uma das coisas incontornáveis em nós, raparigas alegres, é que não evitamos de procurar a mãe na mulher amada, e ao mesmo tempo, sermos a mãezinha da mulher amada.
(nas outras, que são contentes mas não alegres, é o paizinho que se busca, e tal e disso já todos ouvimos falar, mas penso que também não deixam de ser mãezinhas para os homens que lhes caçam o coração.)
isto é do pior que nos pode acontecer – não tarda a relação fica uma coisa intragável de se viver, e pior ainda de se assistir! e não se trata do cuidado e do carinho que se dispensam a quem amamos – é daquela atitude proteccionista que abafa e desobriga: e uma pessoa desobrigada é muito mau.
com trabalho de cabeça a coisa compõe-se. dá uma ajuda imensa que a companheira tenha a cabeça arrumada e não esteja para se prestar ao papel, independentemente do seu desejo de um dia vir a ser mãe. mas mãe de uma criança, não de uma adulta com quem se deita e faz coisas libidinosas e tal e coiso! (ou será e coiso e tal?)
eu, quando conheci a maria, levei logo com uma tratamento de choque: uma ocasião em que por estar com fome ou o raio, comecei a imbicar com uma coisa, e ela prontamente me respondeu “eu não sou tua mãe!”. se imaginassem o quanto aquilo me irritou!! (ela tinha razão, mas eu não estava nem para aí virada para perceber!)
o que sei é que um dos segredos do nosso sucesso (pareço uma celebridade e falar, eheheheh) é que a minha maria recusa-se terminantemente a fazer o papel de mãezinha.
ah… o inverso seria impossível. para além de tudo, eu sou filha única. dificilmente faria o papel de mãe, ainda que a maria mo permitisse – coisa que eu duvido!

2 comentários
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Segunda-feira, 9 Julho, 2007 às 17:27
amariadaiana
ser tua mãe??? credo! ou vice-versa? cruzes! assim de repente consigo lembrar-me de uma data de coisas que ganhariam novos contornos. a ver: mamas – comida. pipi – fraldas. boca – arrotos. rabo – dodots. no way!
Segunda-feira, 9 Julho, 2007 às 17:44
aNa
ahahahahah! brilhante, o teu comentário 😀