nem me digas nada – não penses que eu não entendo, mas já não estou nesse patamar – isso para mim já passou. já desci dessas serras, já não me banho nesses rios. as quedas, já sarei as suas feridas. ainda continuas a olhar para o alto da serra, quando acordas? ainda vês aquele nevoeiro denso a agarrar-se com toda a força às giestas? explica-me como não te cansas disso. eu já teria enlouquecido. ou sufocado. antes enlouquecer! pelo menos foge-se…
mas deixa de me mandar mensagens tolas. já sabes que não respondo. sou pouco sensível ao sofrimento alheio. é uma defesa. é como tomar banho todos os dias, para não deixar o sarro acumular. eu uso sabonete. para esfregar bem. e tu?

(isto é extremamente fácil. abre-se o editor e escreve-se ao correr do teclado. é bom e não faz mal a ninguém)