não interessa como foi, porque foi. foi. tem sido. responsabilidade minha. responsabilidade tua. de ambas, pelo muito que dissémos, que não dissémos. tenho andado fugida, eu sei, mas a vida tem-me trazido tanta novidade, que também ando à procura de fazer qualquer coisa com isto, de forma a tornar-me melhor gente. e, sem que saibamos como, já passaram quase dois anos. o tempo não se recupera, mas está sempre aí um tempo novo para vivermos. e como ouvi há muito tempo, não sabendo a fonte, nada do que é verdadeiro morre, adormece apenas por algum tempo.
e, quando hoje te mando uma mensagem a desafiar-te para um gelado ao fim do dia, a tua resposta começa por ‘bom dia, Miúda’, sei que está tudo lá.
e que um quentinho enorme me invadiu o peito.

[faço um caminho de reconciliação. ainda muito acidentado, mas a cada dia que passa mais firme, mais suave, mais tranquilo. vou recuperar tudo e toda a gente. é essa certeza que me sai do peito. não a sei explicar por palavras, não a consigo racionalizar. mas sinto-a. não me preocupam os conceitos sociais. não sou cristã, não sou de dar a face, mas sou de aceitar e fazer algo de novo – seja o que for que isso queira dizer de mim. ]

para além disso, foi contigo que aprendi a beber gin tónico!