nem me digas nada – não penses que eu não entendo, mas já não estou nesse patamar – isso para mim já passou. já desci dessas serras, já não me banho nesses rios. as quedas, já sarei as suas feridas. ainda continuas a olhar para o alto da serra, quando acordas? ainda vês aquele nevoeiro denso a agarrar-se com toda a força às giestas? explica-me como não te cansas disso. eu já teria enlouquecido. ou sufocado. antes enlouquecer! pelo menos foge-se…
mas deixa de me mandar mensagens tolas. já sabes que não respondo. sou pouco sensível ao sofrimento alheio. é uma defesa. é como tomar banho todos os dias, para não deixar o sarro acumular. eu uso sabonete. para esfregar bem. e tu?
(isto é extremamente fácil. abre-se o editor e escreve-se ao correr do teclado. é bom e não faz mal a ninguém)

7 comentários
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Terça-feira, 19 Junho, 2007 às 18:29
sa
sabonete e gel de nanho, champô e etc de preferência. se bem que tomar banho em rios também não de ver ser mau
Terça-feira, 19 Junho, 2007 às 22:19
aNa
é excelente 🙂
Quarta-feira, 20 Junho, 2007 às 12:47
sem-se-ver
«sou insensível ao sofrimento alheio.» é?
Quarta-feira, 20 Junho, 2007 às 12:56
aNa
a menina não me queira baralhar! 😉
eu escrevi “sou pouco sensível ao sofrimento alheio”. e na generalidade sou. já passei a fase de tomar as dores dos outros e sofrer com elas. não invisto as minhas emoções, em coisas que não está nas minhas mãos alterar.
acha mal?
Quarta-feira, 20 Junho, 2007 às 18:08
sem-se-ver
é inteligente. a atitude. nao a avalio moralmente. só em termos da sua eficácia. para si e para os outros. se nos referimos só aos males que não está nas nossas mãos alterar… enfim… (qual o critério para determinar se as nossas mãos serão uteis para esse propósito?…)
resumindo: pena eu nao ser inteligente. dessa maneira. 🙂
Quarta-feira, 20 Junho, 2007 às 19:37
aNa
não é inteligência. é muito trabalhinho de cabeça, muito investimento pessoal. que é uma coisa que dá trabalho (e alguma dor, também), mas bem feito tem os seus frutos.
se as minhas mãos forem úteis para ajudar, que me procurem. não viro as costas às pessoas, obviamente. mas relativizo tudo. se o faço comigo, porque não o hei-de fazer com os outros?
ajudei?
Quarta-feira, 20 Junho, 2007 às 23:37
sem-se-ver
sim
🙂