que havia de encontrar respostas concretas para a coisa, e mais, a solução para que tal não voltasse a acontecer com a mesma leveza.
sei que tenho conhecimento, para antecipar esses deslizes. e decidir o que fazer com isso.
também sei que não quero omitir – sou péssima a omitir sentimentos e sensações; era sempre apanhada como um passarinho, até porque minto muito mal. portanto, só me resta não o fazer.
e, na verdade, procuro todos os dias alimentar a relação que tenho, de forma a que ela nunca deixe de ser aquilo que é: perfeita. e nada fácil, como convém. (nem imaginam o que é ter uma mulher gémeos!!!)