às vezes é tão difícil deixar entrar. andamos feitos loucos à procura de casa, mas não aceitamos o que se nos depara. quando finalmente o fazemos é como se voltássemos ao quente do líquido amniótico. ficamos e sentimos o lar. mesmo quando um dia ele tem fim, fingimos que nada se passa. resistimos a apagar, como antes tínhamos resistido a deixar entrar. e nesse carrossel, para cima e para baixo, vivem-se dias desesperados de angústia, de busca, de redenção.
mas já nada lá está, como estava.  
e sabemos.
mas não aceitamos.