nem sempre o caminho mais fácil, para nos redimirmos de uma traição que cometemos, é a confissão da dita. porque raramente estamos preparados para aceitarmos as consequências – o outro poderá não conseguir aceitar, e desculpar, o acto. por isso, em caso de dúvida, o melhor é ficarmos caladinhos, e partilharmos a culpa somente com a noite que, às vezes, é boa conselheira.
(eu poderia escrever um manual sobre traição e a consequente culpa! credo!)

14 comentários
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Terça-feira, 18 Setembro, 2007 às 15:04
manchinha
mentira traicao ai jasus maria jose (ja reparou a menina que nao tenho acentos nem cedilhas? as vacas aqui tem aftas e os teclados sofrem de raquitismo…) acredito que trair eh coisa que nasce com alguns traem nem que seja em pensamento e o pior eh que nos sao sempre proximos que os de longe nao tem como trair-nos se nao nos estao no sangue e na amizade e nessas coisas estranhos pensamentos para uma terca-feira mas acho que se fosse sexta era pior 🙂
Terça-feira, 18 Setembro, 2007 às 15:18
aNa
ou somos nós próximas… ou quer a menina dizer-me que nunca traiu, nem em pensamento? 😉 😀
e com um tempo tão bom por aqui, o que ainda está aí a fazer?
Terça-feira, 18 Setembro, 2007 às 19:31
sem-se-ver
ui.
eu já cá volto, que isto dá pano pra mangas….
Terça-feira, 18 Setembro, 2007 às 22:58
aNa
volte, minha querida, que é sempre bem recebida 🙂
Quarta-feira, 19 Setembro, 2007 às 01:25
sem-se-ver
eh pá mas inda não é agora que tou ko de sono.
damn.
me aguardiiiiiii
: -)
beijos, durma bem.
Quarta-feira, 19 Setembro, 2007 às 07:13
r.filgueira
a desculpa e o perdao…
a traiçao e a infedilidade
Quarta-feira, 19 Setembro, 2007 às 09:44
luna
já experimentei as duas situações, perante a traição e a infedilidade, já tive casos em que falei e tive outros em que me calei. devo dizer que em ambos, fico sempre com sentimentos de culpa, mais ou menos prolongados no tempo, dependendo da importancia dos “estragos” que isso provoca em ambas, mas principalmente na pessoa que traí (ou fui infiel).
como em qualquer experiencia, já tirei as minhas conclusões … e concordo que o melhor é mesmo estar calado, apesar de não ser mesmo nada o meu género por causa daquela treta dos valores, de sermos coerentes e por aí fora … sempre em frente.
está tudo a cortar-se de comentar … porque será???
Quarta-feira, 19 Setembro, 2007 às 11:12
aNa
sem-se-ver
cheira-me a desculpa… 😀
(só gostava de saber a razão, porque não responde ao mail que lhe enviei)
r.filgueira
são diferentes?
luna
este é sempre um tema que mexe com as pessoas – quase todas terão um episódio que recordam e preferiam não o fazer. 😉
Quarta-feira, 19 Setembro, 2007 às 15:06
porvocacion
sim, para mim sao
podes desculpar e nao perdoar
podes trair sem ser infel
ou nao¿?
Quarta-feira, 19 Setembro, 2007 às 15:15
aNa
em 1º lugar, adoro esses pontos de interrogação ao contrário 🙂
agora, tentando acompanhar-te. perdoar no sentido de esquecer, é?
não sei bem… tenho de me debruçar sobre o assunto. e trocar umas ideias.
e essa do trair sem ser infiel – trais outra pessoa, mas não és infiel a ti própria? será isso?
olha, o teu comentário foi uma verdadeira provocación! 😀
Quarta-feira, 19 Setembro, 2007 às 16:48
manchinha
atrair em pensamentos eh uma coisa minha amiga; trair ate em pensamento eh outra – confesso-me culpada de me sentir atraida e, nessas ocasioes nao passa soh pelo pensamento, mas pelo corpo todo, tambem confesso. agora, eu tenho uma vassoura feita ah medida e ela funciona em piloto automatico, sobretudo se estou ocupada. dizia-me no outro dia a minha amiga fatinha que sou uma parva completa, e seja, que nunca senti falta de deixar de o ser. esta bom como confissao?
Quarta-feira, 19 Setembro, 2007 às 21:07
sem-se-ver
provocadora foi vc com a sua última resposta a mim!! 🙂
e então bai daí direi eu que:
a sua posição é a da pessoa da minha vida. que sempre me traiu e nunca mo dizia. lol (digo eu a esta distância, e não só por causa da distância: porque é lol mesmo, e porque eu lhe perdoo tudo, e porque a adoro também, e porque, no fundo, ela tinha razão. se não afectava a nossa relação, para que havia de lhe provocar um problema qd ela nao sentia problema nenhum nela?). pelo que entendo, mas mesmo muito bem e por dentro, a sua posição, que não é definitivamente a minha.
repare: quem sabe, sim, é a mais sensata. se a traição não o foi ao nível dos sentimentos, se não teve repercussões no que sente, no caso, pela sua maria, nem compromete, no interior de si mesma, a relação de amor que mantém, porque se há-de dizer? é um risco dizer-se, claro. e pronto, aconteceu, aconteceu. passa-se à frente.
esta, creio, é a sua posição.
a minha é outra. nem melhor nem pior, nem mais nem menos defensável. outra, simplesmente. tem a ver com a ‘vozinha interior’ de que falava a ‘liberdade’, personagem do quino. a tal que não se cala. arrependimento, remorso, sei lá: algo que não me deixa bem comigo mesma. o que, repare, não equivale a dizer que a ana não tenha tal vozinha interior a incomodá-la, claro está!! só que a minha sobrepõe-se, inclusivamente às recomendações da mera prudência, e não resiste a contar. só isso.
mais límpido me parece contudo outra perspectiva da questão, a qual é: eu quando estou realmente apaixonada e quando realmente amo não me ocorre mais nenhuma boca, quanto mais um outro corpo. donde: se, seja em pensamento ou em acção, me deixar embalar por outra boca, está na altura de avaliar os meus sentimentos e a relação que tenho. simple as that. a maior parte das vezes faço-o só com os meus botões. se a situação for grave, no sentido em que perturba o sentimento ou o investimento na relação, é chegada a altura de o partilhar com a outra pessoa. e assumir os riscos de tudo isso.
(qt á sua pergunta, fiquei corada, se houvera buraco por ele me teria metido, e enrolando as mãos peço-lhe desculpa. e para que não me tome por mal educada – simplesmente muuuuit leeeeenta a responder -, hoje mesmo fá-lo-ei. palavra de escuteira (que nunca fui nem tenciono vir a ser 🙂
Quarta-feira, 19 Setembro, 2007 às 21:08
sem-se-ver
(xi caraças grande comentário!!! desculpem…)
Quarta-feira, 19 Setembro, 2007 às 22:42
aNa
gostei imenso do seu comentário extenso.
mas, o meu post é tão somente uma divagação. mais no sentido de que as pessoas confessam as coisas, e não sentem que têm de aceitar que os outros não as desculpam.
de todo, me estava a referir a mim. é verdade, poderia escrever um manual de traição e culpa, mas todo referente à minha vida antes da maria. jamais escreveria uma coisa dessas, se se tivesse passado com ela. também consigo ter bom senso 🙂
e concordo consigo – quem está bem na relação, não precisa de procurar mais nada. melhor, não dá sequer espaço para que isso lhe ocorra, quanto mais se concretize!