(é o que não me falta, às vezes, nesta secretária iluminada por uma enorme janela)
eu, se fosse treinadora (coisa que nunca esteve, sequer, nas minhas cogitações), havia duas coisas que não faria: treinar com os jogadores (ou jogadoras) e exemplificar na prática os exercícios.
muitas vezes, naqueles treinadores adeptos de métodos mais tradicionais, se verifica com frequência, eles a participarem nas corridas à volta do campo e também nas chamadas peladinhas. não sei se isso acontece porque têm saudades do tempo de jogadores, ou se gostam de se misturar para melhor controlar os desabafos que os jogadores, aqui e ali fazem contra o treino e o treinador. acho esses desabafos perfeitamente naturais. e os jogadores devem ter esse espaço de liberdade – já é dose levar com o mesmo treinador todos os dias, a corrigir, a mandar fazer, a ralhar, etc, etc, quanto mais ainda ter que levar com ele mesmo no meio do grupo!! se o fazem porque gostam muito de jogar, e ainda não abandonaram por completo o papel de “jogadores”, devem procurar outro espaço fora da equipa – com amigos, ex-companheiros, etc. e, já agora, resolver a cabeça porque ser jogador de competição, na maioria dos desportos, tem o seu tempo certo e limitado – não perceber ou aceitar isso revela alguma coisa…
quanto a exemplificar na prática os exercícios, só revela insegurança na sua capacidade de comunicação – e, não raras vezes, quando se procura exemplificar, sai merda! e é pior a emenda que o soneto – é só ver os jogadores a gozarem com a cena! pela surra e tal, mas gozam. e bem!
mas, eu nunca fui treinadora e seguramente nunca o serei! e, ainda que nunca seja uma palavra que não deve ser evocada em vão, eu reafirmo-a! é que eu tenho muito bem consciência das minhas limitações. e motivações, também.

Deixe um comentário
Comments feed for this article